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PSDB vai levar à TV críticas ao governo Dilma

PSDB vai levar à TV críticas ao governo Dilma

folha online

02/04/2011 - 14h46
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O presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), disse na manhã deste sábado que o partido usará seu programa e as inserções a que tem direito em rádio e TV para definir com clareza um discurso de oposição ao governo Dilma Rousseff.

Conforme a Folha antecipou na edição de sexta-feira, Guerra disse que o partido vai mostrar os problemas do governo Dilma, entre eles o risco de volta da inflação.

O pernambucano, que está em campanha para ser reeleito presidente do partido, disse que caberá à próxima direção, a ser escolhida em maio, investir numa política de comunicação para o PSDB.

"Essa direção terá de quebrar estruturas que impedem o partido de se abrir e de crescer", afirmou, ao chegar à reunião dos oito governadores tucanos em Belo Horizonte.

Questionado se a declaração era uma crítica indireta ao ex-presidenciável José Serra, com quem rompeu depois da campanha, Guerra negou: "Não tem PSDB sem o Serra junto", contemporizou.

Antes, ele já tinha feito questão de citar nominalmente por três vezes o ex-governador de São Paulo, num aceno para um acordo no partido.

Numa das vezes, disse que, agora, as medidas tomadas por Dilma, como a mudança na política de direitos humanos e o corte de gastos, mostram que as críticas feitas por Serra ao governo Lula na campanha estavam corretas.

Sobre a possibilidade de volta do ciclo inflacionário, afirmou: "O Serra chegou a dizer isso na campanha com muita clareza".

Ele elogiou a posição do Brasil em relação aos direitos humanos no Irã. "O posicionamento é importante, é correto. Não existe Direitos Humanos de direita ou de esquerda".

Ele afirmou que Dilma tem tido um comportamento discreto, o que "é bom para a democracia". "A gente sempre reclamou do excesso de palavras do Lula."

Mas ressalvou que "uma coisa são palavras, outra as ações". Nesse terreno Guerra criticou, por exemplo, o corte de gastos, feito de forma desorganizada e sem prioridades, segundo ele.
 

COMPASSO DE ESPERA

Fusão do PSDB e Podemos não assegura a permanência de Riedel e Azambuja

O ex-governador explicou que futuro político de ambos sairá após análise de todo o cenário já de olho nas eleições gerais

23/04/2025 08h00

Reinaldo Azambuja e Eduardo Riedel vão aguardar para decidir

Reinaldo Azambuja e Eduardo Riedel vão aguardar para decidir Foto: Reprodução

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Prevista para ser oficializada até o dia 30, a fusão entre PSDB e Podemos não assegura a permanência do governador Eduardo Riedel e do ex-governador Reinaldo Azambuja no ninho tucano para disputar as eleições gerais do ano que vem.

A informação é de Azambuja, que é presidente do diretório estadual e tesoureiro da executiva nacional do partido, explicando ao Correio do Estado que tanto ele quanto Riedel só vão definir o futuro político de ambos após analisar todos os cenários.

“A nossa decisão sairá depois da oficialização da fusão do PSDB com o Podemos, quando pretendemos, primeiro, ouvir as lideranças tucanas em Mato Grosso do Sul para, só então, escolher se ficaremos no ninho tucano ou se vamos optar por uma outra legenda”, declarou.

O ex-governador revelou à reportagem que, hoje, em Brasília (DF), ele e Riedel participarão de uma reunião com o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, e demais lideranças nacionais da legenda para tratar da questão. 

Ele pontuou que ainda há alguns entraves em, pelo menos, três estados – Pernambuco, Goiás e Bahia –, onde os posicionamentos, tanto dos tucanos quanto dos filiados ao Podemos, são conflitantes. Portanto, a oficialização da fusão depende de Perillo e da presidente nacional do Podemos, Renata Abreu, que são os maiores entusiastas.

Azambuja informou também que os presidentes nacionais do PSDB e do Podemos pretendem, depois de oficializarem a fusão, fazer uma federação com o Republicanos, o que tornará a aliança mais forte.

“Não temos pressa, pois aqui em Mato Grosso do Sul já está tudo organizado. Portanto, depois da fusão e da provável federação, eu e o Riedel vamos sentar com as lideranças do PSDB, com os nossos deputados estaduais e federais, com os nossos prefeitos e vereadores para bater o martelo”, avisou o presidente estadual dos tucanos.

Questionado pelo Correio do Estado sobre qual poderia ser o impeditivo para que ambos permaneçam na fusão PSDB+Podemos, como passará a se chamar a nova sigla, Azambuja explicou que é o projeto nacional. 
Apesar de não citar o nome do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-governador deixou bem claro que, se o novo partido optar por apoiar a reeleição do petista, dificilmente ele e Riedel permanecerão.

Azambuja também falou sobre assumir ou não a presidência do PL em Mato Grosso do Sul.

“Ainda estamos conversando e não está nada descartado. Eu e o governador recebemos o convite do ex-presidente Jair Bolsonaro e do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, bem como do senador Rogério Marinho. Precisamos definir a questão do PSDB e depois vamos ver o que vai acontecer”, argumentou. 

ENTENDA A FUSÃO

Em nível nacional, Perillo afirmou que a articulação está avançada e antecipou detalhes sobre como seria essa união, dizendo que, inicialmente, os partidos adotarão o nome provisório de PSDB+Podemos. 

