Política

SOB NOVA DIREÇÃO

Thalles Tomazelli deve ser eleito hoje para presidir a Assomasul

O prefeito de Itaquiraí integra chapa de consenso formada para comandar a associação pelos próximos dois anos

Continue lendo...

Hoje, os 79 prefeitos sul-mato-grossenses vão às urnas para eleger os novos integrantes das diretorias executiva e auxiliar e do conselho fiscal para o biênio 2025-2026 da Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul (Assomasul).

Com o registro apenas da chapa “Municipalismo Ativo”, que reúne gestores públicos de diversas regiões do Estado, o prefeito de Itaquiraí, Thalles Henrique Tomazelli (PSDB), deverá ser o novo presidente da Assomasul. Ele terá a missão de comandar a associação nos próximos dois anos, em substituição ao ex-prefeito de Nioaque Valdir Júnior (PSDB).

“Até o fim da tarde de hoje [ontem], pelo menos 90% dos prefeitos do Estado já tinham confirmado presença amanhã [hoje] na sede da Assomasul, em Campo Grande, para votar. Após a votação, que está prevista para ser encerrada às 17h, será realizada a cerimônia de posse”, ressaltou Thalles Tomazelli ao Correio do Estado.

PRIMEIRO DESAFIO

Em entrevista exclusiva concedida à reportagem, Tomazelli disse que seu primeiro desafio à frente da Assomasul será acolher os prefeitos de primeiro mandato para explicar os trâmites de início de gestão e contribuir com aqueles que estão tendo problemas financeiros.

“Nossa intenção, tanto minha quanto dos demais integrantes da nova diretoria da Assomasul, é de ajudar esses novos prefeitos a solucionarem o mais rápido possível essas demandas, para que possam começar, de fato, a administrar as cidades pelas quais foram eleitos”, argumentou.

Thalles Tomazelli entende que, quanto mais os novos prefeitos protelarem para buscar uma solução para a questão financeira dos seus municípios, mais os munícipes vão sofrer.

“A Assomasul tem muita experiência a somar para que os prefeitos avancem nesse ponto e não apresentem retrocesso”, assegurou.

FPM

Após solucionada essa questão, o novo presidente da Assomasul pretende pautar com os demais prefeitos a discussão sobre a queda de receita com a redução do repasse via Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

“Uma bandeira da Confederação Nacional de Municípios [CNM] é que o FPM tenha um aumento de 1% no porcentual repassado atualmente para as prefeituras de todo o Brasil. Seria uma espécie de bônus”, pontuou.

O prefeito de Itaquiraí deseja também que os municípios tenham mais agilidade na utilização do Sistema de Fiscalização Integrada de Gestão (e-Sfinge), que marca uma nova era na prestação de contas das prefeituras de MS no Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE-MS).

Lançado no fim do ano passado, 95% dos municípios já conseguiram completar com sucesso a primeira etapa do processo.

Esse envio possibilita à Corte de Contas o acompanhamento detalhado da previsão dos projetos e dos programas municipais, incluindo a alocação de recursos para áreas prioritárias, como a primeira infância.

MUNICIPALISMO

“Já tivemos uma reunião para melhorar o diálogo com o TCE-MS, para fazer com que os servidores públicos dos municípios compreendam melhor a ferramenta e-Sfinge. Nos próximos dias, devemos pilotar com a Corte de Contas para tratar desse assunto”, revelou.

Thalles Tomazelli ainda disse ao Correio do Estado que a política municipalista, criada pelo ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e que teve continuação com o atual governador Eduardo Riedel (PSDB), é um benefício para as 79 prefeituras e que a nova diretoria vai trabalhar para que avance. 

“Essa política municipalista precisa ser inovada e modernizada pelo governo estadual para ser apresentada aos municípios. Já estamos aguardando o MS Ativo 2025 para que os novos prefeitos possam ser orientados na elaboração de projetos de obras públicas sem perda de tempo”, ressaltou.

