Cidades

Mineração

Todas as barragens de MS são de "dano potencial alto"

Barragens com resíduos da extração de ferro e manganês ficam em Corumbá

EDUARDO MIRANDA E ANNY MALAGOLINI

23/11/2015 - 00h00
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Mato Grosso do Sul conta com 16 barragens que armazenam resíduos de atividade mineradora, todas elas localizadas no município de Corumbá, mais precisamente no Maciço do Urucum, consideradas de “dano potencial alto”. São estruturas como estas que no último dia se romperam em Mariana (MG), provocando dezenas de mortos, deixando milhares sem água potável, e acabando com povoados. Em MS, o risco de uma tragédia igual à de Minas Gerais ocorrer é menor, sobretudo que um eventual problema nas barragens da  Vale, em Corumbá, quase não atingiria a população do município. Quem mais sofreria, seria o Pantanal, bioma único no mundo. 

Conforme o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), órgão vinculado ao Ministério das Minas e Energia, das 15 barragens de Mato Grosso do Sul, somente duas são realmente “grandes”, semelhantes às de Mariana (MG). Trata-se da Gregório, registrada em nome da Mineração Corumbáense e da Barragem Sul, criada pela mineradora MMX, atualmente inativa. A capacidade da Gregório é de 10 milhões de metros cúbicos de resíduos, e a da Barragem Sul, de 3 milhões de metros cúbicos. 

Estas duas barragens maiores são consideradas de risco médio e baixo, respectivamente. Assim como a maioria das barragens menores em nome da Mineração Urucum (que também pertencer à Vale). Da Urucum, somente duas pequenas barragens, são consideradas de alto risco. 

Mas não é somente o risco que importa para o DNPM. O “Dano Potencial Associado”, ou DPA, também é avaliado periodicamente, e nos casos das barragens sul-mato-grossenses, todas têm o DPA considerado alto. Pudera, em caso de rompimento, todo o Pantanal seria prejudicado. 

Na Barragem de Gregório, o DNPM informou que a última vistoria foi realizada em fevereiro deste ano, e não havia qualquer impedimento ou problema constatado. A Barragem Sul, que apesar de inativa ainda tem resíduos, e necessita de manutenção permanente, foi verificada no mês passado, e está em dia com as exigências dos órgãos reguladores. 

Sobre suas barragens em Mato Grosso do Sul, a Vale informou que “projeta, implanta e opera suas barragens de acordo com técnicas de engenharia avançadas e boas práticas internacionais, seguindo rigorosos controles de gestão de segurança e gestão de riscos, realizando inspeções e monitoramento sistemáticos, bem como auditorias externas periódicas para identificação de anomalias e garantia das condições de segurança. Neste momento todas as nossas estruturas estão funcionando em absoluta normalidade, atendendo aos requisitos legais vigentes e com todos os aspectos de segurança garantidos”. 

A empresa ainda completou em nota: “A Vale reitera que fez uma verificação detalhada das condições estruturais de suas barragens e que nenhuma alteração foi detectada nas inspeções realizadas”.

*A reportagem completa está na edição de hoje do Correio do Estado.

 

CAMPO GRANDE

Idoso que armazenava combustíveis em bar morre em incêndio

Segundo relato da irmã de Marques, o homem de 66 anos morava sozinho no estabelecimento que era seu "ganha-pão"

22/08/2024 09h45

Residência  era um comércio com venda de bebidas alcoólicas e substancias inflamáveis, pequenas quantidades de combustíveis que ficavam armazenadas ali mesmo

Residência era um comércio com venda de bebidas alcoólicas e substancias inflamáveis, pequenas quantidades de combustíveis que ficavam armazenadas ali mesmo Reprodução

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Marques Ribeiro Gomes é apontado como a suposta vítima do incêndio, registrado na noite de quarta-feira (21), no bairro Indubrasil, que destruiu um bar onde o idoso de 66 anos residia e comercializava não só bebidas, mas ao que tudo indica, também combustíveis. 

Conforme boletim de ocorrência, quando a Polícia Civil foi acionada, por volta de 23h10, o Corpo de Bombeiros já estava no local do incidente, sendo que essa própria corporação chegou ao bairro quando o imóvel já estava destruído. 

Ainda assim foi feito o trabalho de contenção e rescaldo, justamente quando os bombeiros adentraram no local e visualizaram, onde seria o cômodo da frente em que funcionava, o que possivelmente era o corpo de Marques, já totalmente carbonizado e impossível de identificar. 

Assim que os agentes da Delegacia de Pronto Atendimento Comunitária (Depac/Cepol) do Centro Integrado de Polícia Especializada chegaram ao local, a irmã de Marques - Maria Coelho - pôde ser interrogada na condição de testemunha. 

Isso porque, como aponta o documento oficial, não foi possível sequer verificar se pelo local tinham marcas de arrombamento, já que o imóvel foi destruído pelo incêndio, bem como o corpo da vítima, prejudicando a própria identificação por familiares ou reconhecimento do corpo por documentos e fotos.

Por esse motivo, o possível corpo masculino foi cadastrado como “desconhecido”, sendo que só será possível identificar se de fato trata-se de Marques após exames mais detalhados por parte do instituto de medicina e odontologia legal. 

Depósito ilegal

Como aponta o documento oficial da polícia, segundo relato da irmã de Marques, o idoso de 66 anos morava sozinho no estabelecimento que era seu "ganha-pão". 

Maria destaca que a residência do irmão tratava-se de um comércio, com venda de bebidas alcoólicas e substancias inflamáveis, sendo pequenas quantidades de combustíveis que ficavam armazenadas ali mesmo. 

