Política

Projeto Comprova

PT conquistou 248 prefeituras em 2024, e não 46 como alega post

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Falso

Diferentemente do que alegam postagens que circulam nas redes sociais, o Partido dos Trabalhadores (PT) elegeu 248 candidatos a prefeituras no primeiro turno das Eleições Municipais de 2024, apresentando crescimento na quantidade de candidaturas eleitas, já que no primeiro turno de 2020 o partido havia vencido em 179 municípios.

Conteúdo investigado: Uma postagem no X diz que o Partido dos Trabalhadores (PT) só venceu a disputa para prefeitura em 46 municípios. Outro conteúdo, publicado no Telegram, afirma que o Brasil “despetizou”.

Onde foi publicado: X e Telegram.

Conclusão do Comprova: Autor de postagem no X mente ao afirmar que o PT conquistou apenas 46 prefeituras no primeiro turno das Eleições Municipais de 2024. Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que, na verdade, o partido teve 248 candidatos à prefeitura eleitos. Desse total, 120 conquistaram a reeleição. Com isso, o PT ficou em 9º lugar dentre os partidos com mais candidatos eleitos no país.

Outra postagem, feita no Telegram, afirma que o país foi “despetizado”. Em um glossário ‘bolsonarista’ feito pelo Estadão, o termo “despetizar/despetização” é definido como um neologismo. O termo foi usado por Onyx Lorenzoni, ministro da Casa Civil durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), que dizia que o governo precisava “despetizar o Brasil”; ou seja, exonerar todos os funcionários não alinhados com a ideologia de direita do presidente.

dicionário informal, por sua vez, define o termo despetização como “efeito de despetizar, deixar de ser petista”.

No entanto, considerando que o PT aumentou o número de prefeituras conquistadas entre as últimas eleições, indo de 179 no primeiro turno de 2020 para 248 no primeiro turno de 2024, a afirmação foge do contexto do cenário político atual.

Além das prefeituras já conquistadas, o PT ainda disputará 13 municípios no segundo turno, incluindo 4 capitais, sendo elas: Cuiabá (MT), Fortaleza (CE), Natal (RN) e Porto Alegre (RS).

Já o Partido Liberal (PL), também citado em uma das peças de desinformação, elegeu 510 prefeitos neste ano, sendo dois nas capitais Rio Branco (AC) e Maceió (AL). O número é similar ao apontado no conteúdo enganoso (que citou 508 prefeituras). No primeiro turno das eleições de 2020, a sigla elegeu prefeitos em 343 municípios, sendo duas capitais (também Rio Branco e Maceió, prefeitos que foram reeleitos em 2024).

O Comprova não conseguiu contatar os responsáveis pela publicação, pois seus perfis no Telegram e X não permitem o envio de mensagens.

Falso, para o Comprova, é o conteúdo inventado ou que tenha sofrido edições para mudar o seu significado original e divulgado de modo deliberado para espalhar uma falsidade.

Alcance da publicação: O Comprova investiga os conteúdos suspeitos com maior alcance nas redes sociais. Até o dia 11 de outubro, o conteúdo publicado no X tinha 1,2 mil visualizações. Já o conteúdo compartilhado no Telegram foi visualizado 2,9 mil vezes.

Fontes que consultamos: Consultamos os dados eleitorais na seção Estatísticas Eleitorais no portal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Por que o Comprova investigou essa publicação: O Comprova monitora conteúdos suspeitos publicados em redes sociais e aplicativos de mensagem sobre políticas públicas, saúde, mudanças climáticas e eleições e abre investigações para aquelas publicações que obtiveram maior alcance e engajamento. Você também pode sugerir verificações pelo WhatsApp +55 11 97045-4984.

Outras checagens sobre o tema: A Aos Fatos também investigou o conteúdo e concluiu que a publicação feita no X é falsa. Em 2022, o Comprova investigou e concluiu que era falso um vídeo do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso aparecia dizendo ser contra o PT. Já em 2018, o projeto mostrou que uma empresa contratada pelo TSE não tinha ligação com o PT no segundo turno das eleições presidenciais daquele ano.

INVESTIGADO POR: Correio do Estado, UOL, Metrópoles e Imirante.

ACEITOU

Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

Espera

Motta aguarda assessoria jurídica da Câmara para definir posse de suplente de Zambelli

Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli

13/12/2025 21h00

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta Foto: Câmara dos Deputados

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), espera uma resposta da assessoria jurídica da Casa para definir o destino do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) até segunda-feira, 15.

A equipe de Motta afirmou à reportagem que a decisão deve tratar não necessariamente da cassação de Zambelli, mas da posse de Adilson Barroso (PL-SP). O prazo de 48 horas dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à Câmara menciona especificamente a posse do suplente, não a cassação da titular.

A Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli. O colegiado também chancelou a determinação para que a Mesa da Câmara dê posse ao suplente da deputada em até 48 horas, como prevê o regimento interno da Casa.

A decisão anulou a deliberação da própria Câmara de rejeitar a cassação de Zambelli, o que foi visto como afronta ao STF. Foram 227 votos pela cassação, 170 votos contrários e dez abstenções. Eram necessários 257 votos para que ela perdesse o mandato.

Moraes disse em seu voto que a deliberação da Câmara desrespeitou os princípios da legalidade, da moralidade e da impessoalidade, além de ter "flagrante desvio de finalidade".

O ministro afirmou que a perda do mandato é automática quando há condenação a pena em regime fechado superior ao tempo restante do mandato, já que o cumprimento da pena impede o trabalho externo.

Nesses casos, cabe à Casa legislativa apenas declarar o ato, e não deliberar sobre sua validade.

O STF condenou Zambelli em maio pela invasão de sistemas e pela adulteração de documentos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A pena é de 10 anos de prisão em regime inicial fechado, e tem como resultado a perda do mandato na Câmara.

A deputada, no entanto, fugiu do País antes do prazo para os recursos. Ela hoje está presa preventivamente na Itália, e aguarda a decisão das autoridades italianas sobre a sua extradição.

A votação em plenário na madrugada da quinta-feira, 11, contrariou a decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, que, na tarde desta quarta-feira, 10, tinha aprovado a cassação.

Zambelli participou por videoconferência da deliberação da CCJ e pediu que os parlamentares votassem contra a sua cassação, alegando ser inocente e sofrer perseguição política. "É na busca da verdadeira independência dos Poderes que eu peço que os senhores votem contra a minha cassação", disse.

No plenário, a defesa ficou com Fábio Pagnozzi, advogado da parlamentar, que fez um apelo para demover os deputados. "Falo para os deputados esquecerem a ideologia e agir como seres humanos. Poderiam ser o seus pais ou seus filhos numa situação dessas", afirmou. O filho da parlamentar, João Zambelli, acompanhou a votação. Ele completou 18 anos nesta quinta-feira.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), discursou pedindo pela cassação. "Estamos aqui para votar pela cassação que já deveria acontecer há muito tempo", disse.

O PL trabalhou para contornar a cassação, para esperar que Zambelli perca o mandato por faltas. Pela regra atual, ela mantém a elegibilidade nessa condição.

Caso tivesse o mandato cassado, ficaria o tempo de cumprimento da pena mais oito anos fora das urnas. Ela só poderia participar de uma eleição novamente depois de 2043. Estratégia similar foi feita com Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que deverá ter a perda do mandato decretada pela Mesa Diretora.

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