Política

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Senado define a nova Mesa Diretora da Casa; confira os nomes

Senadores escolheram composição para biênio 2025-2027; Davi Alcolumbre (União-AP) foi eleito como presidente

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A nova composição da mesa diretora do Senado foi definida neste sábado (1), após votação entre os senadores da casa. A sessão começou às 10h (horário de Mato Grosso do Sul) e concluída às 14h18.

De início, ocorreu a definição de Davi Alcolumbre (União-AP) como presidente da casa até 2027. Na sequência, foram definidos os demais integrantes da Mesa.

Além de Alcolumbre, os senadores Marcos do Val (Podemos-ES), Eduardo Girão (Novo-CE), Astronauta Marcos Pontes (PL-SP), e a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) também registraram candidaturas.

De última hora, Soraya e Do Val decidiram retirar suas candidaturas antes da votação. “Não foi desistência, foi estratégia”, justificou Soraya.

Ao todo, Davi Alcolumbre recebeu 73 votos, Girão recebeu quatro votos e Marcos Pontes também quatro votos.

1ª e 2ª vice-presidências

A primeira vice-presidência ficou com Eduardo Gomes (PL-TO), garantindo a presença do partido na direção do Senado após não ter participado da gestão anterior.

Já a segunda vice-presidência será ocupada por Humberto Costa (PT-PE), consolidando ao PT um posto na Mesa. Anteriormente, a legenda estava na primeira secretaria, com Rogério Carvalho (PT-SE).

Entre os secretários, as vagas ficaram distribuídas desta forma:

  • 1ª Secretaria: Daniela Ribeiro (PSD-PB);
  • 2ª Secretaria: Confúcio Moura (MDB-RO);
  • 3ª Secretaria: Ana Paula Lobato (PDT-MA);
  • 4ª Secretaria: Laércio Oliveira (PP-SE).

Entre suplentes, ficaram, na sequência, os senadores: Chico Rodrigues (PSB-RR), Mecias de Jesus (Republicanos-RR), Styvenson Valentim (PSDB-RN) e Soraya Tronicke (Podemos-MS).

'Que seja uma gestão equilibrada'

A senadora de Mato Grosso do Sul, Tereza Cristina (PP), que segue líder do Partido Progressistas no Senado, desejou sorte tanto a Rodrigo Pacheco, que deixa a presidência, como a Alcolumbre. 

“Esperamos que seja uma gestão equilibrada, atuante em defesa do Poder Legislativo, e que ouça muito o colégio de líderes”, disse.

“Quero lhe dizer que nós precisamos de um Congresso cada vez mais altivo, cumprindo o papel que os brasileiros esperam dessa casa, com coisas importantes que nós temos que colocar na pauta. Presidente Pacheco fez a pauta econômica dessa casa acontecer, mas nós ainda temos pela frente um volume de projetos que o nosso país precisa.”, enfatizou.

Assim como na gestão anterior, Tereza Cristina integrará as principais comissões permanentes da Casa. A senadora destacou ainda que o licenciamento ambiental, da qual é relatora na Comissão de Agricultura (CRA), será a pauta prioritária deste ano para destravar a infraestrutura e logística do país.

“É urgentíssimo e importantíssimo este tema; é preciso desburocratizar sem precarizar, com atenção à sustentabilidade e ao meio ambiente, mas não podemos ter travas que impeçam o desenvolvimento do país”, disse. “Vamos votar o licenciamento neste primeiro semestre”, previu.

“Nós somos da oposição crítica, mas propositiva, que trabalha não contra, mas a favor do país”, concluiu. A senadora também integrará, como na gestão anterior, as principais comissões permanentes do Senado.

O que faz a Mesa Diretora?

A Mesa Diretora tem papel central na organização do Senado, sendo responsável pela administração da Casa, definição de pautas e condução das atividades legislativas.

O presidente do Senado também exerce a função de presidente do Congresso Nacional, comandando sessões conjuntas das duas Casas.

Essas sessões são cruciais para a análise de vetos presidenciais e para a aprovação de matérias orçamentárias. Confira a responsabilidade de cada cargo:

  • Presidente: o nome eleito também vai presidir o Congresso Nacional. Entre as atribuições do cargo, estão: comandar reuniões entre líderes partidários, decidir a pauta de votação de cada sessão do Senado e do Congresso e impedir propostas de parlamentares que contrariem a Constituição.
  • 1º vice-presidente: responsável por substituir o presidente em caso de falta ou impedimento.
  • 2º vice-presidente: substitui o primeiro vice-presidente em caso de falta ou impedimento.
  • 1º secretário: o posto é direcionado para funções institucionais ligadas a serviços administrativos e supervisão.
  • 2º secretário: tem responsabilidade de escrever e registrar oficialmente tudo o que é discutido e decidido em sessões secretas, fazer a leitura dos documentos e assiná-los após o primeiro secretário.
  • 3º e 4º secretários: responsáveis pela contagem de votos dentro do Senado, além de auxiliar o presidente em apuração de eleições, anotando nomes e organizando listas.

