Cidades

SOLICITAÇÃO DE ESTRUTURA

Lideranças indígenas entregam reivindicações à Defensoria da União

DPU vai analisar documento para tomar medidas judiciais

RODOLFO CÉSAR

17/06/2016 - 13h14
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Lideranças indígenas Guarani-Kaiowá entregaram à Defensoria Pública da União (DPU) lista de reivindicações por conta o impasse na demarcação de terras em Mato Grosso do Sul. Nesta semana, conflito entre fazendeiros e índios no município de Caraapó resultou na morte do agente de saúde Clodiodes Aguileu Rodrigues de Souza e deixou seis pessoas feridas.

O apoio da DPU na situação também foi solicitado para tentar intermediar a crise. O mesmo documento protocolado na defensoria ontem (16) foi levado ao Ministério Público Federal e à Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.

O conflito foi motivado, principalmente, porque decreto assinado pela diretoria da Fundação Nacional do Índio (Funai) demarcou área de 55.590 hectares, hoje denominada de Amambaipeguá I. O documento foi publicado em 12 de maio, antes de Dilma Rousseff (PT) ser afastada da presidência.

"O tiroteio que levou à morte do agente de saúde e deixou seis feridos, incluindo uma criança, foi promovido por produtores rurais inconformados com o reconhecimento por parte da Funai do território indígena de Toro Passo, localizado na terra indígena Dourados-Amambaipeguá I, e com a retomada da área pelos Guaranis-Kaiowás recentemente", informou nota da Defensoria Pública da União.

Segundo o órgão, os índios reclamam de descaso do poder público, falta de creches, de saneamento, de água nas comunidades e a demora nas demarcações.

A reserva de Amambaipeguá foi definida em compromisso de ajustamento de conduta acertado em 12 de novembro de 2007 entra a Funai e o Ministério Público Federal. O atendimento do compromisso só foi feito em maio deste ano, causando a tensão.

Os conflitos passaram a ficar mais latentes neste domingo (12). A Força Nacional, Polícia Rodoviária Federal, Ministério Público Federal e Polícia Federal estão na região de Caarapó.

POLÍTICAS

A defensora pública federal Natália Von Rondow disse que falta compreensão para dirimir a crise. "É necessário respeitar a alteridade indígena e o compromisso com a sua causa dentro de uma sociedade democrática e pluricultural. Nesse sentido é fundamental refletirmos sobre a importância da terra, da saúde e da educação para os povos indígenas”, afirmou, via assessoria de imprensa.

Ela esteve no território indígena ontem (17) junto com os deputados federais Paulo Pimenta (PT-RS), Padre João (PT-MG) e Zeca do PT (PT-MS), da Comissão de Direitos Humanos; o vereador em Dourados Elias Ishi (PT) e um representante da Secretaria Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde.

CONCENTRAÇÃO

O município de Caraapó concentra pouco mais da metade da área criada pela presidente afastada Dilma Rousseff (PT) como reserva indígena Amambaipeguá I. O decreto foi assinado por João Pedro Gonçalves da Costa, então presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), em 12 de maio.

Esse documento criou a reserva de 55.590 hectares nas cidades de Amambai, Caarapó e Laguna Carapã. Somente em Caarapó são 30 mil hectares. Por conta disso, o clima de tensão na região é tão grande.

De acordo com o Sindicato Rural no município, 87 propriedades rurais, entre fazendas e sítios, atualmente tem a presença de índios que cobram a aplicação do decreto.

Levantamento da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), divulgado nesta semana, indicou que 110 propriedades rurais no Estado estão em disputa entre fazendeiros e índios.

Operação Tractus

Operação contra tráfico teve apreensão de quase R$ 1 milhão em espécie

Duas pessoas foram presas e, entre as apreensões, também há cabeças de gado, embarcação, armas, celulares e veículos

28/08/2024 17h00

Créditos: Polícia Federal

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Durante o cumprimento de onze mandados de busca e apreensão, no âmbito da Operação Tractus, realizada nesta quarta-feira (28)  em Três Lagoas, policiais federais apreenderam quase R$ 1 milhão em dinheiro vivo. A operação resultou também na prisão de duas pessoas por porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e na apreensão de veículos, duas fazendas e 800 bovinos.

Segundo a polícia, a operação começou na manhã de hoje e continuou durante a tarde. De acordo com o levantamento divulgado pela Polícia Federal, foram cumpridos dois mandados de prisão temporária. Duas pessoas foram presas por porte ilegal de arma de fogo e um foragido da justiça foi capturado.

Ainda de acordo com a polícia, foram apreendidos R$ 997.323,00 em espécie. Também foram encontradas 800 cabeças de gado, avaliadas em R$ 2 milhões.

