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Netflix contrata brasileiro para emprego dos sonhos

Serviço de streaming de vídeos abriu vaga para primeiro 'tagger' brasileiro.

G1

08/04/2015 - 18h00
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O Netflix abriu na terça-feira (7) uma vaga de emprego que é, para muitos, o trabalho dos sonhos. A empresa está atrás do primeiro "tagger" brasileiro, um profissional responsável por assistir a filmes, séries e documentários do serviço de streaming de vídeos e classificar todo esse conteúdo usando tags, ou palavras-chave.

"Já temos funcionários no Brasil, mas queremos alguém de conteúdo que conheça o sabor local. Queremos entender como os brasileiros assistem nosso conteúdo", diz Todd Yellin, vice-presidente de inovação do Netflix, em entrevista ao G1.

Olhando assim parece simples, né? Passar o dia assistindo Netflix para poder dizer se "House of Cards" é drama ou comédia... Só que não. O trabalho de "taggear" o Netflix é minucioso e classifica o conteúdo não só de maneira detalhadamente objetiva – filmes sobre a Guerra do Vietnã ou da Coreia do Sul, romances entre casais ou triângulos amorosos – mas também quantitativamente, com o que eles chamam de tags de escala.

"Precisamos de alguém realmente analítico a ponto de desconstruir filmes e programas, de forma bem subjetiva, com as diferenças de um título para o outro", afirma Yellin. "Ele é escuro? Alegre? Complicado? Simples? Se passa em Nova Iorque, em São Paulo, em Estocolmo? A câmera é tremida ou não? Quanto tem de violência? E de sangue? E de nudez? É tudo muito específico".

Essa obsessão por classificar tudo que está no Netflix não é tão difícil de entender. As tags são peça fundamental do sistema de personalização do serviço, que basicamente é a tecnologia que sugere os conteúdos certos para cada usuário e torna a navegação o mais intuitiva possível. E isso, no fim das contas, é um dos grandes trunfos do Netflix.

Com a contratação de um "tagger" brasileiro, não estranhe se por acaso o Netflix começar a sugerir conteúdo usando personagens bem íntimas do público brasileiro. Podemos ter uma seleção de filmes com vilãs que lembram Carminha, da novela "Avenida Brasil", ou um compilado de comédias com atores que interpretam vários papéis, como Chico Anysio fazia.

"Queremos que nosso conteúdo seja visto e realmente compreendido. Se não fizermos nada, haverá muito trabalho [para achar o que se quer] e será frustrante. As escolhas paralizam os usuários e não queremos isso", afirma Yellin.

Por conta disso, uma das exigências para a vaga é que o candidato tenha estudado cinema ou tenha experiência com direção, roteiro, entre tantas áreas do audiovisual. "Outros serviços recorrem à internet para entender seu conteúdo. Nós queremos criar o padrão-ouro", diz Yellin.

Netflix global

A maior reivindicação dos usuários do Netflix é ter acesso ao acervo do serviço em outros países, como os Estados Unidos. O sonho ganhou ares de realidade quando o próprio CEO da empresa, Reed Hastings, disse em entrevista à imprensa australiana que a solução do Netflix é, de fato, se tornar global.

Em meio a disputas contratuais com estúdios e bloqueios de acesso por VPN, Yellin diz que trabalha para viabilizar isso. "Se ele [Hastings] diz que é possível, nós iremos tornar possível. Nós vamos lançar o serviço em muitos países nos próximos anos. E porque o brasileiro deve se importar com isso? Quanto mais global nós formos, mais estaremos em contato com todos os tipos de conteúdo, e conseguiremos trazer os melhores programas para o Brasil".

Produção local
Yellin conta ainda que a presença de um "tagger" brasileiro pode ajudar o Netflix a aumentar a produção local, no Brasil e em outros países. "É algo muito útil para nossa equipe de licenças e de produção de conteúdo. Eles usam muitos fatores para analisar o que trazer ao Netflix. Quanto os brasileiros estão assistindo de conteúdo local contra conteúdos globais. Então estamos prestando atenção nisso".

