O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS) cassou o mandato do prefeito de Douradina, Darcy Freire (PDT), e de seu vice, José Ailton Nunes, o Mocó (PSDB), pelo crime de captação ilícita de votos na campanha eleitoral de 2012. Com a decisão, o presidente da Câmara Municipal, vereador Paulinho Chorão (PSDB), deverá assumir a chefia do Executivo municipal até a Justiça Eleitoral determinar a data de nova eleição, porque Freire foi eleito com 59,66% dos votos válidos, enquanto o seu adversário, Aldair Juvenal Barroquiel (PMDB), recebeu 40,34% dos votos válidos.
Segundo o advogado da coligação Renovação e Desenvolvimento (PMDB e DEM), Oton Nasser, houve empate nas decisões dos desembargadores do Tribunal Eleitoral quanto à permanência ou não de Darcy e Mocó na Prefeitura de Douradina. “O relator (Luiz Cláudio) Bonassini e o (Dalton Igor) Kita foram favoráveis à perda de mandato, mas (Nélio) Stábile e o (João Maria) Lós foram contra”, informou.
Diante do impasse, ontem, o desembargador Atapuã da Costa Feliz acompanhou o voto de Bonassini e Kita. Com isto, tanto o prefeito, quanto o vice de Douradina deverão deixar os cargos municipais. Eles também ficarão inelegíveis por oito anos.
Conforme Oto, foi verificado, nas investigações, que a coligação dos cassados, “Douradina não pode parar” (PDT, PSDB, PP, PR, PT, PRP e PPS), disponibilizou cerca de 800 litros por semana para serem trocados por votos. “A decisão dos desembargadores considerou que houve captação ilícita de votos e isso acabou prevalecendo”, destacou.