Política

RIGOR

Soraya Thronicke reforça que CPI quer chegar a patrocinadores de vandalismo em Brasília

Autora do requerimento para a criação da Comissão, senadora sul-mato-grossense disse que Senado precisa dar uma resposta à população

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Após conseguir as assinaturas necessárias para apresentar o requerimento de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os atos antidemocráticos praticados em Brasília (DF), a senadora Soraya Thronicke (União-MS) ressaltou o compromisso dos senadores e acredita que a iniciativa é importante no esforço que está sendo feito para identificar e punir, não apenas quem participou da invasão e da destruição do patrimônio nos Três Poderes, mas quem patrocinou tais atos.

“Nós precisamos identificar os financiadores e os estrategistas dessa malfadada tentativa de golpe e de derrubada da nossa democracia. É de extrema importância que o Senado Federal entregue ao povo brasileiro uma resposta. Cada órgão vai fazer a sua parte, mas, nós, de forma alguma poderíamos ficar inertes diante de tamanha aberração”, reforçou a parlamentar sul-mato-grossense.

Ela completou que a CPI também vai apurar a omissão dos agentes públicos diante dos ataques terroristas praticados contra os prédios públicos em Brasília. Sobre o fato de uma nova legislatura ter início no início de fevereiro, Soraya Thronicke reconheceu que agora há essa lacuna na legislação. 

“O fato é grave para apurar, mas, em breve, teremos uma mudança de legislatura, quase 1/3 dos membros do Senado Federal”, reconheceu.

A senadora revelou que isso a deixou em dúvida, porém, logo depois de redigir o requerimento de abertura de CPI e antes mesmo de protocolar no sistema para requerer as assinaturas dos senadores, ligou para o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). 

“Ele me disse para ir em frente, pois uma mera formalidade não pode coibir a apuração de atos tão graves. Se for necessário, daqui um mês, nós vamos coletar novas assinaturas”, avisou.

Em andamento

Nesta terça-feira (10), o Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, revelou que os órgãos responsáveis pela investigação do ato de vandalismo realizado no último domingo (8) no Palácio do Planalto, no Congresso Nacional e no Supremo Tribunal Federal (STF), já identificaram alguns financiadores do ataque. 

Conforme públicado na Agência Brasil, durante uma agenda nesta manhã Dino relatou à imprensa que o perfil dos financiadores já identificados é variado, e envolve desde pequenos comerciantes a empresários do agronegócio e atiradores desportivos.

“Não é possível identificar um único segmento. O que posso afirmar é que a investigação está em curso; já foram feitas as primeiras individualizações [caracterizações da participação nos atos] e, com isso, haverá o prosseguimento que cabe: a aplicação das sanções previstas em lei”, acrescentou o ministro, que considerou o episódio do último domingo um “evento extremo, agressivo e violento”.

Até o momento, os identificados pertencem a dez unidades federativas. Segundo Dino, eles podem responder por associação criminosa e prática de crimes contra o Estado Democrático de Direito, pela tentativa de destituir um governo legitimamente eleito.

A invasão

No último domingo (8), vândalos vestindo as cores da bandeira - predominantemente o amarelo -, que se identificam como eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), invadiram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto, e o Supremo Tribunal Federal.

A depredação do patrimônio público foi amplamente transmitida pelos veículos de comunicação. Nas imagens, é possível ver vidraçãs quebradas, cadeiras espalhadas pela Praça dos Três Poderes, obras de arte danificadas e estruturas dos prédios danificadas.

As forças de segurança federal e local não impediram a invasão dos vândalos, apesar da Força Nacional ter sido convocada para atuar no centro de Brasília depois da ameaça do ato golpista.

Na segunda-feira (9), equipes já começaram a trabalhar na limpeza e restauraçaão dos prédios. O prejuízo total ainda não foi estimado.

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NÚMERO DE FILIADOS

PL de Bolsonaro cresce 42,75% em MS, enquanto o PT de Lula, somente 1,43%

Nas duas últimas eleições, a direita registrou um aumento porcentual do número de filiados muito maior que a esquerda no País

10/02/2025 08h00

O atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o ex-presidente, Jair Messias Bolsonaro (PL)

O atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o ex-presidente, Jair Messias Bolsonaro (PL) Foto: Montagem

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A polarização política entre direita e esquerda continua acirrada no Brasil e também em Mato Grosso do Sul, porém, como apontou levantamento realizado pelo Correio do Estado com dados sobre filiação partidária disponibilizados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) relativos às eleições de 2022 e 2024, o PL cresceu, porcentualmente, muito mais que o PT, tanto em nível nacional quanto em nível estadual.

Segundo dados do TSE, em nível nacional, a legenda do ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro passou de 755.443 filiados nas eleições gerais de 2022 para 904.618 nas eleições municipais de 2024, um avanço de 19,74%.

No caso do partido do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a sigla saiu de 1.606.001 filiados para 1.653.361, um crescimento tímido de 2,94%, ou seja, uma diferença de quase 17 pontos porcentuais na comparação com o PL.

Já em nível estadual, conforme o levantamento da reportagem com base nos dados do TSE, a diferença porcentual de crescimento entre PL e PT no número de filiados é ainda maior e chega a 41,32 pontos porcentuais. 

Enquanto os petistas alcançaram um aumento de 1,43%, saltando de 33.556 nas eleições gerais de 2022 para 34.036 filiados nas eleições municipais de 2024, os liberais cresceram 42,75%, saindo de 13.785 para 19.678.

