Política

ELEIÇÕES 2026

Riedel está virtualmente reeleito em MS, traz pesquisa Correio do Estado/Ipems

O levantamento foi realizado no período de 22 de julho a 1º de agosto, com 1.611 eleitores, distribuídos em 53 municípios

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A segunda pesquisa realizada pelo Correio do Estado e o Instituto de Pesquisas de Mato Grosso do Sul (Ipems) sobre intenções de votos para governador nas eleições do próximo ano aponta que o atual chefe do Executivo estadual, Eduardo Riedel (PSDB), está virtualmente reeleito para o cargo.

De acordo com o levantamento estimulado, quando são apresentadas opções com os nomes aos eleitores, se as eleições fossem hoje, Riedel seria reeleito no primeiro turno, com 62,09% da preferência dos entrevistados.

Depois, muito atrás, aparecem o ex-senador Delcídio do Amaral (PRD), com 17,76%, o deputado federal Marcos Pollon (PL), com 10,35%, e, por último, o ex-deputado federal Fábio Trad, que no momento está sem partido, mas deve se filiar ao PT nos próximos dias. Os porcentuais levam em consideração apenas os votos válidos.

Na estratificação dos dados, também considerando apenas os votos válidos, em Campo Grande, Riedel alcançou 54,57%, enquanto, no interior, chegou a 65,65%. Delcídio teve 17,74% na Capital e 17,77% no interior, Pollon obteve 11,99% na Capital e 9,57% no interior e Fábio Trad chegou a 15,70% na Capital e 7,01% no interior.

ESPONTÂNEA

No levantamento espontâneo, quando é feita a pergunta aos entrevistados e não é dada alternativa para resposta, Riedel também lidera, com 8,92%, seguido pelo ex-governador André Puccinelli (MDB), com 1,78%, o ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB), com 0,53%, e o ex-deputado estadual Capitão Contar (PRTB), com 0,50%.

Logo em seguida aparecem a ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil), com 0,36%, o ex-prefeito de Três Lagoas Angelo Guerreiro (PSDB), com 0,33%, a senadora Tereza Cristina (PP), com 0,21%, o ex-senador Delcídio, com 0,21%, o prefeito de Dourados, Marçal Filho (PSDB), com 0,17%, e o deputado estadual Zeca do PT, com 0,11%. Dos entrevistados, 0,57% citaram outros nomes.

Na estratificação dos dados, em Campo Grande, Riedel obteve 6,86% e, no interior, 9,93%, enquanto Puccinelli fez 3,42% na Capital e 0,9% no interior, seguidos por Azambuja, com 0% na Capital e 0,78% no interior, e Contar, com 0,25% na Capital e 0,61% no interior.

Já Rose fez 0% em Campo Grande e 0,52% no interior, tendo logo atrás Guerreiro, com 0% na Capital e 0,49% no interior, Tereza Cristina, com 0% na Capital e 0,31% no interior, Delcídio, com 0,45% na Capital e 0,09% no interior, Marçal, com 0% na Capital e 0,25% no interior, e Zeca do PT, com 0,31% na Capital e 0,02% no interior.

REJEIÇÃO

A pesquisa Correio do Estado/Ipems também levantou a rejeição para governador de Mato Grosso do Sul, e o deputado federal Marcos Pollon está na frente, com 76,39% de rejeição dos entrevistados, seguido do ex-deputado federal Fábio Trad, com 72,05% de rejeição.

Logo depois, aparecem o ex-senador Delcídio do Amaral, com 65,87%, e o atual governador Eduardo Riedel, com 29,81%.

O levantamento Correio do Estado/Ipems ouviu 1.611 eleitores, distribuídos por 53 municípios, no período de 22 de julho a 1º de agosto, tendo grau de confiança de 95%, com margem de erro de 2,44 pontos porcentuais para mais ou para menos.

ANÁLISE

O diretor responsável pelo Ipems, Lauredi Sandim, reforçou que, caso não aconteça nenhum contratempo, o governador Eduardo Riedel está reeleito. 

“Ele tem um desempenho fantástico no interior e um pouco menor em Campo Grande, mas, mesmo assim, está virtualmente reeleito no primeiro turno, com mais de 62% dos votos válidos”, declarou.

No atual cenário, Sandim afirmou que hoje ninguém tira a reeleição de Riedel. 

“Basta olhar o desempenho dos adversários, que são Delcídio, Pollon e Fábio. Eles têm teto, enquanto o Riedel está sem teto, pois o atual governador tem a menor rejeição na comparação com os demais adversários. O que importa para um candidato na majoritária é a rejeição, e a menor é a dele”, argumentou.

Ele acrescentou que outro fator que precisa ser analisado é o conhecimento do eleitorado e, nisso, o atual governador também leva vantagem sobre os demais. 

“Ele é hiperconhecido, pois 87% dos entrevistados falaram que conhecem o governador. E, para reforçar ainda mais o favoritismo de Riedel, 68% dos que o conhecem disseram que votariam nele. Ou seja, o governador lidera em todos os quesitos”, finalizou Lauredi Sandim.

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Política

STF forma maioria de votos contra marco temporal de terras indígenas

Os seis votos foram dos ministros Gilmar Mendes, relator, Flavio Dino, Cristiano Zanin, Luiz Fux, Alexandre de Moraes e Dias Toffoli

17/12/2025 18h15

Indígenas bloquearam ontem parte da MS-156, em Dourados, em protesto contra o julgamento

Indígenas bloquearam ontem parte da MS-156, em Dourados, em protesto contra o julgamento Dourados News/Clara Medeiros

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O Supremo Tribunal Federal (STF) formou nesta quarta-feira (17) maioria de votos pela inconstitucionalidade do marco temporal para demarcação de terras indígenas. 