Com informações da Agência Senado

Política

Sóstenes quer barrar apreensão de passaporte de deputados para livrar Eduardo Bolsonaro

Deputado protocolou um projeto que lei que busca barrar a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão a congressistas

06/03/2025 23h00

Deputado Sóstenes Cavalcante

Deputado Sóstenes Cavalcante Reprodução

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O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), protocolou nesta quinta-feira, 6, um projeto que lei que busca barrar a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão a congressistas. O texto foi apresentado após deputados petistas pedirem a apreensão do passaporte do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por "crimes contra a soberania nacional".

Na proposta, Sóstenes estabelece que medidas cautelares diferentes da prisão, como apreensão do passaporte, proibição de se comunicar com investigados de determinado processo e uso de tornozeleira eletrônica seriam impostas apenas se a maioria da Câmara ou do Senado - a depender da Casa para a qual o alvo da Justiça foi eleito - aprovasse os despachos judiciais em até 24 horas.

Sem citar o nome de Eduardo, Sóstenes afirmou na justificativa do projeto que a "liberdade de locomoção" é um "direito inerente à atividade parlamentar".

"O presente projeto de lei visa reforçar a proteção das prerrogativas parlamentares e garantir o equilíbrio entre os Poderes da República. A liberdade de locomoção e outros direitos inerentes à atividade parlamentar são direitos fundamentais assegurados pela Constituição e não podem ser restringidos sem o devido processo legal e sem condenação definitiva", afirmou Sóstenes.

O líder do PL afirmou que a possibilidade de apreensão do passaporte do filho de Bolsonaro não foi o único motivo para o início da tramitação do projeto, mas uma gota d'água que classificou como "chegada ao cúmulo do absurdo". Sóstenes citou ainda o caso do deputado Zé Trovão (PL-SC), que no início de 2023, teve que usar tornozeleira eletrônica por determinação de Moraes ao ser investigado no inquérito dos atos antidemocráticos

"Tivemos até deputado com tornozeleira eletrônica, no caso do Zé Trovão, são abusos em cima de abusos, o Parlamento é um Poder", afirmou Sóstenes. O deputado disse ainda que vai conversar com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para discutir a tramitação do projeto.

No último sábado, 1.º, Moraes pediu que a Procuradoria-Geral da Rpública (PGR) se manifeste sobre pedido de parlamentares do PT para que Eduardo tenha o passaporte apreendido e seja investigado criminalmente por articular reações ao STF com políticos americanos.

Os petistas alegam que, desde a posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em janeiro, o parlamentar esteve no país em três ocasiões para articular, com congressistas norte-americanos, um projeto de lei que visa atacar e constranger o STF.

Nas redes sociais, Eduardo afirmou que a atividade dele nos Estados Unidos é para "denunciar os fatos que acontecem no Brasil". "Querem atropelar a imunidade parlamentar, querem acabar com a liberdade de expressão", afirmou em vídeo publicado no sábado.

No domingo, 2, em entrevista ao Programa 4 por 4, no YouTube, Eduardo afirmou que acredita que vai ter o passaporte apreendido e citou um suposto "jogo combinado" entre Moraes, PT e a PGR.

"Os deputados do PT fazem a narrativa, o Alexandre de Moraes puxa para ele dizendo que trata-se de mais um caso do 8 de Janeiro, manda para a Procuradoria-Geral da República, depois manda um recado ou fala diretamente com o Paulo Gonet e diz 'olha, aceita aí para não ficar tão feio parecendo que sou só eu perseguindo o Eduardo", afirmou.