SAIBA

Confira abaixo a composição da chapa única

Diretoria Executiva: presidente – Thalles Tomazelli (Itaquiraí); 1ª vice-presidente – Maria Rovari (Bodoquena); 2ª vice-presidente – Maria Lurdes (Caarapó); secretário-geral – Henrique Wancura (Terenos); 2º secretário – Rodrigo Sacuno (Naviraí); 3ª secretária – Márcia do Amaral Schio (Brasilândia); tesoureiro-geral – José Natan de Paula Dias (Aparecida do Taboado); e 2º tesoureiro – Henrique Ezoe (Rio Negro).

Diretoria Auxiliar: diretor cultural – Gabriel de Oliveira (Corumbá); diretor social e esportivo – Agnaldo Marcelo Oliveira (Antônio João); diretor de Relações Públicas – Josmail Rodrigues (Bonito); diretor de Patrimônio – Cleber Dias da Silva (Vicentina); diretor da área da Saúde – Leandro Fedossi (Nova Andradina); e diretor para assuntos municipalistas – Germino da Roz (Batayporã).

Conselho Fiscal – titulares: Jaime Soares Ferreira (Selvíria); Niagara Kraievski (Coronel Sapucaia); e Cláudio da Silva (Jaraguari).

Conselho Fiscal – suplentes: José Paleari (Nova Alvorada do Sul); Rodrigo de Freitas (Cassilândia) e Nair Branti (Douradina).

Assine o Correio do Estado

Política

Coronel que comandou pelotão de MS é denunciado por tentativa de golpe

Preso pela Polícia Federal em 2024, Coronel seria parte de grupo que incitou golpe dentro das Forças Armadas pós-eleição de Lula em 2022

19/02/2025 18h40

Romão Corrêa durante comando em Mato Grosso do Sul, em dezembro de 2019

Romão Corrêa durante comando em Mato Grosso do Sul, em dezembro de 2019 Foto: Divulgação, Redes Sociais

Continue Lendo...

O Coronel do Exército, Bernardo Romão Corrêa Netto, que comandou pelotão da força armada no município de Bela Vista, está na lista de denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por suposta tentativa de golpe de Estado.

Além do militar, a PGR denunciou outras 33 pessoas, entre elas, o ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro. A lista foi divulgada nessa terça-feira (19).

Em indiciamento da Polícia Federal no ano passado, Romão Netto foi acusado pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e organização criminosa.

Operação Tempus Veritatis

Investigado pela Polícia Federal, o coronel Bernardo Romão Netto foi preso durante a Operação Tempus Veritatis, em fevereiro de 2024.

A ofensiva deteve, na época, vários oficiais militares e auxiliares do ex-presidente Jair Bolsonaro suspeitos de envolvimento em tentativa de invalidar o resultado das eleições de 2022.

O Coronel, que estava em Washington (EUA) para participar de um curso de defesa, foi alvo de uma ordem de prisão expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, no âmbito da Operação Tempus Veritatis.

Em Mato Grosso do Sul, Netto comandou o 10º Regimento de Cavalaria Mecanizado (10º R C Mec) em Bela Vista e permaneceu no cargo até 12 de janeiro de 2022, quando passou o comando.

Indiciamento pela PF

Integrante da cavalaria do Exército e dos "Black Kids", um pelotão de elite da força armada, Romão também esteve presente na reunião ocorrida em 28 de outubro, em Brasília, logo após o segundo turno das eleições, onde foram discutidos planos para um possível golpe.

As investigações da PF abordaram dois eixos principais: a tentativa de golpe de Estado e a abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Além disso, identificaram a disseminação de notícias falsas sobre supostas fraudes nas eleições presidenciais, com o objetivo de legitimar uma eventual intervenção militar.

Os investigadores também encontraram indícios de envolvimento de Romão na chamada "milícia digital", conhecida popularmente como "gabinete do ódio", grupo responsável pela propagação de desinformação e discursos antidemocráticos.

'Braço direito' de Mauro Cid

O coronel, é apontado como braço direito do ex-ajudante de ordens Mauro Cid. Romão Netto aparece como suspeito nas investigações como figura que articulava e incitava os militares a aderir ao golpe.

A reunião ocorreu por intermédio de Corrêa Neto, e contou com a presença de assistentes dos generais que supostamente seriam favoráveis ao golpe, assim como oficiais.

