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Quem é Joe Biden, o democrata eleito novo presidente dos Estados Unidos

Biden foi senador por seis mandatos, vice-presidente por dois e derrotou Trump na disputa pela Casa Branca

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O democrata Joe Biden foi eleito o novo presidente dos Estados Unidos, derrotando o republicano Donald Trump. Vitória foi confirmada neste sábado (7), após Biden garantir 273 dos 270 delegados necessários para assumir a Casa Branca.

Mesmo sem o término da apuração total de votos, o democrata já é o candidato mais votado da história dos Estados Unidos, tendo recebido cerca de 74,9 milhões de votos até a tarde deste sábado (7), segundo contagem feita pela Associated Press, número que já supera o recorde anterior, de 69,5 milhões de votos recebidos por Barack Obama em 2008.

Aos 78 anos, que completará em 20 de novembro, Biden será o presidente mais velho a assumir a presidência dos Estados Unidos, enquanto sua vice, Kamala Harris, será a primeira mulher a se tornar vice-presidente dos EUA.

Quem é Joe Biden?

Nascido em 20 de novembro de 1942 em Scranton,na Pensilvânia, Joseph Robinette "Joe" Biden Jr. é advogado e político há 47 anos.

Em 1953, se mudou junto com a família para Delaware, estado pelo qual anos mais tarde se elegeu para seis mandatos consecutivos no Senado, entre 1973 e 2009.

Após advogar por alguns anos, Biden se candidatou para o Senado pela primeira vez em 1972, após nenhum outro democrata expressar interesse em desafiar o republicano que ocupava o cargo havia dois mandatos e, aos 29 anos, se tornou o segundo mais jovem a ser eleito para o Senado até então.

No Senado, foi presidente do Comitê de Relações Exteriores, entre 2007 e 2009, e do Comitê do Judiciário, entre 1987 e 1995 e 2001 e 2003.  

A trajetória do presidente eleito dos EUA também é marcada por tragédias. Em 1972, pouco após ser eleito para o primeiro mandato como senador, sua esposa e a filha, de 1 ano, morreram em um acidente automobilístico.  

Em 30 de maio de 2015, outra tragédia familiar: o filho mais velho de Biden, Beau, morreu aos 46 anos, após dois anos de tratamento contra um câncer no cérebro.  

Em 1977 ele se casou novamente com a professora Jill Tracy Jacobs, sua esposa até hoje.

Corrida pela presidência

Joe Biden concorreu à nomeação pelo Democratas para as eleições presidenciais em dois pleitos, de 1987 e 2008, ambos sem sucesso.

Na primeira ocasião, a campanha não foi para frente devido a acusações de plágio no texto de um discurso usado por ele em um debate, o que também trouxe à tona outra acusação de plágio ocorrida em um trabalho quando estava na faculdade de Direito. 

Diante da polêmica que se formou e acusações, ele abandonou a candidatura três meses após anunciá-la.  

Já em 2008, desistiu novamente após ficar muito atrás nas prévias, mas posteriormente foi escolhido como candidato a vice-presidente na chapa de Barack Obama, que venceu as eleições.  

Dessa forma, Biden foi vice-presidente dos Estados Unidos no governo Obama, de 2009 a 2017, devido à reeleição de 2012.

Como vice-presidente, foi contra o aumento das forças dos Estados Unidos no Afeganistão e desaconselhou o ataque a Osama bin Laden.  

Outras responsabilidades de Biden como vice-presidente incluíram pressionar o Congresso a apoiar as negociações nucleares com o Irã, construir apoio internacional para os acordos climáticos de Paris, representar os interesses americanos na China e encorajar reformas democráticas na Ucrânia.  

Em 2016, especulou-se que o democrata concorreria a nomeação novamente, mas ele anunciou que não participaria da corrida presidencial naquele ano, tendo endossado apoio a Hillary Clinton na época.

