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Google usa 'não rastrear' para coletar mais dados de usuários

Google usa 'não rastrear' para coletar mais dados de usuários

terra

02/03/2012 - 02h00
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Em janeiro de 2012, o Google anunciou que iria consolidar as mais de 70 políticas de privacidade distintas que regulavam todos os produtos da companhia em uma única, que passará a ser válida em 1º de março de 2012. A gigante das buscas justifica que a decisão vai ao encontro do pedido dos países de tornar as regras mais claras e, é claro, mais curtas. No entanto, o que se pode ler, nas entrelinhas do CEO Larry Page, é que o Google está dando um passo para trás para, na verdade, dar dois para frente.

A medida mais evidente é a criação de um botão "DNT" (Do not track, em português, "não rastrear"). Por meio dele, o usuário poderá definir a permissão para o Google sobre coletar e utilizar os dados do usuário para levantamentos, medidas de comportamento e diretrizes comerciais. É um avanço em favor da privacidade do internauta na rede. O que está por trás disso, porém, é que, uma vez que o botão "DNT" não for marcado, o gigante poderá fazer muito mais com os dados coletados.

A nova política de privacidade não permite que o Google retire, dos perfis do usuário, mais informações do que já são tiradas atualmente. O que muda é a finalidade dada a elas. A partir deste 1º de março, o gigante poderá fundir dados de modo mais profundo e desenhar cenários mais complexos para servir de base - e de alvo comercial - para diversos produtos da companhia ao mesmo tempo. Os dados da conta do Google+, rede social do Google, poderão ser fundidos com os da conta do Gmail, serviço de email da empresa, por exemplo, para estratificar de modo mais elaborado quem é o usuário na rede.

As mudanças não serão perceptíveis pelos usuários e não devem influenciar no dia a dia deles na utilização dos produtos da empresa, como o buscador, o Gmail, o Google+ e o YouTube, por exemplo. Até porque tudo o que o Google irá fazer com os dados, ele já poderia ter feito com ou sem o consentimento do usuário em qualquer época. A diferença é que, até então, os dados eram "ilhas isoladas" e o que um internauta faria no blog em uma conta do Blogger não tinha relação com o vídeo a que ele assistia no YouTube, por exemplo.

O ganho da companhia é comercial, a longo prazo. Anúncios com alvo mais claro podem se tornar mais eficazes. Se alguém posta fotos de um determinado local de viagem na rede social, por exemplo, publicidade relacionada a este local pode aparecer na página do YouTube, ou no próprio buscador da empresa. O efeito da nova política, para o usuário, é ter produtos que, embora tenham sido desenvolvidos para o consumo em massa, devem ser cada vez mais personalizados.

Há um ano, em janeiro de 2011, Larry Page, que é um dos fundadores do Google, assumiu o cargo de CEO - aquele que executa as medidas - no lugar de Eric Schmidt com o objetivo de fortalecer a companhia como desenvolvedora forte de produtos, e não somente de soluções. A criação do Google+ e o fôlego que ele ganhou, embora ainda pequeno perto do monstro chamado Facebook, são evidências disso. Unificar todos os produtos do Google é transformar a política de privacidade em moeda de venda. E, de venda e de produto, Larry Page entende.

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Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador

12/11/2025 22h00

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB Divulgação/Warley de Andrade/TV Brasil

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O Brasil fará seu primeiro lançamento comercial de um veículo espacial a partir do território nacional no próximo dia 22. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o evento marca a entrada do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, abrindo novos caminhos para geração de renda e investimento no segmento.

Trata-se da Operação Spaceward 2025, responsável pelo lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-Nano a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão (MA).

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador, garantindo compatibilidade e segurança para o lançamento A integração das cargas úteis no foguete HANBIT-Nano, da Innospace, teve início na segunda-feira, 10, marcando uma das etapas decisivas antes do lançamento, durante a operação.

"Nessa fase, são realizados testes e verificações que asseguram uma conexão correta entre a carga útil - satélites e experimentos - e o veículo lançador, confirmando que cada equipamento está estabilizado e funcional para o momento do voo", explicou a FAB.

A missão para transportar cinco satélites e três experimentos, desenvolvidos por universidades e empresas nacionais e internacionais, simboliza, conforme a Força Aérea, a "entrada definitiva" do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, além de abrir novas oportunidades de geração de renda, inovação e atração de investimentos para o País.

"Essa etapa da operação é uma atribuição conduzida diretamente pela Innospace e pelos desenvolvedores dos satélites e experimentos. A FAB acompanha todo o processo no Prédio de Preparação de Propulsores, infraestrutura especializada disponibilizada pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), o que reforça nosso compromisso em prover suporte técnico, coordenação e governança para que cada missão transcorra com integridade, transparência e alto padrão de confiabilidade", destacou em nota o coordenador-geral da operação, Coronel Engenheiro Rogério Moreira Cazo.

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Governo vai alterar prazo para adequação de big techs ao 'ECA digital'

As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial, mas prazo deverá ser reduzido para 180 dias

17/09/2025 22h00

Criança brincando com o celular

Criança brincando com o celular Foto: Reprodução/EPTV

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O governo federal vai editar uma Medida Provisória para reduzir o prazo para que as big techs coloquem em prática as normas fixadas pelo PL 2628, conhecido como ECA Digital. O projeto aprovado no Congresso estabelece regras para o uso de redes sociais por crianças e adolescentes. As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial. O governo, no entanto, considerou o prazo longo e decidiu reduzi-lo para 180 dias.

A MP está sendo liderada pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) e deve ser editada nos próximos dias. Nesta quarta-feira, 17, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai sancionar o projeto em uma cerimônia no Palácio do Planalto. Ao alterar o prazo, o governo levou em conta, segundo fontes do Palácio do Planalto, o fato de que a lei entraria em vigor somente próximo da eleição, o que poderia elevar tensões durante o período eleitoral. Há uma visão de que qualquer debate relacionado às big techs está "entranhado" nas eleições de 2026

A aprovação do projeto de lei foi cercada de discussões e gerou reação de parte da oposição, que considerou o novo regramento uma espécie de censura às redes. O governo pesou ainda a possibilidade de que a demora para aplicar o ECA Digital transformasse a nova lei em "letra morta".

A nova direção do Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu retomar os planos de oferecer treinamento com as principais plataformas digitais para as suas lideranças. O objetivo é fortalecer a militância digital mirando as eleições de 2026 e a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O "ECA digital" foi aprovado no Congresso no mês passado após intenso debate sobre a exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais. A comoção da opinião pública sobre o tema foi motivada por um vídeo do youtuber "Felca" a respeito do que classificou como "adultização" de crianças. Na publicação, Felca explicou de que forma o algoritmo direciona a pedófilos os conteúdos que expõem menores de idade.

O projeto aprovado estabelece que conteúdos que violem direitos da criança e do adolescente devem ser removidos imediatamente após a empresa ser comunicada pela vítima, por responsáveis ou por autoridades. Estão incluídos nessa regra conteúdos de assédio, exploração sexual, incentivo à automutilação e uso de drogas; entre outros. Além disso, o texto prevê a implementação de ferramentas de supervisão para os pais e determina que as empresas possam ser sancionadas e multadas caso descumpram medidas determinadas pela lei.

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