Conforme trocas de mensagens trocadas, localizadas no celular de Mauro Cid, foram selecionados apelas militares que fazem parte das forças especiais (Kids Pretos).

No documento da polícia federal ele compunha o núcleo que tinha como objetivo que os militares aderissem ao golpe de estado.

Romão Corrêa durante comando em Mato Grosso do Sul, em dezembro de 2019

Além disso, Romão Neto apareceu dentro do âmbito do 'gabinete do ódio' estimulando que integrantes das Forças Armadas disseminassem notícias falsas, por meio das redes sociais, questionando lisura do processo eleitoral do país. Em conversas com Cid, a investigação aponta que a sugestão de medidas que atentam contra a democracia.

"Nesse sentido, observa-se a atuação do investigado BERNARDO ROMÃO CORREA NETO nas medidas direcionadas à disseminação de notícias falsas por integrantes das Forças Armadas em associação com outros membros do grupo criminoso para desacreditar o processo eleitoral".

Mensagens sobre a reunião para discutir o golpe:

Romão Corrêa durante comando em Mato Grosso do Sul, em dezembro de 2019Romão Corrêa durante comando em Mato Grosso do Sul, em dezembro de 2019

Após a reunião com as Forças Especiais (FE) uma carta foi elaborada para ser encaminhada ao comandante do exército Freire Gomes com intuito de pressioná-lo a aderir ao golpe, intitulada como "Carta ao Comandante do Exército de Oficias Superiores da Ativa do Exército Brasileiro".

No "apagar" das luzes do governo do presidente Bolsonaro, precisamente no dia 30 de dezembro de 2022, foi enviado para fazer um curso até julho de 2025, o que levantou suspeita por parte da investigação de que teria sido uma tentativa de escapar de eventuais investigações. 

"Ressaltem-se, ainda, as considerações da autoridade no sentido de que BERNARDO ROMÃO CORREA NETO: foi designado para exercer missão no Estados Unidos - com ônus total para o Comando do Exército - na cidade de Washington, D.C. até junho de 2025. A permanência do investigado em solo estrangeiro por pelo menos mais um ano e meio, somada as circunstâncias da designação da missão, que somente foi publicada no fim do governo anterior (30.12.2022), demonstram fortes indícios de que o investigado agiu para se furtar ao alcance de investigações e consequentemente da aplicação da lei penal, fatos estes que justificam a decretação da prisão preventiva".

Portela fica de fora da lista dos denunciados pela PGR

De volta à denúncia da PGR dessa terça-feira (18), tenente da reserva Aparecido Andrade Portela, presidente do Partido Liberal (PL) em Mato Grosso do Sul e primeiro suplente da senadora Tereza Cristina (PP), foi um dos nomes que ficaram de fora da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) por tentativa de golpe de Estado em 2022.

Ele era um dos 40 indiciados pela Polícia Federal (PF) em dezembro de 2024, sendo apontado como um dos interlocutores entre o governo de Jair Bolsonaro (PL) e os financiadores de manifestações antidemocráticas.

No entanto, assim como outros nove nomes da lista, Portela não foi denunciado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, na última terça-feira (18).

Portela é citado no rodapé de uma das páginas da denúncia, como alvo de "diligências complementares". Confira:

Romão Corrêa durante comando em Mato Grosso do Sul, em dezembro de 2019

A denúncia da PGR tem 34 nomes, sendo que quatro deles não estavam na lista da PF. Gonet incluiu um coronel e três outros nomes que já haviam sido indiciados anteriormente, como Silvinei Vasques, ex-chefe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e outros dois policiais federais.

Portela e os atos golpistas

A Polícia Federal identificou uma troca de mensagens entre o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e Portela, onde usou o termo "churrasco" para se referir ao golpe de Estado.

O relatório também destacava a proximidade de Portela e Bolsonaro desde a década de 70, quando serviram juntos na cidade de Nioaque (MS)

"De acordo com os registros de entrada e saída de pessoas no Palácio do Alvorada, o investigado tenente Portela realizou ao menos 13 visitas no mês de dezembro de 2022 ao então presidente Jair Bolsonaro", diz relatório da PF.

