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Igreja Católica discute maneiras de reconhecer segundo casamento

Segundo dom Damasceno, há consenso quanto à indissolubilidade do matrimônio

AGÊNCIA BRASIL

23/10/2014 - 18h45
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O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Raymundo Damasceno Assis, disse hoje (23) que a Igreja Católica está discutindo a possibilidade de reconhecer casais formados por divorciados que estejam em segunda união. O assunto foi tratado durante a 3ª Assembleia Extraordinária do Sínodo dos Bispos, de 5 a 19 deste mês, no Vaticano, com o tema Os desafios pastorais da família no contexto da evangelização.

Segundo dom Damasceno, há consenso quanto à indissolubilidade do matrimônio, mas o sínodo não desconheceu situações especiais que muitas casais têm hoje. São pessoas que contraem novo matrimônio, continuam participando das atividades da igreja, atuando nas comunidades, com uma vida estável e assumindo sua responsabilidade quanto à educação dos filhos, disse ele. "E [esses casais] são desejosos de comungar e se confessar. Então, a igreja está aprofundando essa temática para ver, caso a caso, que soluções dar para essas situações.”

O cardeal ressaltou que não houve mudança doutrinal. Ele explicou que o sínodo foi dividido em duas etapas e que o documento final com as conclusões será proclamado pelo papa na segunda fase, em outubro do ano que vem. Foi preparado, no entanto, um documento com o resumo das discussões que será encaminhado às dioceses e conferências episcopais para ser aprofundado e receber contribuições.

Dom Damasceno, que é arcebispo de Aparecida, em São Paulo, informou que, durante o sínodo, foram apresentadas sugestões sobre como tratar o assunto. De acordo com ele, muitos casais procuram o tribunal eclesiástico para anular o primeiro matrimônio. O cardeal acredita que é possível simplificar esse processo, que normalmente se dá em duas instâncias. “É uma proposta reduzir somente à primeira e dar poder maior ao bispo para a tomada de decisão nesses casos.”

Outra possibilidade apresentada é  a dotar a prática das igrejas orientais que, segundo dom Damasceno, admitem a comunhão de casais em segunda união após um processo de acompanhamento, conversão e análise da situação deles ao longo da vida matrimonial. “Mas não são normas gerais, há normas a serem aplicadas caso a caso”, ressaltou.

No Brasil já existe o acompanhamento desses casais em algumas dioceses, pelas pastorais de casal em segunda união. O cardeal ressaltou, entretanto, que não houve, durante o sínodo, compartilhamento de iniciativas semelhantes para homossexuais.

“Não é matrimônio, nem família. Não se pode equiparar a união civil de casais do mesmo sexo ao matrimônio entre homem e mulher, que é uma união aberta à geração da vida. Mas essas pessoas, que procuram a igreja, devem ser respeitadas e acolhidas. Há consenso sobre isso. A igreja não discrimina e atende aos cristãos batizados que querem participar da comunidade, mas não significa que a igreja esteja apoiando esse tipo de união”, disse o arcebispo.

Previsão do tempo

Confira a previsão do tempo para hoje (21) em Campo Grande e demais regiões de Mato Grosso do Sul

Umidade do ar apresenta melhoras com a nebulosidade

21/09/2024 04h30

Neblina e fumaça se misturam no ar

Neblina e fumaça se misturam no ar Marcelo Victor / Correio do Estado

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Neste sábado (21) a previsão indica que o destaque é a probabilidade para ocorrência de chuva e tempestades acompanhadas de raios e rajadas de vento, principalmente na metade sul e na região oeste devido ao avanço de uma frente fria oceânica aliada ao deslocamento de cavados em vários níveis da atmosfera além do transporte de calor e umidade.

Contudo não espera-se queda significativa das temperaturas, apenas uma leve queda das temperaturas máximas. De forma geral, os modelos de previsão não apontam para grandes acumulados de chuva, que devem variar em torno de 20 mm e 30 mm principalmente na região sul do MS. Porém, pontualmente, podem ocorrer acumulados de chuva mais significativos.

Em relação as temperaturas, seguem elevadas no estado, com máximas que podem atingir valores próximos ou acima dos 38°C e 39°C.

A umidade relativa do ar apresenta uma melhora nos índices com valores acima de 60% devido ao transporte de umidade, aumento de nebulosidade e chance de chuva.

Os ventos atuam entre o quadrante leste e norte com valores entre 40 km/h e 60 km/h. Pontualmente, podem ocorrer rajadas de vento acima de 60 km/h.