Após encerrar o segundo mandato como vice de Obama, Biden se tornou docente na Universidade da Pensilvânia. Durante o período em que ficou afastado das funções políticas, manteve um discurso crítico em relação ao presidente Trump.

Em 2019, foi acusado por sete mulheres de assédio sexual, por supostamente ter mantido 'contatos físicos inadequados' com elas.

No ano passado, anunciou sua candidatura à nomeação democrata para as eleições presidenciais de 2020, se tornando presumível ao cargo em abril deste ano, com a desistência do senador Bernie Sanders.  

Quanto ao posicionamento político, Biden é considerado um democrata moderado, tendo, durante sua carreira, apoiado aumento dos gastos com infraestrutura, transporte em massa, casamento entre pessoas do mesmo sexo e a descriminalização da maconha e liderado esforços para aprovar legislações contra o crime violento e a violência contras as mulheres. 

Campanha e eleição

Biden foi eleito por um forte sentimento de aversão a Trump entre parte da sociedade americana.

O ex-vice de Barack Obama se apresentou como a solução para curar o país da crise de saúde, provocada pela pandemia de coronavírus, e também da extrema polarização social que divide os americanos.  

Na campanha, prometeu restaurar compromisso dos EUA com os princípios fundadores da sociedade americana. 

Ele tem o desafio de apresentar políticas para contenção da segunda onda de coronavírus que atinge o País e reversão da crise econômica causada pela pandemia. 

Foi em meio a pandemia, inclusive, que o democrata ganhou força, articulando apoio com a ala mais à esquerda da legenda. 

Biden também abriu ampla vantagem em junho, durante o "Black Lives Matter", onda de protestes contra o racismo e violência policial.

As eleições terminaram no dia 3 de novembro e, neste sábado (7), a vitória de Biden foi confirmada após ele conseguir 20 votos da Pensilvânia, chegando a 273 delegados, enquanto Trump tem 214.

Nas redes sociais, o democrata afirmou estar honrado por ter sido eleito.

“América, estou honrado por você ter me escolhido para liderar nosso grande país. O trabalho que temos pela frente será árduo, mas eu prometo a você o seguinte: serei um presidente para todos os americanos - quer você tenha votado em mim ou não. Vou manter a fé que você colocou em mim”, disse Biden no Twitter.

A contagem de votos ainda não foi finalizada e pode ser contestada por ações judiciais.

DEMOCRACIA

Riedel comemora "fim" da polarização ideológica nesta disputa

Governador se mostrou convicto de que seu candidato, Beto Pereira, estará no segundo turno nesta disputa pela prefeitura de Campo Grande.

06/10/2024 09h28

Acompanhado da mulher Mônica, o governador Eduardo Riedel votou logo cedo neste domingo, na região do bairro Monte Castelo

Acompanhado da mulher Mônica, o governador Eduardo Riedel votou logo cedo neste domingo, na região do bairro Monte Castelo Marcelo Victor

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Convicto de que o apoio do governador Eduardo Riedel lhe garante votos, o candidato Beto Pereira (PSDB), saiu cedo de casa neste domingo (06) para acompanhar o chefe do executivo estadual em seu local de votação, na Escola Estadual Maestro Frederico Lieberman, no bairro Monte Castelo.

O candidato a prefeito chegou antes mesmo que o governador e fez questão de esbanjar otimismo com relação à sua chegada ao segundo torno nesta disputa acirrada por uma das duas vagas. As pesquisas mais recentes colocaram Rose Modesto (União Brasil) e a atual prefeita, Adriane Lopes (Progressistas) também com chences de ocupar uma das duas vagas. 

Embora admita um “friozinho na barriga”, se disse convicto de que trabalhou muito e estará no segundo turno. Ele estava acompanhado da candidata a vice-prefeita, a coronel Neidy Centurião, e juntos foram logo na sequência para o  local de votação de Beto Pereira, na Uniderp da Avenida Ceará, na região central de Campo Grande. 

