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Retorno alegre

Retorno alegre

MÁRCIO MAIO, TV PRESS

24/01/2010 - 06h23
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A relação de João Camargo com a televisão não é tão intensa quanto com os palcos. O ator, que atualmente encarna o divertido Haroldo em “Bela, a feia”, nunca teve vínculo longo com qualquer emissora. E, antes de ser escalado para a novela da Record, estava há sete anos marcando presença em quase todos os programas da linha de shows da Globo, mas sem um personagem fixo. “Eu não estava tão satisfeito com essa situação, mas aconteceu. Acho que essas fases são normais para quem não tem contrato longo”, minimiza. De volta ao ar, uma das coisas que mais surpreendem João é seu contato com os atores mais jovens que compõem, com ele, o núcleo do divertido salão de beleza Montezuma. “Dizem que os mais velhos têm de ensinar aos mais jovens, mas eu aprendo tanto com eles! São atores competentes e que trocam muito comigo”, elogia. “Bela, a feia” começou com um humor muito forte e agora já é considerada uma trama dramática com pitadas cômicas. Como você encarou essa mudança, tendo uns dos personagens mais engraçados da história? R – No início fiquei preocupado com essa transição, mas o Edson Spinello, que dirige a novela, conversou com os atores do núcleo do salão de beleza. No fundo, para nós, a mudança foi positiva. Funcionamos como um respiro para as cenas mais densas e, ao mesmo tempo, os personagens conseguiram ser ainda mais humanizados. No caso do Haroldo, por exemplo, a relação dele com a família aumentou. Passei a contracenar mais com o Bemvindo Sequeira, que faz o irmão do Haroldo, e com a Gisele Itié, que é o centro de tudo no papel da Bela. Isso foi bom. O Haroldo é um gay com características bem carregadas. Como é o retorno do público? R – É bem legal. A maioria das pessoas brinca com as situações cômicas que acontecem no Montezuma. Assim que recebi a sinopse, vi que não tinha como fazer o Haroldo diferente. A descrição dele era a de um homossexual cafona e deslumbrado, ele está ali para divertir as pessoas mesmo. E não acho que isso seja ruim para o público gay porque, ao longo dos capítulos, várias características humanas e admiráveis foram destacadas no personagem. Até mais do que a própria sexualidade, já que isso é só um dado, uma informação. Não existe um par romântico para ele ali, só a situação engraçada em relação a ele pegar no pé do Ícaro (interpretado por Rafael Primot). Você estava longe das novelas desde 2002, quando fez “Desejos de mulher”, na Globo. Como encarou voltar ao ar no papel de um gay? Tem medo que isso influencie escalações futuras? R – Não dá para dizer que não pensei nisso. Mas a gente não pode ficar com medo de trabalhar. Já fiz um homossexual antes, em “As noivas de Copacabana”, minissérie da Globo. Acho que isso é mais mito do que verdade. Logo depois que fiz os testes e estava praticamente fechado no elenco, a própria Record me chamou para fazer uma participação em “A lei e o crime” que não tinha nada a ver com gay ou com comédia. Não pude aceitar por uma questão de agenda, estava com outros compromissos no teatro, mas sei que pensaram em mim porque conhecem meu trabalho e não porque sou engraçado. Os produtores de elenco e diretores sabem o quanto sou capaz de representar papéis distintos e isso me tranqüiliza. O que fez você ficar fora dos folhetins por sete anos? Foi uma opção? R – Não. Durante esse período fiz muitas coisas na tevê, mas todas na linha de shows. Por exemplo, “Zorra total”, “Casos e acasos” e “Guerra & paz”, entre vários outros programas. Confesso que não estava muito satisfeito com isso, mas nunca tive contrato longo na televisão. Por isso, sempre me acostumei a batalhar por bons trabalhos nos palcos. E esse período rendeu frutos porque comecei a produzir espetáculos. Primeiro, com o “Fui”, junto com o Roberto Bataglin. Depois produzi e também dirigi “O filho da mãe”, da Regiana Antonini. Não fiquei tão preocupado em fazer novela porque já vivi sem ela, só cheguei à tevê depois de formado em teatro e com seis anos dedicados aos palcos. Mas é claro que a televisão traz uma segurança financeira e um reconhecimento que nem sempre o teatro dá.

INVESTIGAÇÃO

Beto assina o pedido para prorrogação da CPMI do INSS por mais quatro meses

A comissão termina seus trabalhos em 28 de março de 2026, mas poderá chegar até julho com a possibilidade de alongamento

20/12/2025 08h20

O deputado federal sul-mato-grossense Beto Pereira (PSDB) é membro titular da CPMI do INSS

O deputado federal sul-mato-grossense Beto Pereira (PSDB) é membro titular da CPMI do INSS Waldemir Barreto/Agência Senado

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Em razão da nova fase da Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na quinta-feira e que resultou nas prisões de Romeu Antunes – filho de Antônio Carlos Camilo Antunes, o Careca do INSS – e de Éric Fidelis – filho do ex-diretor de Benefícios do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) André Fidelis –, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS deve ser prorrogada por mais 120 dias.

A informação é do deputado federal sul-mato-grossense Beto Pereira (PSDB), membro titular da CPMI do INSS, que assinou, na quinta-feira, o pedido de alongamento dos trabalhos, em função dos desdobramentos dos últimos dias.

“Assinei o pedido proposto pelo deputado federal Marcel van Hattem [Novo-RS] e acredito que a CPMI do INSS será prorrogada por mais 120 dias”, declarou.

O parlamentar explicou ao Correio do Estado que os novos fatos têm de ser fiscalizados pela Câmara dos Deputados e o Senado.

