Buscando fortalecer a base e as alianças para 2022, o PSDB já começou as articulações e sonda possíveis parcerias com partidos de centro, centro-esquerda e esquerda de Mato Grosso do Sul.
O presidente do diretório regional, Sérgio de Paula, citou antigos rivais, como PT, PDT, PTB, MDB, entre outros, que estão focados em um único propósito: ter candidatos eleitos nas próximas eleições.
Com uma plataforma voltada para o centro democrático, o PSDB procura estabelecer lideranças mais fortes para angariar votos, principalmente, para candidaturas majoritárias, como governador, senador e presidente da República.
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Porém, o fato de preestabelecer um candidato á Presidência já pesa nas articulações feitas com partidos de esquerda, que após a absolvição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apostam as fichas nele para as eleições em 2022.
Com a prévia dos tucanos acontecendo, de Paula diz que o momento é de ouvir propostas e ver qual será o candidato pelo PSDB, mas ressalta que alguns convites já começaram a ser feitos para preestabelecer os interesses pelas partes.
“Estamos recebendo a visita do Doria e, posteriormente, do Eduardo Leite. Vamos escolher quem será nosso pré-candidato e, aí sim, poderemos continuar na buscas por uma aliança partidária forte”, explicou de Paula.
Questionado sobre as articulações para 2022, Sérgio de Paulo destaca que estão em fase de conversas, porém, respeitando a candidatura colocada pelos partidos citados.
“Digo que só vão caminhar com a gente aqueles que estão de acordo com as nossas propostas. Estamos conversando com todos os partidos e simpatizando com alguns, como PT, PDT, PTB e até mesmo o MDB, mas ainda não há nada confirmado. No caso das alianças, vamos respeitar a vontade das siglas e as candidaturas colocadas. Já para as majoritárias, começamos a fortalecer diálogos com os aliados”, afirmou o presidente do PSDB estadual.
Já os partidos
O Correio do Estado procurou os líderes no Estado dos partidos citados e perguntou sobre possíveis alianças com os tucanos.
Para o presidente estadual do PDT, Dagoberto Nogueira, as articulações estão sendo feitas e existe a possibilidade de uma futura aliança entre as siglas.
“Já fui procurado pelo governador Reinaldo Azambuja [PSDB] e falei sobre as dificuldades de os partidos progressistas estabelecerem nomes nas candidaturas majoritárias, mas reforcei que uma aliança será feita desde que ele indique o Eduardo Riedel [PSDB] como candidato ao governo [de MS]. Não vou apoiar ninguém com impedimentos, processos ou que apresente problemas, quero alguém com a imagem limpa e que mostre boas propostas à população”, disse o deputado federal.
Vladimir Ferreira, do Partido dos Trabalhadores (PT), destaca que ainda não foi procurado por ninguém do PSDB e acredita que seja pouco provável uma articulação entre as siglas rivais.
“Ainda não conversei com ninguém do partido, então não posso falar sobre essas articulações, mas acredito que seja pouco provável uma aliança entre o PT e o PSDB, visto que ambas as siglas já tem candidatos à Presidência. O objetivo do PT é focar em estabelecer a base para dar mais força ao nosso presidenciável, que é o Lula”, frisou.
O presidente estadual do PTB, Delcídio do Amaral, afirmou que o partido passa por reestruturações e também está estabelecendo diálogos com lideranças políticas visando futuras alianças para 2022.
“Este ano o PTB está passando por um processo de reestruturação. Pretendemos eleger deputados federais e estaduais e, por isso, demos início a conversas com outros partidos políticos, articulando possíveis alianças para as eleições em 2022”, disparou o ex-senador.
Para Junior Mochi (MDB), o momento é de escutar as propostas e ver o direcionamento de cada partido.
O presidente do MDB ressaltou estar analisando o cenário como um todo e aguardando o momento certo para estabelecer alianças partidárias.
“No momento, estamos observando e ouvindo o que os partidos têm a dizer. Estamos há um ano das eleições e, até julho de 2022, ainda tem muita lenha para se queimar. Ouvimos as propostas e analisamos se são viáveis ou não”, completou o ex-deputado.




