Política

Apuração

Toffoli marca acareação com investigados no caso Banco Master

Medida faz parte do processo sobre fraudes financeiras

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O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (24) a realização de uma audiência de acareação com o sócio do Banco Master, Daniel Vorcaro, o ex-presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa e o diretor de Fiscalização do Banco Central, Ailton de Aquino.

Eles serão ouvidos no dia 30 de dezembro, às 14h, por videoconferência. A medida faz parte do processo de investigação de fraudes financeiras que podem ter movimentado R$ 17 bilhões por meio da emissão de títulos de créditos falsos.

Os acusados são investigados pela Polícia Federal desde 2024, no âmbito da Operação Compliance Zero, deflagrada no dia 18 de novembro de 2025. Na ocasião, Vocaro foi preso, no Aeroporto de Guarulhos (SP), um dia depois de a Fictor Holding Financeira ter anunciado que compraria o Master, após a instituição financeira ter sido liquidada extrajudicialmente.

Também foram detidos os sócios de Vocaro, Augusto Ferreira Lima, Luiz Antonio Bull, Alberto Feliz de Oliveira e Angelo Antonio Ribeiro da Silva. Todos foram autorizados pela Justiça Federal a responder em liberdade com monitoramento por tornozeleira eletrônica e estão proibidos de exercer atividades no setor financeiro, de ter contato com outros investigados e de sair do país.

Tofffoli é relator do caso no STF, que tramita em sigilo, após decisão do ministro de acolher o pedido da defesa de Vorcaro para que o caso passasse a ser conduzido pela Corte e não mais na Justiça Federal em Brasília. A mudança foi justificada pela citação de um deputado federal, que tem foro privilegiado.

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CIRURGIA

Moraes autoriza visita de filhos de Bolsonaro enquanto ele estiver internado

Bolsonaro foi internado nesta manhã para tratar uma hérnia inguinal bilateral, sendo a primeira vez que o ex-chefe do Executivo deixou a Superintendência da Polícia Federal

24/12/2025 15h00

Ministro Alexandre de Moraes e o ex-presidente Jair Bolsonaro

Ministro Alexandre de Moraes e o ex-presidente Jair Bolsonaro Foto: Reprodução

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou, nesta quarta-feira, 24, a visita do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o ex-vereador do Rio Carlos Bolsonaro (PL) ao quarto onde o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está internado em Brasília. Moraes determinou que os dois devem seguir as mesmas restrições impostas à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que já está no Hospital DF Star. Além deles, também foram autorizados os outros filhos: Jair Renan Bolsonaro e Laura Bolsonaro.

A defesa havia pedido para que Flávio e Carlos pudessem visitar ao pai com Michelle, porém, em despacho desta terça-feira, 23, onde permitia a realização do procedimento cirúrgico, o ministro do STF garantiu apenas a presença da ex-primeira-dama no hospital.

Bolsonaro foi internado nesta manhã para tratar uma hérnia inguinal bilateral. Essa foi a primeira vez que o ex-chefe do Executivo deixou a Superintendência da Polícia Federal, onde está preso desde 22 de novembro. Inicialmente, ele foi preso preventivamente, mas depois passou a cumprir a condenação por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Uma das determinações impostas por Moraes é que pelo menos dois policiais federais fiquem na porta do quarto onde estará Bolsonaro em todo o período em que ele estiver internado. Não poderão ser utilizados celulares e outros equipamentos eletrônicos, salvo utensílios médicos.

Bolsonaro deve realizar a cirurgia na manhã do feriado de Natal. Como mostrou o Estadão/Broadcast, o procedimento dura em torno de três a quatro horas.

levantamento

Senadores do Estado votaram mais a favor do que contra Lula

Soraya Thronicke (Podemos) foi a única dos três que votou a favor do governo federal em todos os projetos este ano

24/12/2025 08h00

Os senadores Soraya Thronicke (Podemos), Nelsinho Trad (PSD) e Tereza Cristina (PP)

Os senadores Soraya Thronicke (Podemos), Nelsinho Trad (PSD) e Tereza Cristina (PP) Montagem

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Levantamento feito pelo Correio do Estado no site Congresso em Foco, criado para reconhecer os parlamentares que mais se destacam no exercício do mandato no Congresso Nacional, revelou que os três senadores de Mato Grosso do Sul votaram, ao longo deste ano, mais a favor do que contra as matérias defendidas pelo governo do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Ao longo deste ano, conforme os dados disponibilizados pelo Congresso em Foco, nas votações abertas, ou seja, as não secretas, a senadora Soraya Thronicke (Podemos) votou 27 vezes a favor das proposições defendidas pelo governo federal e nenhuma vez contra, enquanto o senador Nelsinho Trad (PSD) votou 19 vezes a favor das pautas defendidas pelo presidente Lula e três vezes contra, e a senadora Tereza Cristina (PP) votou 23 vezes a favor das proposições defendidas pelo governo federal e cinco vezes contra.