Confira abaixo a previsão do tempo para cada região do estado: 

  • Para Campo Grande, estão previstas temperatura mínima de 24°C e máxima de 34°C. 
  • A região do Pantanal deve registrar temperaturas entre 24°C e 37°C. 
  • Em Porto Murtinho é esperada a mínima de 26°C e a máxima de 39°C. 
  • O Norte do estado deve registrar temperatura mínima de 24°C e máxima de 39°C.
  • As cidades da região do Bolsão, no leste do estado, terão temperaturas entre 23°C e 38°C. 
  • Anaurilândia terá mínima de 22°C e máxima de 32°C. 
  • A região da Grande Dourados deve registrar mínima de 20°C e máxima de 34°C. 
  • Estão previstas para Ponta Porã temperaturas entre 21°C e 32°C. 
  • Já a região de Iguatemi terá temperatura mínima de 20°C e máxima de 31°C. 

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Cotidiano

Um Quarto dos Países do Mundo Proíbe Uso de Celulares em Sala de Aula

Entre os países que anunciaram a proibição estão Espanha, Grécia, Finlândia, Holanda, Suíça e México.

20/09/2024 21h00

Medida vem sendo preparada para proíbição de celulares nas escolas do país

Medida vem sendo preparada para proíbição de celulares nas escolas do país Foto: Tatyane Santinoni

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Um em cada quatro países do mundo já adotou leis que proíbem o uso de celular nas escolas, segundo o Relatório Global de Monitoramento da Educação da Unesco.

Segundo o estudo, a simples presença dos celulares em sala de aula provoca distração nos estudantes, o que acarreta em prejuízos na aprendizagem. Também destaca que o uso de equipamentos eletrônicos dentro das salas de aula atrapalha a gestão dos professores com as turmas.

"Estudos usando dados do Pisa [Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, aplicada pela OCDE] indicam uma associação negativa entre o uso das tecnologias e o desempenho dos estudantes", diz o relatório, que foi feito em 2023.

Entre os países que anunciaram a proibição estão Espanha, Grécia, Finlândia, Holanda, Suíça e México. Na França é um dos pioneiros na proibição ao uso de celulares, com uma lei de restrição de 2018.

Nas escolas francesas, os alunos não podem usar os aparelhos em nenhum momento, inclusive durante os recreios. É prevista exceção à regra para alguns grupos de alunos, como os com deficiência, que demandam o suporte da tecnologia.

Na Grécia, a medida começou a valer no início deste semestre letivo. Os alunos podem levar os celulares para a escola, mas precisam mantê-los dentro da mochila durante todo o período escolar. A mesma medida é adotada na Dinamarca.

No Brasil, o governo Lula prepara um pacote de medidas para tentar conter os prejuízos do excesso de telas na infância e na adolescência, dentre elas o banimento do uso de celulares pelos estudantes em todo o ambiente escolar.

Já existem alguns estados brasileiros que adotaram leis para restringir o uso do equipamento. É o caso do Rio de Janeiro, que após uma consulta pública, na qual 83% dos entrevistados se declararam favoráveis à restrição, decidiu por proibir o dispositivo dentro e fora de sala de aula, inclusive no recreio.

Outros estados criaram regras para restringir o uso de celular para atividades pedagógicas, como é o caso de Roraima, Distrito Federal, Maranhão, Tocantins, Paraná e São Paulo. Professores, no entanto, alertam que a medida é difícil de ser cumprida, já que é difícil fiscalizar o que os estudantes fazem com o aparelho em mãos.

Apesar de limitar o uso do celular para atividades pedagógicas, estados como São Paulo e Paraná, passaram a incentivar o uso de tecnologias digitais em suas escolas. Na rede paulista, por exemplo, os professores são cobrados para que os alunos façam redação online, exercícios em aplicativos e usem material digitalizado.
A medida vai na contramão das recomendações feitas pela Unesco no relatório. Segundo a entidade, não existem evidências científicas suficientes para comprovar os benefícios do uso da tecnologia digital na educação. E alerta que os investimentos nessa área podem estar tomando o recurso de ações mais efetivas para a melhoria do ensino.

"A atenção excessiva à tecnologia geralmente tem um alto custo. Recursos despendidos em tecnologia, em vez de em sala de aula, professores e livros didáticos para crianças em países de renda baixa a média baixa, que não têm acesso a esses recursos, provavelmente colocarão o mundo em uma posição ainda mais distante de alcançar o objetivo mundial de educação", diz o relatório.

 

*Informação da Folhapress 

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