Durante a Operação Tractus, também foram apreendidas cinco armas de fogo, uma embarcação, oito aparelhos celulares e seis veículos.

Segundo a Polícia Federal, as investigações continuam em busca de mais suspeitos envolvidos na organização criminosa.

Operação Tractus

De olho em uma organização criminosa especializada no tráfico de cocaína e armamento ilegal, a Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira (28) a Operação Tractus em Três Lagoas (MS). Além de veículos e dinheiro em espécie, foram apreendidas duas fazendas e 800 bovinos.

As investigações sobre a organização criminosa começaram após a prisão em flagrante de  um indivíduo no município de Água Clara/MS, transportando cerca de 163 kg de cocaína, em um fundo falso entre a longarina e o assoalho do veículo automotor. O crime foi investigado na delegacia de Três Lagoas. 

Após a investigação, as forças policiais cumpriram diversos mandados de busca e apreensão em diferentes cidades do Estado, resultando na apreensão de mais de uma tonelada de cocaína, armas de fogo, 25 veículos e quase um milhão de reais em dinheiro. 

Nesta quarta-feira, foram cumpridos dois mandados de prisão temporária e onze de busca e apreensão, nos municípios de Campo Grande, Anastácio e Corumbá, além do bloqueio de 13 contas bancárias, o sequestro de seis imóveis (dentre eles, duas fazendas), 25 veículos e embarcação.

A organização criminosa utilizava rotas clandestinas pelo Pantanal para transportar a droga e os armamentos. Além da busca e apreensão, também foram cumpridos dois mandados de prisão temporária, mas a identidade dos detidos não foi revelada.

Nos municípios de Anastácio e Corumbá,  foram apreendidos dois revólveres, diversos veículos, um barco, 800 cabeças de gado, celulares e documentos. 

Já na capital, quatro veículos foram confiscados, junto de duas pistolas, uma arma longa, R$ 900 mil em dinheiro, celulares e jóias.

Para a operação, foram empregados 60 policiais federais, integrantes do Grupo de Pronta Intervenção (GPI) e uma aeronave do Comando de Aviação Operacional (CAOP).

A apreensão que deu início à investigação foi feita pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) no dia 3 de fevereiro de 2023, na BR-262. Eles interceptaram um utilitário F-4000 e prenderam o condutor. Ao ser preso, alegou que não sabia da existência do entorpecente. A droga e o motorista foram entregues à Polícia Federal, que deu sequência à investigação.

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ALEMS

Projeto propõe regularização do veículo durante a abordagem em MS

Caso seja aprovado, o projeto de lei apresentado na ALEMS pode dar ao condutor a chance de quitar IPVA e licenciamento em atraso no momento de uma blitz

28/08/2024 16h45

Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Caso o programa "Veículo Legal" seja instituído no Estado, o motorista que for flagrado em uma blitz, com o veículo em situação irregular poderá quitar os débitos no momento da abordagem.

Segundo estabelece o Projeto de Lei (185/2024), apresentado, nesta quarta-feira (28) pelo deputado Paulo Corrêa (PSDB), na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS).

O deputado explicou que a pessoa que termina com o veículo removido paga custos mais altos para regularizar levando em conta que o proprietário do carro terá que pagar os custos da remoção e os dias que o automóvel passa retido.

"Vivemos em uma era em que as ferramentas tecnológicas são meios disponíveis que facilitam, inclusive, o acesso a rede bancária, o que possibilita que pagamentos sejam feitos de forma rápida, eficiente e em qualquer lugar", pontuou Paulo Corrêa.

O que prevê o PL?

Caso o motorista não esteja em dia com o pagamento do licenciamento ou o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), no momento da abordagem terá a possibilidade de quitar os débitos. 

Como será feito o pagamento?

O pagamento poderá ser feito por meio de sistema bancário eletrônico sendo importante ressaltar os seguintes pontos:

  • Responsabilidade pelo pagamento e comprovação: O condutor ou proprietário do veículo é responsável por emitir e comprovar o pagamento das guias necessárias.
  • Facilidade de pagamento pelo Poder Público: Em casos específicos, o Poder Público pode fornecer dispositivos que permitam ao proprietário ou condutor pagar débitos do veículo diretamente, desde que o sistema esteja tecnicamente disponível.
  • Liberação do veículo: O veículo só será liberado após a confirmação dos pagamentos e o cumprimento das exigências legais.

Andamento do projeto


Após o período de recepção de emendas, o projeto será analisado pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR). Se aprovado, seguirá para votação nas comissões de mérito e nas sessões plenárias.

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