Ficaram de fora

Confira quais foram os indiciados pela PF que ficaram de fora da denúncia, além de Portela:

Valdemar Costa Neto

Presidente nacional do PL, Valdemar chegou a ser preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo no âmbito da apuração da tentativa de golpe. Desde então, não pode manter contato com Bolsonaro. A investigação coloca o presidente do PL no que chama de "Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral".

Segundo a PF, coube a Valdemar "financiar, divulgar perante a imprensa e endossar a ação judicial que corroborava a atuação da rede de 'especialistas' que subsidiaram 'estudos técnicos' que comprovariam supostas fraudes nas eleições presidenciais de 2022".

Alexandre Castilho Bitencourt da Silva

Coronel do Exército, foi apontado pela PF como suspeito de articular carta que pressionava a cúpula das Forças Armadas a dar um golpe contra Lula.

Anderson Lima de Moura

Coronel do Exército, foi apontado pela PF como suspeito de articular carta que pressionava a cúpula das Forças Armadas a dar um golpe contra Lula.

Carlos Giovani Delevati Pasini

Coronel da reserva do Exército, foi apontado pela PF como suspeito de articular carta que pressionava a cúpula das Forças Armadas a dar um golpe contra Lula.

Laercio Vergilio

Coronel da reserva, segundo a PF, atuou para incitar o golpe. Em depoimento, disse que a prisão de Alexandre de Moraes seria necessária para a "volta da normalidade institucional".

Fernando Cerimedo

Influenciador argentino que passou a fazer a fazer lives e publicações logo após a vitória de Lula no segundo turno das eleições que tiveram grande alcance. Ele alegava que as eleições brasileiras teriam sido fraudadas.

José Eduardo de Oliveira e Silva

O padre foi citado pela PF como integrante do núcleo jurídico do esquema golpista. Segundo a investigação, ele tem vínculo com pessoas e empresas envolvidas na produção de notícias falsas.

Tércio Arnaud Tomaz

Ex-assessor de Bolsonaro, Tércio chegou a ser apontado como o líder do chamado "gabinete do ódio", responsável por espalhar fake news e outras informações a favor do governo Bolsonaro. Em operação realizada em fevereiro, a PF apreendeu o telefone celular de Tércio na casa de Bolsonaro em Angra dos Reis (RJ).

Amauri Feres Saad

O advogado teria participado das discussões sobre a minuta golpista, segundo a PF. Ele foi apontado por Mauro Cid como uma das pessoas que apresentou um documento pedido por Bolsonaro com uma série de considerandos -um compilado de momentos em que, na visão do ex-presidente, a Justiça teria interferido ilegalmente em seu governo.

Deputados de MS reagem à denúncia da PGR contra Bolsonaro: 'vai ser preso'

Parlamentares de Mato Grosso do Sul reagiram nesta quarta-feira (19) à denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Além de Bolsonaro, a decisão do procurador-geral da República Paulo Gonet, incluiu outras 33 pessoas, por suposta tentativa de golpe de Estado.

Após a repercussão do caso, apoiadores e opositores utilizaram as redes sociais para se manifestar contra e a favor do ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL).

Com informações de Folha Press

*Colaboraram Alanis Netto e Alicia Miyashiro

Assine o Correio do Estado.

 

Tentativa de golpe?

Deputados de MS reagem à denúncia da PGR contra Bolsonaro: 'Vai ser preso'

Apoiadores e opositores se manifestaram contra e a favor do ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL), nas redes sociais

19/02/2025 17h00

Publicações de apoiadores (à direita) e opositores (à esquerda) movimentaram a internet após denúncia contra Bolsonaro

Publicações de apoiadores (à direita) e opositores (à esquerda) movimentaram a internet após denúncia contra Bolsonaro Reprodução, Redes Sociais

Continue Lendo...

Parlamentares de Mato Grosso do Sul reagiram nesta quarta-feira (19) à denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Além de Bolsonaro, a decisão do procurador-geral da República Paulo Gonet, incluiu outras 33 pessoas, por suposta tentativa de golpe de Estado.

Após a repercussão do caso, apoiadores e opositores utilizaram as redes sociais para se manifestar contra e a favor do ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL).