Marques foi encontrado onde havia, segundo corpo de bombeiros de MS, a maior concentração das labaredas, cômodo esse onde também estavam um fogão e o botijão de gás, o que reforça a tese de que a morte pode ter sido acidental. 

 

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Cidades

Imbirussu e Segredo são as regiões mais concorridas

O edital foi dividido em sete lotes, que juntos somavam R$ 40,37 milhões de investimentos para a manutenção de ruas não pavimentadas de Campo Grande

22/08/2024 09h30

Na região do Anhanduizinho, a mais populosa da Capital, 13 empresas se interessaram pelo lote

Na região do Anhanduizinho, a mais populosa da Capital, 13 empresas se interessaram pelo lote Foto: Paulo Ribas

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As regiões Imbirussu e Segredo foram as mais concorridas na licitação milionária da Prefeitura de Campo Grande para manutenção de ruas sem asfalto, de acordo com informações da Secretaria Executiva de Compras Governamentais (Secomp).

A licitação milionária, no valor máximo de R$ 40,37 milhões, foi publicada pela Prefeitura de Campo Grande por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) no dia 2.

O valor será investido pela prefeitura para a contração da empresa vencedora da licitação que realizará a manutenção de vias urbanas não pavimentadas com aplicação de revestimento, abrangendo áreas das regiões Anhanduizinho, Bandeira, Imbirussu, Lagoa, Prosa e Segredo, além de pavimentar o distrito de Anhanduí.

Conforme informado pela Pasta, os lotes do Imbirussu, que abrangem desde os bairros Sobrinho e Santo Amaro até o Núcleo Industrial, e o lote Segredo, que será do Nova Lima até o Monte Castelo e José Abrão, atraíram interesse de 18 empresas.

Os lotes da região Bandeira e do distrito de Anhanduí tiveram o lance de 15 empresas. Quanto às regiões Lagoa e Prosa, 14 empresas mostraram interesse na licitação. Para a região mais habitada de Campo Grande, a Anhanduizinho, 

13 empresas concorreram ao lote, que teve a menor número de solicitações. Segundo a Secretaria Executiva de Compras Governamentais, o certame ainda está em andamento e, nesse momento, a licitação se encontra na fase de julgamento.

O valor máximo que a prefeitura está disposta a desembolsar pela licitação de pavimentação é de R$ 40.378.761,75.  O pregão foi dividido em seis regiões urbanas, além do distrito de Anhanduí.

Entre as regiões da cidade, o maior valor investido é no Anhanduizinho, com valor máximo de R$ 8.183.224,95. 

A região abrange os bairros Jockey Club, Piratininga, Guanandi, Alves Pereira, Lageado, Aero Rancho, Centenário, Pioneiros, Centro-Oeste e Los Angeles.

Para a manutenção das ruas da região Prosa, a prefeitura está disposta a desembolsar até R$ 7,41 milhões.

No Lagoa, o custo de manutenção de 170 km será de R$ 5,39 milhões por um período de 12 meses. O recapeamento na região será feito do Bairro Taveirópolis, passando pelo São Conrado, até o Bairro Tarumã.

Já no Imbirussu, o Executivo municipal está disposto a pagar até R$ 4,12 milhões. A área abrange desde os bairros Sobrinho e Santo Amaro até o Núcleo Industrial.

De acordo com as diretrizes da licitação, o modo de disputa para empresas interessadas nas obras é aberto e o critério de julgamento de escolha da empresa vencedora será a que apresentar o menor preço para execução.

DESCONTO

Conforme informado em reportagem do Correio do Estado, a licitação para manutenção de pavimentos de ruas e estradas de sete regiões de Campo Grande, aberta na segunda-feira, teve desconto total de 30%, com valor máximo de R$ 40,3 milhões. Através de pregão eletrônico, esse total foi reduzido para R$ 28,1 milhões. 

Segundo consta nas sessões de cada lote, as empresas AL dos Santos, Engenex e MS Brasil, de André Luiz dos Santos, mais conhecido como André Patrola, e Edcarlos Jesus Silva, alvos da Operação Cascalho de Areia, deflagrada ano passado, ficaram de fora das licitações, mesmo estando aptas a participar.

O motivo da “liberação” para essas empresas concorrerem a licitação é que os empresários envolvidos na operação Cascalhos de Areia, desencadeada em 15 de junho do ano passado, ainda não foram julgados.

Segundo fontes do Ministério Publico, apesar das denúncias, por lei, as empresas que ainda não foram julgadas não são impedidas de participar.

A empresa MS Brasil, oficialmente pertencente a Edcarlos, por exemplo, garantiu anteriormente contrato anual no valor de R$ 13,4 milhões para aluguel de máquinas. Além disso, em fevereiro deste ano, renovou um contrato de R$ 4,6 milhões também para locação de máquinas pesadas.

Atualmente, três regiões das sete regiões presentes no edital estão sob controle dessas empresas investigadas, sendo elas Imbirussu, Lagoa e Prosa (lotes 3, 4 e 5 na licitação lançada nesta semana).

Elas estavam nas mãos desses empresários pelos valores de R$ 2,91 milhões, R$ 4,3 milhões e R$ 5,18 milhões, respectivamente.

Saiba

A operação sobre a possível organização criminosa estabelecida para a prática de crimes de peculato, corrupção, fraude em licitação e lavagem de dinheiro em contratos para manutenção de vias não pavimentadas e locação de maquinário para  a Prefeitura de Campo Grande foi desencadeada em junho do ano passado.

(Colaborou Felipe Machado)

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