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Exercícios físicos podem reduzir riscos do Alzheimer

Exercícios físicos podem reduzir riscos do Alzheimer

oserrano

22/12/2015 - 04h00
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Uma pesquisa desenvolvida em Rio Claro, no interior paulista, comprovou que, ao sair do sedentarismo, um grupo de idosos conseguiu reduzir sintomas característicos de uma predisposição ao Alzheimer, doença degenerativa que afeta os neurônios e leva à demência. A constatação está na tese de doutorado de Carla Manuela Crispim Nascimento, formada em educação física, trabalho conjunto da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR).

“A nossa ideia foi a de trabalhar com uma terapia não farmacológica que auxiliasse na prevenção da doença porque, uma vez diagnosticado, [o Alzheimer] não tem mais o que fazer já que a evolução [do mal] é contínua”, explicou a pesquisadora. Ela recomenda que as pessoas observem sempre se episódios de déficit de atenção estão atrapalhando atividades diárias e, caso esse problema cresça de forma a prejudicar o dia a dia, o ideal é procurar auxílio médico, como um neuropsiquiatra.

Estudo acompanhou 300 idosos que não tinham o hábito de praticar exercícios físicos e apresentavam comprometimento cognitivo leve Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Entre 2010 e 2013, Carla e mais cinco pesquisadores atuaram no projeto “A influência de marcadores genéticos específicos sobre os efeitos do exercício físico na inflamação e no neurotrofismo em idosos com comprometimento cognitivo leve”, que selecionou 300 pessoas, com idade entre 60 e 75 anos, que não tinham o hábito de praticar exercícios físicos e apresentavam quadro clínico de comprometimento cognitivo leve.

Nessa condição, a pessoa manifesta alguma dificuldade de memória, mas sem grande impacto na rotina diária. De acordo com a pesquisadora, essa perda está relacionada ao desenvolvimento de placas amilóides, que são cadeias de proteínas levadas ao cérebro pela corrente sanguínea. “Ao aderir ao tecido neural, essas placas ocupam o lugar das células saudáveis, impedem a chegada de oxigênio e interrompem a função dos nerônios”, explicou.

Os pesquisadores observaram que os processos inflamatórios comuns em quem se encontra nesse estágio, bem como a perda de memória, entre outras deficiências cognitivas, tiveram sensível melhora após uma dinâmica de quatro meses de exercícios físicos. As atividades foram aplicadas três vezes por semana com duração de uma hora em cada um dos dias.

“O trabalho mostra que a atividade física estimula respostas biológicas do sistema nervoso que podem conferir maior resiliência contra as perdas que ocorrem em função da idade e da presença da patologia da doença de Alzheimer”, concluiu Orestes Vicente Forlenza, professor do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de São Paulo (FMUSP) e pesquisador no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da FMUSP.

No entanto, Forlenza adverte que não se pode afirmar que será possível evitar o Alzheimer por meio da atividade física, mas observa que o exercício pode sim “fortalecer o indivíduo e melhorar sua sobrevida funcional diante da doença”.

 

Testes

O pesquisador relata que, antes e depois da intervenção com a prática de exercícios físicos, os idosos foram submetidos a testes para medir as concentrações de neurotrofinas e citocinas (mediadores pró e anti-inflamatórios). “Clinicamente, os pacientes são submetidos a testes cognitivos (que medem memória, atenção, capacidade visuo-espacial, de abstração, etc) e ao exame neuropsiquiátrico”, explicou.

Segundo Forlenza, o comprometimento cognitivo leve “é uma situação de risco para a demência, particularmente o Alzheimer, mas não é sinônimo da doença em estágio incipiente”. A identificação do Alzheimer é feita por meio de métodos bioquímicos, entre os quais pela análise do liquor e de imagens cerebrais.

Anualmente, de acordo com o especialista, 10% dos pacientes que apresentam esse quadro acabam atingindo um grau de demência, mas uma proporção significativa não apresenta evolução para o Alzheimer, já que “os sintomas podem ter várias causas distintas, algumas delas reversíveis, como a depressão e os distúrbios metabólicos”.

O estudo já foi apresentado em dois congressos fora do Brasil – nos Estados Unidos e na França – e publicada em duas revistas estrangeiras.

Tecnologia

Apple anuncia que recursos melhorados de IA para Siri serão adiados até próximo ano

Vendas de iPhone no trimestre encerrado em dezembro de 2024, um período importante, caíram quase 1% em relação ao ano anterior

07/03/2025 23h00

A Apple anunciou em junho a sua IA, a Apple Intelligence

A Apple anunciou em junho a sua IA, a Apple Intelligence Reprodução

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A Apple anunciou que está adiando uma atualização para a Siri, seu sistema de assistente pessoal, que será aprimorada com inteligência artificial (IA). A empresa, que tem enfrentado quedas nas vendas de iPhones nos últimos meses, informou nesta sexta-feira, 7, que levará mais tempo do que o esperado para tornar a Siri mais personalizada e capaz de realizar ações para o usuário dentro e entre aplicativos.

"Vai levar mais tempo do que pensávamos para entregar esses recursos, e esperamos lançá-los no próximo ano", disse a empresa O atraso segue recentes esforços da Apple para tornar a Siri mais conversacional, além da adição de integração com o ChatGPT da OpenAI, acrescentou a empresa.

Em setembro, a Apple apresentou uma nova geração de iPhones que coloca a IA na linha de frente para atrair novos consumidores por meio de novos recursos da tecnologia. Essas ferramentas, que estão sendo chamadas de 'Apple Inteligence' pela empresa, em uma brincadeira com a sigla de inteligência artificial em inglês (AI, de Artificial Intelligence), devem incluir um assistente de voz Siri aprimorado e uma variedade de recursos de geração de texto e edição de fotos.

A empresa de Cupertino, Califórnia, relatou recentemente que as vendas de iPhone no trimestre encerrado em dezembro de 2024, um período importante, caíram quase 1% em relação ao ano anterior, totalizando US$ 69,1 bilhões, abaixo dos US$ 70,7 bilhões projetados pelos analistas, de acordo com a FactSet.

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