Tecnologia

CARREIRA

A+ A-

Salários das profissões do futuro passam de R$ 10 mil

Cinco carreiras do futuro estão ligadas à tecnologia, aponta pesquisa

Continue lendo...

Cinco carreiras do futuro estão ligadas à tecnologia, aponta pesquisa feita pela startup de educação Tera em parceria com a empresa de tecnologia Mind Miners, baseada em análises do Fórum Econômico Mundial.

São elas: product management (planeja e coordena o processo de criação de um produto ou serviço), dados, UX design (ajuda a elaborar interfaces pensando na experiência dos usuários), desenvolvimento de software e marketing digital.

Realizado entre março e maio de 2021, o estudo ouviu 2.233 profissionais. 

A maioria está concentrada nas regiões Sudeste e Sul do país, com destaque para o estado de São Paulo, onde estão 50,3%.

A faixa salarial mais frequente entre os entrevistados pelo levantamento é de R$ 3.300 a R$ 6.600 para os profissionais de marketing digital (33,5%), dados (32%) e UX design (38%).

 As remunerações mais altas, acima de R$ 10 mil, foram registradas entre os desenvolvedores de software (50,8%) e os product managers (49,1%).

"Essas carreiras estão sendo demandadas no mercado inteiro, desde indústria metalúrgica, automotiva, mineradora e siderúrgica até startups e fintechs, porque todas estão num processo de transformação digital", diz Leonardo Berto, gerente da Robert Half, consultoria especializada em recrutamento e seleção.

Entre os profissionais mais bem pagos da lista, os product managers lideram equipes e definem prioridades para cumprir as metas estabelecidas na construção de um produto ou serviço. Para isso, empregam conhecimentos em negócios, tecnologia e design, por exemplo.

"O product manager é como um prefeito e os secretários são os outros membros do time, como designer, BI [business intelligence, profissional de dados] e dev [desenvolvedor de software], que ajudam a realizar as entregas para alcançar os objetivos", explica Luanna Teofillo, 41, product manager e fundadora do Painel BAP, startup que desenvolve pesquisas de mercado focadas em consumidores afro-brasileiros desde 2016.

Formada em direito e mestre em linguística, Teofillo produziu blogs quando sua família comprou o primeiro computador, ainda nos anos 2000. 

Após o término da faculdade, trabalhou em startups de vários países com conteúdo e negócios até ter a primeira oportunidade na área de produtos, sua especialidade hoje.

Para se aprimorar, ela fez cursos livres para habilidades distintas, como linguagem SQL, marketing digital e metodologias ágeis (técnicas para melhorar e acelerar a gestão de projetos). 

Os aprendizados se aplicam tanto no dia a dia em empresas nas quais trabalhou quanto na administração do próprio empreendimento.

Para se destacar no mercado, é preciso investir em educação contínua, afirma Wagner Sanchez, pró-reitor da Fiap (Faculdade de Informática e Administração Paulista).

"Hoje, aprender precisa ser um hábito, assim como fazer exercício físico, principalmente nessas carreiras, porque tudo muda muito rapidamente."

Outro caminho para quem busca entrar ou migrar para esse campo é apostar também em projetos pessoais.

"O melhor jeito de aprender é a partir de um desafio real. Mesmo que fora de uma empresa, fazer um projeto com uma temática que você gosta é uma das melhores maneiras de se engajar no estudo e buscar o conhecimento necessário para resolver um desafio", afirma Leandro Herrera, CEO e fundador da Tera.

Ele explica que adquirir experiência -em ambiente corporativo ou em iniciativas próprias- contribui para que o profissional se adapte às mudanças e às ramificações que surgem em carreiras dinâmicas com o avanço tecnológico e do mercado.

"Um bom cientista de dados hoje pode não funcionar tão bem daqui a uns anos, então precisa se reciclar. É um grande desafio das carreiras do futuro: tudo tem prazo de validade curto, porque as ferramentas e o modo de desenvolver, extrair dados e criar o design evoluem", diz Sanchez

Inteligência artificial

Google anuncia IA para criar vídeos, resumir reuniões e melhorar emails

O lançamento de uma versão de testes acontecerá em junho

10/04/2024 16h00

Os usuários poderão escolher estilo, composição dos slides, cenas, imagens e músicas a partir de botões e comandos textuais dados ao chatbot Gemini. Divulgação

Continue Lendo...

O Google apresentou na terça-feira (9) um pacote de novidades de inteligência artificial para sua plataforma de trabalho que inclui Gmail, Docs, Meet e Sheets, após seguidos deslizes na competição pela liderança na tecnologia com a OpenAI e a Microsoft.

Entre os anúncios, chamou atenção uma ferramenta de IA geradora de slides em vídeo. Chamado de Google Vids, a nova ferramenta é, segundo o Google, um assistente de criação de vídeos equipado com inteligência artificial. A tecnologia cria uma espécie de sequência de cenas, ou um "storyboard", como é chamado na indústria criativa.

O lançamento de uma versão de testes acontecerá em junho. Assinantes do Workspace, disponível por US$ 10 (R$ 50) mensais, terão acesso à plataforma.

De acordo com a vice-presidente do Google Kristina Behr, a ideia é que qualquer pessoa seja capaz de contar bem uma história com o auxílio da ferramenta. "Nosso objetivo é que, se uma pessoa pode fazer um slide, pode fazer um Google Vids", disse a executiva em evento realizado pelo Google em Las Vegas para anúncio de novidades voltadas às empresas.

Os usuários poderão escolher estilo, composição dos slides, cenas, imagens e músicas a partir de botões e comandos textuais dados ao chatbot Gemini. Uma das apostas do Google para recuperar a competitividade no mercado de IA é a integração de seus serviços.