Assim como Beto Pereira, o governador Eduardo Riedel também se mostrou convicto de que haverá segundo turno na Capital e de que seu predileto estará entre os dois primeiros colocados. 

O mesmo otimismo demonstrou com relação ao desempenho do PSDB no interior. “Um excelente desempenho. Talvez um dos melhores da história do partido. Mas quando a gente fala de PSDB a gente fala de uma campanha com muitos parceiros, como o PL. As vezes nós somos vice, em vários  municípios. E dessa forma o partido mantém uma importante posição política em Mato Grosso do Sul”, destacou o governador. 

Para ele, esta eleição foi bastante tranquila, pois, segundo ele, “a população está menos envolvida na polarização. Acho que está mais focada na proposta dos candidatos e a tendência é de que isso ocorra também na disputa estadual e nacional. É importante dar a linha ideológica, mas uma eleição não pode ser pautada em torno de assuntos vazios. Acho que isso diminuiu e isso é positivo para a democracia e para a escolha dos candidatos.”, ponderou o chefe do executivo estadual. 

ELEIÇÕES 2024

Candidatos devem ter propostas para conselhos tutelares

Órgãos são autônomos, mas recebem apoio do poder municipal

05/10/2024 21h00

Foto: Reprodução/ Sociedade Brasileira de Pediatria

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Órgãos municipais, os conselhos tutelares são peças fundamentais da garantia dos direitos de crianças e adolescentes. Previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), esses órgãos são permanentes e autônomos, mas o cumprimento de suas atribuições depende do apoio do poder municipal.

A professora Simone Eliza Lessa, da Faculdade de Serviço Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), explica que o eleitor deve buscar nas plataformas de seus candidatos a prefeito e vereador o compromisso com esses conselhos.

“Deve ser um compromisso de campanha dar visibilidade aos conselheiros tutelares, com formação continuada para os conselheiros e para as equipes técnicas, aproximação com as universidades para qualificar esse público e controle social dos conselhos tutelares. Há que ter acompanhamento do cotidiano”, disse a professora.

O Brasil tem, ao todo, 6.100 conselhos tutelares distribuídos por seus 5.570 municípios. Houve eleição em outubro do ano passado. Foram 30.500 conselheiros eleitos em todo o país.

As principais funções dos conselhos tutelares são  atendimento e orientação de crianças, adolescentes e seus pais ou responsáveis, fornecendo informações, esclarecendo dúvidas e orientando sobre os direitos e deveres de cada um. além disso, eles recebem denúncias, reclamações e demandas relacionadas a situações de risco ou violação dos direitos de crianças e adolescentes, e fiscalizam instituições, serviços e programas que atendem crianças e adolescentes, como escolas, creches, abrigos e centros de acolhimento.

“É preciso haver uma dimensão muito educativa do que é o papel do conselheiro. Infelizmente nesse contexto que a gente está vendo que os conselhos foram muito contaminados pelas polarizações religiosas e até pela ação da milícia”, disse a pesquisadora.

“Os conselhos precisam ser espaços visíveis e acessíveis. Todo mundo precisa saber onde fica o conselho tutelar. Tem que ser um prédio bem organizado, com infraestrutura, um carro para as visitas. Infelizmente, os conselhos têm estrutura que não são das melhores e isso depende do território onde ele está”.

A conselheira tutelar Patrícia Félix, do Rio de Janeiro, lembra que quem inaugura os conselhos são as prefeituras e que existe uma recomendação do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) de um conselho para cada cem mil habitantes.

“Os prefeitos têm que olhar para o conselho tutelar com essa necessidade de não subalternizar o órgão. Os vereadores podem contribuir com a atualização da lei. As leis dos conselhos tutelares estão desatualizadas. Os vereadores têm uma função especial de não só aprimorar essas leis, mas como também de fiscalizar todos os repasses das verbas municipais, a situação atual dos conselheiros”, disse Patrícia.

*Com informações da Agência Brasil

 

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