Embora esses dois partidos concentrem a maior rivalidade nacional e estadual, em razão do acirramento da disputa entre bolsonaristas e petistas desde as eleições gerais de 2018, eles não são os que concentram o maior número de filiados no Brasil nem em Mato Grosso do Sul.

A liderança segue sendo do MDB, que passou de 2.077.587 filiados em 2022 para 2.083.619 em 2024 no território nacional, uma alta de apenas 0,29%.

Em Mato Grosso do Sul, os emedebistas também são os que mais têm filiados, porém, registraram uma queda de 2,25% na comparação entre as eleições gerais de 2022 e as eleições municipais de 2024, saindo de 43.899, no pleito de 2022, para 42.908, no do ano passado.

OUTROS PARTIDOS

Atualmente, no Estado, os outros partidos com grande número de filiados são PSDB, com 35.011, PRD, com 24.133, PP, com 22.852, PDT, com 18.912, União Brasil, com 18.196, Republicanos, com 17.377, e Podemos, com 12.578.

Os tucanos, no mesmo período avaliado, ou seja, eleições gerais de 2022 até eleições municipais de 2024, apresentaram crescimento de 10,12%, saindo de 31.792 filiados para 35.011, enquanto o crescimento ou encolhimento do PRD não pôde ser avaliado, pois o partido é fruto da fusão do Patriotas com o PTB, tendo surgido apenas no ano passado.

Já o PP teve aumento de 29,20%, saindo de 17.686 para 22.852 filiados, enquanto o PDT apresentou uma redução de 6%, caindo de 20.120 para 18.912. No caso do União Brasil, o partido também não ppôde ser avaliado, pois é fruto da fusão do PSL com o DEM e o TSE não disponibilizou os números de filiados de 2022.

O Republicanos alcançou um crescimento de 12,54%, saindo de 15.440 filiados para 17.377, enquanto o Podemos apresentou o maior aumentou porcentual entre todas as 29 legendas registradas no TSE em Mato Grosso do Sul.

O partido saiu de 7.742 filiados nas eleições gerais de 2022 para 12.578 no pleito municipal do ano passado, ou seja, teve um crescimento porcentual de 62,46%. Na prática, o Podemos foi um ponto fora da curva.

As demais legendas apresentam um número bem baixo de filiados, conforme os dados do TSE deste ano, sendo elas: Agir, com 2.794 filiados; Avante, com 3.766; Cidadania, com 6.607; Democracia Cristã, com 2.474; Mobilização Nacional, com 2.906; Novo, com 1.170; PCB, com 225; PCdoB, com 2.760; PCO, com 210; e PMB, com 660.

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Em MS

CPI do transporte coletivo e Orçamento Participativo estão nos planos do PT

Defesa da Democracia, do Governo Lula e assumir a oposição foram destaque em reunião do partido

09/02/2025 14h30

Divulgação

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No último sábado (8), o Partido dos Trabalhadores (PT) realizou uma reunião onde foram definidas as prioridades do partido para o ano de 2025.

Dentre elas, estão a defesa da democracia, a defesa do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e assumir a oposição em Campo Grande.

Também foram definidas as principais ações a serem realizadas neste início de ano. São elas:

Transporte Coletivo

Durante a reunião, foi estabelecido que será intensificada a coleta de assinaturas para a implantação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o contrato de concessão do transporte coletivo de Campo Grande, principalmente o serviço prestado pelo Consórcio Guaicurus.

O pedido de CPI foi feito pelo vereador Jean Ferreira (PT) logo após a tarifa ser reajustada em R$ 0,20, indo de R$ 4,75 para R$ 4,95.

Para Jean Ferreira, o modelo de transporte coletivo de Campo Grande, introduzido em 2012, não se sustenta, uma vez que o reajuste ocorre sem melhora alguma no serviço prestado. 

Projeto de Lei

Além da CPI, também será protocolado um projeto de lei estabelecendo que os reajustes da tarifa do transporte público coletivo da Capital só possem ser colocados em prática após serem aprovados pela Câmara Municipal de Campo Grande.

Orçamento Participativo

O PT vai realizar em Campo Grande, através da Bancada de Vereadores, a aplicação do Orçamento Participativo.

"Nós queremos que o cidadão e a cidadã que paga os impostos indique onde deve ser investido o dinheiro arrecadado", defendeu Agamenon Rodrigues do Prado, presidente do Diretório Municipal.

Ações sociais

Outra pauta foi a realização de ações sociais em bairros periféricos de Campo Grande. O cronograma das ações, no entanto, ainda não foi divulgado.

Novo líder

Em seu primeiro mandato, o vereador Jean Ferreira será o líder da Bancada de Vereadores. Ele foi escolhido por unanimidade.

"Jean é jovem mas tem uma capacidade enorme de fazer política e dialogar com as outras Bancadas. Além disso, precisamos dar oportunidades aos jovens", disse Prado.

Festa

Também foi decidido que a festa dos 45 anos do partido será realizada no dia 13 de fevereiro, às 18h, no Ponto Bar, localizado na rua Dr. Temistocles, 103, no Centro de Campo Grande

Apoio ao Comitê em Defesa da Democracia

Também foi definido que o partido dará total apoio e irá participar do ato de lançamento do Comitê em Defesa da Democracia, Contra o Golpe e sem Anistia, que será realizado no dia 14 de fevereiro, às 18h, no auditório da Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems).

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