Apesar de apenas a senadora Soraya Thronicke se declarar governista, os outros dois senadores – Nelsinho Trad e Tereza Cristina –, assumidamente de oposição ao governo do presidente Lula, acabaram votando mais a favor do governo federal do que contra, demonstrando que ambos, mesmo sendo de partidos de centro-direita, na hora de analisar as pautas colocadas em votação, pensam mais no benefício da população do que na orientação política.

No caso de Soraya Thronicke, que foi eleita em 2018 pelo PSL, partido do então candidato a presidente da República Jair Messias Bolsonaro e, portanto, fazendo parte da onda Bolsonarista, como ficaram conhecidos os candidatos que apoiaram o agora ex-presidente e foram eleitos, ela mudou de orientação política quando Lula foi eleito presidente, passando a defender as pautas da esquerda.

Portanto, ao longo deste ano, a parlamentar sul-mato-grossense acompanhou todas as orientações do governo federal, votando a favor sempre que esteve presente nas sessões do Senado, diferentemente dos colegas Nelsinho Trad e Tereza Cristina, que são declaradamente de centro-direita.

Mesmo assim, ambos tiveram, pelo menos nas votações, posicionamento de senadores governistas e não de oposição porque optaram por analisar as pautas antes de acompanharem ou não o direcionamento do governo federal. 
Se a matéria beneficiasse a maioria da população, eles não pensaram duas vezes em votar favoravelmente às pautas propostas pelo presidente Lula no Senado.

VOTOS CONTRÁRIOS

Entre votos contrários ao posicionamento do governo federal dados pelos senadores Nelsinho Trad e Tereza Cristina, um deles foi o Requerimento nº 911/2025, dos líderes, que foi aprovado no Senado no dia 9, solicitando um calendário especial para a PEC nº 48/2023, mais conhecida como Marco Temporal Indígena.

Os senadores votaram pela aprovação, e o governo federal orientou pela reprovação. Com a aprovação, a pauta foi acelerada, sendo aprovada em dois turnos no mesmo dia, e agora segue para a Câmara dos Deputados. Essa PEC alterou o artigo nº 231 da Constituição, para definir que apenas terras ocupadas até 5 de outubro de 1988 podem ser demarcadas.

Um outro projeto que ambos votaram contrariando a base governista foi a rejeição à Emenda nº 587 ao Projeto de Lei Complementar nº 108, de 2024. 

A emenda, destacada para votação separada pela liderança do Podemos (por meio do RQS nº 692/2025), tinha como objetivo estabelecer um limite máximo de 5% para a alíquota do imposto seletivo sobre o setor automotivo. 

O Projeto de Lei Complementar nº 108/2024, que regulamenta a gestão e a fiscalização do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e trata do ITCMD, foi aprovado em sua totalidade pelo Congresso Nacional e seguiu para sanção presidencial.

Tereza Cristina também votou contra um destaque na PEC nº 66/2023, especificamente sobre a expressão do §19 do art. nº 165 da Constituição. 

O governo federal queria a aprovação e o resultado foi de rejeição, ou seja, o texto original (ou o que estava sendo defendido pelo governo/relator) foi mantido, com 39 votos contrários à retirada da expressão e 25 favoráveis. A emenda que propunha a mudança foi rejeitada, conforme os dados do Radar do Congresso e o processo de tramitação da PEC.

A senadora ainda votou contra o PL nº 4.614/2024, que foi um projeto de lei polêmico, aprovado no fim de 2024, que alterou regras do Benefício de Prestação Continuada (BPC), restringindo o acesso ao benefício para pessoas com deficiência (excluindo as de grau leve) e para idosos, além de mudar a forma de cálculo da renda familiar, gerando críticas de que feria direitos sociais, mas justificado pelo governo como ajuste fiscal e sustentabilidade de programas sociais.

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