Até o momento, a Corte tem placar de 6 votos a favor e nenhum contra a restrição às demarcações. A maioria foi formada pelos votos dos ministros Gilmar Mendes, relator, Flavio Dino, Cristiano Zanin, Luiz Fux, Alexandre de Moraes e Dias Toffoli. Ainda faltam quatro votos.

A votação virtual começou na segunda-feira (15) e fica aberta até quinta-feira (18), às 23h59.

Luta contra o marco temporal

Em 2023, o STF considerou a tese do marco temporal inconstitucional. Além disso, o marco também foi barrado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que vetou parte da Lei nº 14.701/2023, aprovada pelo Congresso Nacional. Contudo, os parlamentares derrubaram o veto presidencial e promulgaram a medida.

Dessa forma, voltou a prevalecer o entendimento de que os indígenas somente têm direito às terras que estavam em sua posse no dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal, ou que estavam em disputa judicial na época.

Após a votação do veto presidencial, o PL, o PP e o Republicanos protocolaram no STF ações para manter a validade do projeto de lei que reconheceu a tese do marco temporal.

Por outro lado, entidades que representam indígenas e partidos governistas também recorreram ao Supremo para contestar novamente a constitucionalidade da tese.

É neste cenário de divergência que o Supremo voltou a analisar a matéria.

Em paralelo ao julgamento no Supremo Tribunal Federal, o Senado aprovou, na semana passada, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 48/2023, que insere a tese do marco temporal na Constituição Federal, em novo capítulo da briga entre Legislativo e Judiciário.

Mato Grosso do Sul

A decisão interessa, principalmente, o Estado de Mato Grosso do Sul, que possui a terceira maior população de indígenas do país. De acordo com último Censo, divulgado pelo IBGE em 2022, Mato Grosso do Sul saiu de 77.025 originários em 2010 para 116.346 mil. A população de MS fica atrás apenas do Amazonas (490,8 mil) e da Bahia (229,1 mil).

Os cinco maiores municípios de MS em população indígena são: Campo Grande (18.439), Dourados (12.054), Amambai (9.988), Aquidauana (9.428) e Miranda (8.866).

Do total de indígenas em MS, 68.534 mil pessoas moram em terras indígenas, e outros 47.812 residem fora.

A Terra Indígena Dourados tem a 6ª maior população residente indígena do País, com um total de 13.473 mil. 

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FAMÍLIA RAZUK

Um dia após ser condenado a perda do mandato, deputado Neno vota à distância na Assembleia

Com isso, não comparecendo à assembleia, Razuk não correu o risco de ser notificado da condenação ou da perda do mandato

17/12/2025 15h00

Neno Razuk não compareceu à sessão plenária da ALEMS desta quarta-feira

Neno Razuk não compareceu à sessão plenária da ALEMS desta quarta-feira Marcelo Victor/Correio do Estado

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O deputado estadual Roberto Razuk Filho, o Neno Razuk (PL) foi condenado ontem (16) pela 4ª Vara Criminal de Campo Grande a 15 anos, 7 meses e 15 dias de reclusão, em regime fechado, por ser indicado como chefe de uma organização criminosa voltada ao jogo do bicho. 

No entanto, a condenação não impedia o deputado de comparecer à Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (17) para a última plenária do ano. Mesmo assim, o parlamentar não compareceu à Casa e participou da votação das cinco propostas aprovadas na ALEMS. 

Mesmo com a sentença, Razuk terá o direito de recorrer à decisão em liberdade. Ao Correio do Estado, o advogado André Borges, da defesa do parlamentar, afirmou que vai recorrer da sentença e que o "processo está longe de encerrar". 

Com o não comparecimento na Assembleia, o deputado não correu risco de ser notificado da condenação e nem prestar esclarecimentos à imprensa. 

Neno Razuk não compareceu à sessão plenária da ALEMS desta quarta-feira O voto do deputado apareceu durante as deliberações das propostas na última sessão plenária da ALEMS de 2025 nesta quarta-feira (17) / Fonte: Reprodução

Sentença

A investigação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) apontou que Neno Razuk seria o líder de uma organização criminosa que estaria praticando, de forma intensa, as práticas em Campo Grande após as prisões de Jamil Name e Jamil Name Filho durante a Operação Omertà, deflagradas em 2019 pelo MPMS contra as milícias armadas. 

Segundo as investigações, após as prisões, a família Name teria vendido seus pontos "na marra" e com uso de violência para um grupo de São Paulo, em uma tentativa de roubo a um malote do jogo do bicho que chamou a atenção das autoridades para investigar a situação. 

No documento que decretou 20 prisões preventivas de alvos da quarta fase da Operação Successione e 27 mandados de busca e apreensão, no mês passado, a família Razuk é "conhecida há décadas pela exploração ilegal do jogo do bicho e com expertise nas negociatas relacionadas ao ilícito". 

Além do crime da jogatina ilegal, também foram citados os de "assalto à mão armada e lavagem de dinheiro", especialmente na região de Dourados. 

Nas investigações da Gaeco, o clã da família Razuk tinha o plano de expandir a organização criminosa para o estado de Goiás. 

Segundo a averiguação dos fatos, o grupo realizava estudos com o apoio de organizações do estado goiano, como investidores e figuras influentes, para derrubar a liderança local da jogatina, que era comandado por Carlinhos Cachoeira, um bicheiro local.  

Com um financiamento de R$ 30 milhões de um investidor ainda não identificado, a missão era levar a uma "guerra pelo controle do jogo do bicho que atingiria ambos os Estados", como consta na investigação. 

As penas aplicadas pelo Judiciário somam mais de 100 anos de reclusão e multas que ultrapassam R$ 900.000,00 (novecentos mil reais), além da perda de mandato do deputado estadual Neno Razuk.

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