Corrupção

O que diz a denúncia da Transparência Internacional à OEA e quais são os próximos passos

Denúncia aponta "desmonte das políticas de combate à corrupção" no Brasil e em outros países da América Latina

06/03/2025 21h00

Organização dos Estados Americanos (OEA)

Organização dos Estados Americanos (OEA) Reprodução

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A Transparência Internacional denunciou nesta segunda-feira, 3, à Organização dos Estados Americanos (OEA) o que classificou como "desmonte das políticas de combate à corrupção" no Brasil e em outros países da América Latina. A organização diz que "os esforços recentes para desmantelar mecanismos legais e institucionais do combate à corrupção" no Brasil "promoveram um cenário de impunidade em relação a empresas, agentes públicos e privados cujo envolvimento em esquemas de corrupção transnacionais já haviam sido amplamente verificados".

"Pedimos que a comissão passe a considerar os riscos de corrupção e os impactos da corrupção de forma transversal no seus relatórios sobre Direitos Humanos e avaliação por países. Solicitamos que seja indicado um ponto focal para acompanhar o tema de corrupção na Comissão Interamericana. E solicitamos também que seja integrado uma abordagem de Direitos Humanos no mecanismo de verificação da implementação da Convenção Interamericana Anticorrupção", afirma o gerente de pesquisa e advocacy da Transparência Internacional, Guilherme France.

A Transparência Internacional apresentou o pedido de audiência na OEA com entidades de Colômbia, Guatemala, República Dominicana, Venezuela e Brasil. Na reunião, os representantes de organizações não governamentais de cada País apresentaram casos de violações à política de combate à corrupção e de defesa de direitos humanos. Entre os casos, France destacou as decisões do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli sobre o acordo de leniência da Odebrecht, atualmente Novonor.

O objetivo é fazer com que o tema do combate à corrupção seja debatido nas comissões da OEA para que possam se tornar recomendações da organização aos países citados.

"As organizações abaixo assinadas solicitam uma audiência temática regional. O objetivo é divulgar exemplos específicos de atos de corrupção ocorridos no Brasil, na Colômbia, na Guatemala, na República Dominicana e na Venezuela, e mostrar concretamente como esses eventos afetaram negativamente o gozo dos direitos humanos ou deram origem a violações dos mesmos. Em particular, referimo-nos a vários casos de violações dos direitos humanos ligados aos danos ambientais causados ??pelas empresas, aos ataques ao poder judicial e à sua falta de independência, à perseguição de jornalistas e defensores que denunciam a corrupção, à deterioração da democracia e à corrupção transnacional", dizem no pedido enviado à OEA.

De acordo com France, o próximo passo é submeter um relatório completo do que a Transparência Internacional considera como transgressões à política de combate à corrupção.

"O próximo passo vai ser a gente submeter um relatório completo, com todas informações compiladas para justamente subsidiar de forma mais detalhada o trabalho da comissão, que é avaliar os riscos e as violações aos direitos humanos por diferentes razões, inclusive, pela corrupção", detalhou.

Após analisar os casos denunciados pela Transparência, a organização pode emitir recomendações aos países membros. O objetivo é fazer com que as nações signatárias implementem medidas que fortaleçam a defesa dos direitos humanos e o combate à corrupção.

No mês passado, a Transparência Brasil já havia criticado a decisão de Toffoli que anulou as ações contra o ex-ministro Antonio Palocci. Em nota, a entidade classificou a medida como "mais um passo no desmonte do enfrentamento à macrocorrupção" no Brasil e alertou que tais decisões abalam a confiança da sociedade no STF.

"Os impactos das recentes decisões judiciais não se limitam ao território brasileiro, uma vez que evidências que serviram de base para investigações e processos em vários países da América Latina foram invalidadas irregularmente. No caso Lava Jato, um juiz do Supremo Federal anulou provas de confissões de executivos da Odebrecht considerando que são 'inutilizáveis' por 'qualquer jurisdição'. Esta impunidade implica esvaziando os esforços para promover a reparação dos direitos das vítimas difuso e individual desses esquemas de corrupção, com repercussões não só no Brasil mas também em toda a América Latina", diz a Transparência no relatório preliminar apresentado à OEA.

De acordo com a Transparência Internacional, a corrupção "produz violações de direitos humanos que devem ser abordados de forma estrutural".

"A corrupção aumenta a pressão sobre a decisão de realizar determinadas obras, apesar de riscos e impactos, possibilita interferência no licenciamento ambiental, agrava os impactos diretos e indiretos (incluindo aqueles sofridos pelos povos indígenas, comunidades tradicionais e outros grupos afetados) e prejudica a gestão de recursos destinados à mitigação e compensação. Nesse sentido, produz violações de direitos humanos que devem ser abordados de forma estrutural, o que é inviabilizado pela mencionado processo de desestruturação de mecanismos legais e institucionais anticorrupção no Brasil", sustenta.

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