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Remédio com ervas pode substituir emagrecedor restrito pela Anvisa

Remédio com ervas pode substituir emagrecedor restrito pela Anvisa

g1

28/09/2011 - 09h43
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Uma pesquisa comparou a sibutramina – um remédio para emagrecer – à Pholia Negra – um fitoterápico – e sugeriu que os dois podem ter o mesmo potencial para reduzir o peso das pessoas. O estudo pré-clínico foi feito com ratos nos laboratórios da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo (USP), sob a orientação da professora Maria Martha Bernardi.

Os pesquisadores engordaram os ratos e os dividiram em dois grupos; um tomaria a Pholia Negra e o outro receberia a sibutramina. Ao fim de um mês, os dois grupos tinham emagrecido na mesma medida.

“O que a gente fez foi um estudo pré-clínico”, ressaltou Bernardi. “É um estudo com animais para prever efeitos no ser humano”.

A Pholia Negra é um extrato natural de várias ervas brasileiras. Seus produtores afirmam que ela aumenta a sensação de saciedade porque retarda a digestão. Hoje, a substância é registrada junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como um insumo e, na teoria, pode ser consumida como complemento alimentar, mas não como remédio.

A sibutramina, por sua vez, está na mira da Anvisa. Em fevereiro, o órgão manifestou interesse em proibir remédio e outros três inibidores de apetite – femproporex, dietilpropiona e mazindol – porque os efeitos colaterais seriam superiores aos benefícios adquiridos. Esses emagrecedores podem ser banidos no país ainda em 2011.

Questionamento
Para médicos consultados pelo G1, o estudo pré-clínico é insuficiente para que os pacientes recorram ao fitoterápico. “Enquanto não comprovar no ser humano, não vale nada esse estudo dizendo que a Pholia Negra emagrece”, afirmou Márcio Mancini, endocrinologista e ex-presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso).

O toxicologista Anthony Wong, diretor do Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clinicas da Universidade de São Paulo (Ceatox), também disse que esse estudo ainda não pode ser aceito pela comunidade médica, pois os testes com ratos devem ser apenas uma etapa do processo. Depois, é preciso desenvolver a pesquisa com animais maiores – não-roedores – e, por fim, com humanos, antes que um produto possa ser considerado eficaz e seguro como remédio.

Wong falou ainda que o fato de o fitoterápico ser derivado de uma planta não é garantia de segurança. “Das dez substâncias mais tóxicas do mundo, nove são naturais”, afirmou o toxicologista.

Para Mancini, da Abeso, há interesses comerciais nessa área, que atrapalham a divulgação de informações confiáveis. “Existe um mercado que explora a esperança do obeso”, apontou o endocrinologista.

Para Wong, o uso de substâncias para ajudar na perda de peso sempre traz efeitos colaterais. O toxicologista faz parte do grupo de especialistas da Anvisa que propôs a proibição dos inibidores de apetite e não acredita em fórmula mágica na luta contra a balança. “Você tem realmente que controlar a ingestão de alimentos e ter hábitos saudáveis de vida”, concluiu.

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Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador

12/11/2025 22h00

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB Divulgação/Warley de Andrade/TV Brasil

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O Brasil fará seu primeiro lançamento comercial de um veículo espacial a partir do território nacional no próximo dia 22. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o evento marca a entrada do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, abrindo novos caminhos para geração de renda e investimento no segmento.

Trata-se da Operação Spaceward 2025, responsável pelo lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-Nano a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão (MA).

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador, garantindo compatibilidade e segurança para o lançamento A integração das cargas úteis no foguete HANBIT-Nano, da Innospace, teve início na segunda-feira, 10, marcando uma das etapas decisivas antes do lançamento, durante a operação.

"Nessa fase, são realizados testes e verificações que asseguram uma conexão correta entre a carga útil - satélites e experimentos - e o veículo lançador, confirmando que cada equipamento está estabilizado e funcional para o momento do voo", explicou a FAB.

A missão para transportar cinco satélites e três experimentos, desenvolvidos por universidades e empresas nacionais e internacionais, simboliza, conforme a Força Aérea, a "entrada definitiva" do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, além de abrir novas oportunidades de geração de renda, inovação e atração de investimentos para o País.

"Essa etapa da operação é uma atribuição conduzida diretamente pela Innospace e pelos desenvolvedores dos satélites e experimentos. A FAB acompanha todo o processo no Prédio de Preparação de Propulsores, infraestrutura especializada disponibilizada pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), o que reforça nosso compromisso em prover suporte técnico, coordenação e governança para que cada missão transcorra com integridade, transparência e alto padrão de confiabilidade", destacou em nota o coordenador-geral da operação, Coronel Engenheiro Rogério Moreira Cazo.

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Governo vai alterar prazo para adequação de big techs ao 'ECA digital'

As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial, mas prazo deverá ser reduzido para 180 dias

17/09/2025 22h00

Criança brincando com o celular

Criança brincando com o celular Foto: Reprodução/EPTV

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O governo federal vai editar uma Medida Provisória para reduzir o prazo para que as big techs coloquem em prática as normas fixadas pelo PL 2628, conhecido como ECA Digital. O projeto aprovado no Congresso estabelece regras para o uso de redes sociais por crianças e adolescentes. As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial. O governo, no entanto, considerou o prazo longo e decidiu reduzi-lo para 180 dias.

A MP está sendo liderada pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) e deve ser editada nos próximos dias. Nesta quarta-feira, 17, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai sancionar o projeto em uma cerimônia no Palácio do Planalto. Ao alterar o prazo, o governo levou em conta, segundo fontes do Palácio do Planalto, o fato de que a lei entraria em vigor somente próximo da eleição, o que poderia elevar tensões durante o período eleitoral. Há uma visão de que qualquer debate relacionado às big techs está "entranhado" nas eleições de 2026

A aprovação do projeto de lei foi cercada de discussões e gerou reação de parte da oposição, que considerou o novo regramento uma espécie de censura às redes. O governo pesou ainda a possibilidade de que a demora para aplicar o ECA Digital transformasse a nova lei em "letra morta".

A nova direção do Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu retomar os planos de oferecer treinamento com as principais plataformas digitais para as suas lideranças. O objetivo é fortalecer a militância digital mirando as eleições de 2026 e a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O "ECA digital" foi aprovado no Congresso no mês passado após intenso debate sobre a exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais. A comoção da opinião pública sobre o tema foi motivada por um vídeo do youtuber "Felca" a respeito do que classificou como "adultização" de crianças. Na publicação, Felca explicou de que forma o algoritmo direciona a pedófilos os conteúdos que expõem menores de idade.

O projeto aprovado estabelece que conteúdos que violem direitos da criança e do adolescente devem ser removidos imediatamente após a empresa ser comunicada pela vítima, por responsáveis ou por autoridades. Estão incluídos nessa regra conteúdos de assédio, exploração sexual, incentivo à automutilação e uso de drogas; entre outros. Além disso, o texto prevê a implementação de ferramentas de supervisão para os pais e determina que as empresas possam ser sancionadas e multadas caso descumpram medidas determinadas pela lei.

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