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Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador

12/11/2025 22h00

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB Divulgação/Warley de Andrade/TV Brasil

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O Brasil fará seu primeiro lançamento comercial de um veículo espacial a partir do território nacional no próximo dia 22. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o evento marca a entrada do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, abrindo novos caminhos para geração de renda e investimento no segmento.

Trata-se da Operação Spaceward 2025, responsável pelo lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-Nano a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão (MA).

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador, garantindo compatibilidade e segurança para o lançamento A integração das cargas úteis no foguete HANBIT-Nano, da Innospace, teve início na segunda-feira, 10, marcando uma das etapas decisivas antes do lançamento, durante a operação.

"Nessa fase, são realizados testes e verificações que asseguram uma conexão correta entre a carga útil - satélites e experimentos - e o veículo lançador, confirmando que cada equipamento está estabilizado e funcional para o momento do voo", explicou a FAB.

A missão para transportar cinco satélites e três experimentos, desenvolvidos por universidades e empresas nacionais e internacionais, simboliza, conforme a Força Aérea, a "entrada definitiva" do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, além de abrir novas oportunidades de geração de renda, inovação e atração de investimentos para o País.

"Essa etapa da operação é uma atribuição conduzida diretamente pela Innospace e pelos desenvolvedores dos satélites e experimentos. A FAB acompanha todo o processo no Prédio de Preparação de Propulsores, infraestrutura especializada disponibilizada pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), o que reforça nosso compromisso em prover suporte técnico, coordenação e governança para que cada missão transcorra com integridade, transparência e alto padrão de confiabilidade", destacou em nota o coordenador-geral da operação, Coronel Engenheiro Rogério Moreira Cazo.

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Governo vai alterar prazo para adequação de big techs ao 'ECA digital'

As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial, mas prazo deverá ser reduzido para 180 dias

17/09/2025 22h00

Criança brincando com o celular

Criança brincando com o celular Foto: Reprodução/EPTV

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O governo federal vai editar uma Medida Provisória para reduzir o prazo para que as big techs coloquem em prática as normas fixadas pelo PL 2628, conhecido como ECA Digital. O projeto aprovado no Congresso estabelece regras para o uso de redes sociais por crianças e adolescentes. As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial. O governo, no entanto, considerou o prazo longo e decidiu reduzi-lo para 180 dias.

A MP está sendo liderada pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) e deve ser editada nos próximos dias. Nesta quarta-feira, 17, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai sancionar o projeto em uma cerimônia no Palácio do Planalto. Ao alterar o prazo, o governo levou em conta, segundo fontes do Palácio do Planalto, o fato de que a lei entraria em vigor somente próximo da eleição, o que poderia elevar tensões durante o período eleitoral. Há uma visão de que qualquer debate relacionado às big techs está "entranhado" nas eleições de 2026

A aprovação do projeto de lei foi cercada de discussões e gerou reação de parte da oposição, que considerou o novo regramento uma espécie de censura às redes. O governo pesou ainda a possibilidade de que a demora para aplicar o ECA Digital transformasse a nova lei em "letra morta".

A nova direção do Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu retomar os planos de oferecer treinamento com as principais plataformas digitais para as suas lideranças. O objetivo é fortalecer a militância digital mirando as eleições de 2026 e a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O "ECA digital" foi aprovado no Congresso no mês passado após intenso debate sobre a exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais. A comoção da opinião pública sobre o tema foi motivada por um vídeo do youtuber "Felca" a respeito do que classificou como "adultização" de crianças. Na publicação, Felca explicou de que forma o algoritmo direciona a pedófilos os conteúdos que expõem menores de idade.

O projeto aprovado estabelece que conteúdos que violem direitos da criança e do adolescente devem ser removidos imediatamente após a empresa ser comunicada pela vítima, por responsáveis ou por autoridades. Estão incluídos nessa regra conteúdos de assédio, exploração sexual, incentivo à automutilação e uso de drogas; entre outros. Além disso, o texto prevê a implementação de ferramentas de supervisão para os pais e determina que as empresas possam ser sancionadas e multadas caso descumpram medidas determinadas pela lei.

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