'Venceremos essa batalha'

Entre os apoiadores, o deputado federal Rodolfo Nogueira (PL) publicou uma foto com o ex-presidente citando uma passagem bíblica.

Na legenda, ele comenta: "Após sair uma pesquisa com Bolsonaro na frente, PGR vem com história de 'suposto golpe', coincidência? Vamos para mais um João 8:32, venceremos mais essa batalha". Confira:

 

 

Além do "Gordinho do Bolsonaro" — apelido de Rodolfo Nogueira — o deputado federal Marcos Pollon (PL) também manifestou apoio a Bolsonaro.

Também pelo Instagram, Pollon relata que a denúncia não possui fundamento. "Sinto cheiro de medo! Mais uma injustiça sendo orquestrada contra Bolsonaro. Não é necessário ter mais de dois neurônios para entender que nada disso tem fundamento, é pura perseguição! Estamos com o presidente Jair Messias Bolsonaro até o fim!", comenta Pollon.

'Grande dia'

Por outro lado, parlamentares do Partido dos Trabalhadores (PT) celebraram a notícia da denúncia. O deputado Jean Ferreira (PT) se manifestou em seu perfil no Instagram, comemorando a decisão do procurador-geral da República Paulo Gonet.

Em publicação, ele compartilhou uma notícia jornalística da denúncia com a legenda "Grande dia". Vale destacar que a legenda faz referência a uma postagem do próprio ex-presidente Jair Bolsonaro, que escreveu a expressão em sua conta no Twitter em 2019, pouco depois de o parlamentar na época Jean Wyllys, anunciar que deixou o Brasil após sofrer seguidas ameaças de morte.

A deputada federal Camila Jara (PT) também se manifestou a favor da decisão. Em publicação no seu Instagram, a parlamentar do PT publicou uma imagem da bandeira do Brasil com a frase "Uh! Vai ser preso!", no lugar da frase "ordem e progresso".

Na legenda da postagem, Camila Jara questiona o entendimento de Bolsonaro sobre a democracia e se manifestou contra o pedido de anistia política realizado pelo ex-presidente.

"São 34 pessoas denunciadas, 272 páginas de denúncia e 1 pergunta: será que o ex-presidente finalmente vai entender que democracia não é jogo de tabuleiro?", relata.

"[...] que responda pelas acusações como qualquer pessoa comum. Sem anistia!", complementa a deputada em outra postagem.

 

 

 

Denúncia da PGR aponta Jair Bolsonaro como 'líder' de plano golpista

O procurador-geral da República Paulo Gonet denunciou, durante a noite dessa terça-feira (18), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 33 pessoas no inquérito do golpe.

Após três meses de análise das provas reunidas pela Polícia Federal (PF), que indiciou o ex-presidente, Gonet concluiu que Bolsonaro não apenas tinha conhecimento do plano golpista como liderou as articulações para dar um golpe de Estado no Brasil.

Se condenado, o ex-presidente pode pegar mais de 28 anos de prisão.

"A organização tinha por líderes o próprio Presidente da República e o seu candidato a Vice-Presidente, o General Braga Neto. Ambos aceitaram, estimularam, e realizaram atos tipificados na legislação penal de atentado contra o bem jurídico da existência e independência dos poderes e do Estado de Direito democrático", diz trecho da denúncia.

Entre os crimes atribuídos a Bolsonaro e aliados estão:

  • Tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito
  • Golpe de estado
  • Organização criminosa armada
  • Dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima
  • Deterioração de patrimônio tombado

Portela fica de fora da lista dos denunciados pela PGR

Aparecido Andrade Portela, tenente da reserva, presidente do Partido Liberal (PL) em Mato Grosso do Sul e primeiro suplente da senadora Tereza Cristina (PP), foi um dos nomes que ficaram de fora da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) por tentativa de golpe de Estado em 2022.

Ele era um dos 40 indiciados pela Polícia Federal (PF) em dezembro de 2024, sendo apontado como um dos interlocutores entre o governo de Jair Bolsonaro (PL) e os financiadores de manifestações antidemocráticas.

No entanto, assim como outros nove nomes da lista, Portela não foi denunciado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, na última terça-feira (18).

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail marketing@correiodoestado.com.br na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).