“Essa ação é necessária para que possamos desvendar e entregar à população o fim dos descontos aos aposentados e pensionistas de uma vez por todas”, pontuou.

Beto Pereira ainda apresentou o paradoxo de que o cidadão comum para aposentar enfrenta uma burocracia sem tamanho e para as empresas poderem aplicar descontos há uma facilidade sem precedentes. 

“Para aposentar é tão difícil, pois o trabalhador tem de apresentar tantos documentos, entretanto, para descontar é tão fácil, não precisa nem enfrentar nenhuma fila”, ironizou.

ASSINATURAS

A oposição ao governo do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), já conseguiu obter o número mínimo de assinaturas para prorrogar os trabalhos da CPMI do INSS. Foram obtidas, até esta sexta-feira, as assinaturas de 175 deputados federais e 29 senadores.

Segundo o deputado Marcel van Hattem, não houve assinatura de petistas dessa vez. “Em menos de 24 horas conseguimos obter todas as assinaturas”, disse o parlamentar pelas redes sociais.

“Protocolamos esse requerimento ainda nesta sexta-feira, para que nós possamos submeter à leitura do presidente do Congresso Nacional para que os trabalhos não parem”, declarou.

A CPMI do INSS termina seus trabalhos em 28 de março de 2026, mas, com a possibilidade de prorrogação, ela poderia se estender até julho do próximo ano.

A operação da PF mirando o senador Weverton Rocha (PDT-MA) e as revelações ligando Fábio Lula da Silva, o Lulinha, filho do presidente Lula, ao esquema de roubo de aposentadorias deram um novo fôlego ao colegiado. Tanto que o relator da CPMI do INSS, deputado federal Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), pediu a convocação de Lulinha.

Durante a operação de quinta-feira, foram presos o secretário-executivo do Ministério da Previdência Social, Adroaldo da Cunha Portal, o ex-chefe de gabinete de Weverton Rocha Romeu Carvalho Antunes, o filho de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS, e Éric Fidelis, filho do ex-diretor de Benefícios do INSS André Fidelis.

Como mostramos, a CPMI do INSS apontava o senador Weverton Rocha como um dos chamados “peixes grandes” no esquema.

O outro nome na mira da comissão é o do ex-ministro da Previdência Carlos Lupi (PDT). Sobre Weverton, a esperança da CPMI era de que a PF pudesse desdobrar eventuais relações dele com o empresário Gustavo Marques Gaspar, ex-assessor do senador.

Ele é apontado não somente como homem de confiança de Rocha, mas como quem teria assinado um documento que dava amplos poderes ao consultor Rubens Oliveira Costa, apontado pela PF como o “carregador de mala” do Careca do INSS.

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Política

Avaliações positiva e negativa do STF crescem e mostram divisão da percepção da população

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano; percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%

19/12/2025 22h00

Supremo Tribunal Federal (STF)

Supremo Tribunal Federal (STF) Crédito: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

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Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta sexta-feira, 19, mostra que cresceram as avaliações positivas e negativas sobre o trabalho do Supremo Tribunal Federal (STF), mostrando uma divisão da percepção da população brasileira sobre a atuação da Corte.

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano. No mesmo período, a percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%. Já a avaliação regular recuou de 34% para 24%.

No intervalo entre os dois levantamentos, a Primeira Turma do STF condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e três meses de prisão pelos crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado contra o patrimônio da União.

Entre as duas edições da pesquisa, também houve mudança no comando da Corte. O ministro Edson Fachin assumiu a presidência do tribunal e o ministro Luís Roberto Barroso se aposentou. Fachin adota um perfil mais discreto e defende a chamada "autocontenção" do Judiciário, em contraste com o antecessor, que sustentava que o Supremo deveria exercer um "papel iluminista" e atuar de forma mais protagonista na definição de direitos.

No mesmo período, o secretário de Estado do governo Donald Trump, Marco Rubio, revogou o visto do ministro Alexandre de Moraes e de seus familiares, além de outros sete integrantes do STF. O governo dos Estados Unidos também aplicou sanções a Moraes com base na Lei Magnitsky, norma criada para punir violadores graves de direitos humanos. Foi a primeira vez que uma autoridade de um país democrático foi alvo das medidas previstas na legislação. Neste mês, o presidente Donald Trump retirou o nome do ministro da lista de sancionados.

Outros poderes

A pesquisa também avaliou os demais Poderes. No Legislativo, a percepção varia conforme a Casa. No Senado Federal, a maior parcela dos entrevistados (34%) classifica o desempenho como regular, porcentual que empata, dentro da margem de erro (2 p p), com a avaliação negativa, de 33%. A avaliação positiva soma 22%, enquanto 11% não souberam ou não quiseram responder.

Na Câmara dos Deputados, a avaliação negativa predomina: 36% consideram o trabalho ruim ou péssimo. A percepção, porém, está tecnicamente empatada com a avaliação regular, que alcança 35%. A avaliação positiva é de 20%, e 9% não responderam.

A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas presenciais entre os dias 11 e 14 de dezembro de 2025. O levantamento tem nível de confiança de 95% e margem de erro de dois pontos porcentuais. Os entrevistados puderam classificar cada Poder como ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo, com os resultados consolidados nas categorias positiva, regular e negativa.

Governo Lula

Em relação ao Executivo federal, 38% dos brasileiros avaliam que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faz um trabalho ruim ou péssimo. Outros 34% consideram a gestão boa ou ótima, enquanto 25% a classificam como regular. Já 3% não souberam ou não responderam.

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