“Vamos realizar uma ampla pesquisa, com filiados de ambos os partidos e também científica, para definir o novo nome e o novo número. Eu defendo que a nossa mascote seja um cachorrinho”, disse.

A união com o Podemos também é a cartada final de Perillo para tentar evitar a saída do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, do partido. O gaúcho decidiu se filiar ao PSD, mas Perillo avalia que pode mantê-lo no PSDB caso consiga assegurar a sua candidatura à Presidência da República. 

“Já comunicamos, tanto eu quanto Renata, que ele é o nosso candidato à Presidência. Terá todo o espaço e apoio nesse sentido”, disse o presidente do PSDB. Os partidos precisarão, no entanto, desatar alguns nós. 

Um dos principais pontos de tensão está em Pernambuco. Recentemente, o PSDB rompeu com a governadora Raquel Lyra, de quem o Podemos é aliado. Ex-tucana, Raquel viu seu antigo partido ser entregue a um adversário – o presidente da Assembleia Legislativa, Álvaro Porto – e se aproximar do prefeito de Recife, João Campos (PSB). 

Os tucanos, inclusive, conquistaram cargos no Procon da capital pernambucana. Situação semelhante ocorre na Bahia, onde o Podemos está alinhado com o governador Jerônimo Rodrigues (PT), enquanto os tucanos fazem oposição. 

Já em Goiás, estado de Perillo, a nova sigla deve apoiar sua candidatura a governador, cargo para o qual o tucano almeja retornar. No entanto, o atual presidente do Podemos no estado, o deputado federal Glaustin da Fokus, é aliado de primeira hora do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) – adversário de Perillo e que pretende lançar seu vice, Daniel Vilela (MDB), como candidato à sucessão.

Em Mato Grosso do Sul, a fusão agrada a senadora Soraya Thronicke, presidente estadual do Podemos, que teria sua candidatura à reeleição fortalecida. Em contrapartida, algumas lideranças tucanas já falam em debandada, algo que o ex-governador Reinaldo Azambuja acredita que só aconteceria se ele e Riedel também deixarem a legenda.

Assim como o governador do Rio Grande do Sul, Riedel recebeu convite para se filiar ao PSD, bem como ao PP, da senadora Tereza Cristina, porém, como Azambuja adiantou, ambos só vão definir o futuro político deles depois de analisarem todos os cenários para as eleições de 2026. Em tempo, o governador tentará a reeleição, enquanto o ex-governador quer uma cadeira no Senado.

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Direito

OAB quer derrubar medida que barrou entrada de celulares no STF

Jornalistas e advogados foram informados da restrição nesta terça

22/04/2025 22h00

OAB quer derrubar medida que barrou entrada de celulares no STF

OAB quer derrubar medida que barrou entrada de celulares no STF Divulgação

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A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) informou nesta terça-feira (22) que vai pedir a revogação da medida do Supremo Tribunal Federal (STF) que barrou a entrada de celulares no plenário da Primeira Turma durante o julgamento do núcleo 2 da trama golpista.OAB quer derrubar medida que barrou entrada de celulares no STFOAB quer derrubar medida que barrou entrada de celulares no STF

Na manhã de hoje, ao chegarem para acompanhar a sessão, os advogados do caso e os jornalistas que fizeram a cobertura do julgamento foram informados pelos seguranças do STF que os aparelhos estavam vetados durante a sessão e deveriam ficar guardados em envelopes lacrados na portaria do plenário.

Em nota divulgada à imprensa, o presidente da OAB, Beto Simonetti, disse que recebeu a medida com surpresa e irresignação e informou que vai pedir a revogação da proibição ao presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin.

"A OAB reconhece a importância da segurança e da ordem nos julgamentos. No entanto, o uso de aparelhos para gravação de áudio e vídeo em sessões públicas é amparado por lei e constitui prerrogativa da advocacia, não podendo ser restringido sem fundamento legal claro e específico. Eventuais excessos devem ser apurados com responsabilização individualizada, sem prejuízo das garantias institucionais", declarou o presidente.

O STF informou que a medida foi tomada após o descumprimento da proibição de gravação de imagens dentro do plenário durante o julgamento do núcleo 1, realizado no mês passado, quando o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros investigados se tornaram réus.

Além disso, Felipe Martins, ex-assessor de assuntos internacionais de Bolsonaro, um dos réus do núcleo 2, estava proibido pelo ministro Alexandre de Moraes de ser filmado ou fotografado durante o julgamento. 

Núcleo 2

O grupo é composto por seis denunciados, todos acusados de organizar ações para “sustentar a permanência ilegítima” de Bolsonaro no poder, em 2022.

São eles o delegado da Polícia Federal Fernando de Sousa Oliveira; o ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência da República Filipe Garcia Martins Pereira; o coronel da reserva do Exército e ex-assessor da Presidência da República Marcelo Costa Câmara; a delegada da Polícia Federal Marília Ferreira de Alencar; o general da reserva do Exército e ex-secretário Executivo da PR Mário Fernandes, e o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques.

Entre as acusações estão a elaboração de minuta de decreto para justificar juridicamente o golpe de Estado no final do governo de Jair Bolsonaro; o monitoramento do ministro do STF Alexandre de Moraes e ações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para dificultar a circulação de eleitores do Nordeste durante o pleito de 2022.

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