O Google teve um início desajeitado no mercado de IA generativa, embora seja o responsável pelos principais avanços técnicos por trás da tecnologia. Entrou na concorrência apenas após o sucesso do ChatGPT, e o primeiro produto da empresa —Bard— desapontou o público em termos de performance.

A segunda tentativa, o chatbot Gemini que chegou ao mercado em fevereiro, rivaliza em performance com a versão mais recente do ChatGPT, mas foi centro de uma polêmica que envolveu a representação de nazistas não-brancos, entre outras imprecisões históricas. Por isso, a plataforma teve sua função de geração de imagens desativada por dias.

Agora a empresa se apoia na sua grande base de assinantes para integrar o bot concorrente do ChatGPT a Gmail, Docs, Sheets e outros recursos. Os recursos se assemelham às funções de IA disponíveis no pacote Office e no Windows, da Microsoft.

Um exemplo dessas funcionalidades é um assistente feito com IA capaz de resumir conversas, fazer traduções e responder dúvidas durante uma sessão de Google Meet. O robô funciona a partir de comando de voz.

Também com expectativa de lançamento em junho, a tecnologia tem suporte para 69 idiomas incluindo o português, segundo o Google. A assinatura do serviço custará US$ 10 (R$ 50).
O assistente também funcionará no Google Chat, bate-papo presente no Gmail.

A plataforma de email também passará a receber comandos por voz e receberá um botão para "melhorar" textos com um clique. A tecnologia "transformará uma nota simples em um email completo".

Ainda com base em IA, as planilhas do Google ganharão uma funcionalidade para formatar e organizar dados de maneira intuitiva. O produto promete acelerar a produção de tabelas.
O Google também acrescentou gatilhos condicionais às planilhas, que avisarão o usuário em caso de mudanças relevantes nos dados.

No Google Docs, programa de edição de texto, a empresa implementará um sistema de abas, que promete facilitar acesso e trabalho em múltiplos documentos ao mesmo tempo.

Para o Google Drive, o gigante da tecnologia passou a oferecer na terça um recurso de classificação e proteção de arquivos com o auxílio de IA. A tecnologia pretende facilitar a gestão de arquivos de negócios, para facilitar a detecção de arquivos nocivos, como vírus.

Integrado aos aplicativos de produtividade, o chatbot do Google para empresas, chamado Vertex, terá 130 opções de personalização sob promessa de adequar e melhorar a performance da tecnologia às necessidades dos usuários.

Programadores ainda ganharam acesso na terça a uma versão mais sofisticada do chatbot Gemini, o modelo 1.5 Pro.

De acordo com o Google, essa versão trabalha melhor com imagens, áudios e linguagens de programação.
 

Justiça

Barroso dá recado a Musk e fala em instrumentalização criminosa das redes sociais

O presidente do Supremo diz que é público e notório que "travou-se recentemente no Brasil uma luta de vida e morte pelo Estado democrático de Direito"

08/04/2024 14h00

O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, divulgou nota hoje em que afirma que "decisões judiciais podem ser objetos de recursos, mas jamais de descumprimento deliberado". divulgação

Continue Lendo...

Em meio ao embate entre o ministro Alexandre de Moraes e o empresário Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, divulgou nota nesta segunda (8) em que afirma que "decisões judiciais podem ser objetos de recursos, mas jamais de descumprimento deliberado".

Neste domingo (7), Moraes determinou a inclusão de Musk como investigado no inquérito que apura a existência de milícias digitais antidemocráticas e seu financiamento.

Moraes afirmou que o empresário iniciou uma campanha de desinformação sobre a atuação do STF e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), "instigando a desobediência e obstrução à Justiça, inclusive, em relação a organizações criminosas".

Na nota assinada por Barroso, sem citar nominalmente Musk, o presidente do Supremo diz que é público e notório que "travou-se recentemente no Brasil uma luta de vida e morte pelo Estado democrático de Direito e contra um golpe de Estado, que está sob investigação nesta corte com observância do devido processo legal".

"O inconformismo contra a prevalência da democracia continua a se manifestar na instrumentalização criminosa das redes sociais", afirmou.

"O Supremo Tribunal Federal atuou e continuará a atuar na proteção das instituições, sendo certo que toda e qualquer empresa que opere no Brasil está sujeita à Constituição Federal, às leis e às decisões das autoridades brasileiras", disse Barroso.

Segundo ele, "é uma regra mundial do Estado de Direito e que faremos prevalecer no Brasil", que "decisões judiciais podem ser objeto de recursos, mas jamais de descumprimento deliberado".

No domingo, Musk disse em seu perfil no X que Moraes deveria renunciar ou sofrer impeachment. No mesmo texto, afirmou que em breve publicará tudo o que é exigido pelo ministro e "como essas solicitações violam a legislação brasileira".

Um dia antes, um perfil institucional do X havia postado que bloqueou "determinadas contas populares no Brasil" devido a decisões judiciais, e Musk retuitou mensagem em que disse que "estamos levantando todas as restrições" e que "princípios importam mais que o lucro".

Apesar de o post da empresa não citar de onde seriam as decisões, Musk repostou a publicação, junto da mensagem: "Por que você está fazendo isso @alexandre", marcando o ministro do STF.

Horas após a postagem do domingo, Moraes determinou a inclusão de Musk como investigado. Segundo o ministro, a medida se justifica pela "dolosa instrumentalização criminosa" da rede, em conexão com os fatos investigados nos inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos.

Moraes determinou ainda a instauração de um inquérito para apurar as condutas de Musk em relação aos crimes de obstrução à Justiça, inclusive em organização criminosa e incitação ao crime, todos previstos no Código Penal.
 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).