Cidades

Apagar das Luzes

Vereadores aumentam o próprio salário para R$ 26,08 mil em Campo Grande

Com a aprovação do PL os vereadores eleitos para o pleito de 2025 passarão a receber R$ 26.080,98; o vereador André Luis (Rede) afirmou que sugeriu ao presidente da Casa o reajuste do salário

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Durante a última sessão do ano na Câmara Municipal, na terça-feira (19), foi aprovado por unanimidade o aumento de salários dos vereadores que a partir de 2025 passa a valer R$ 26.080,98. Além disso, instituíram também o pagamento do  13º.

A Mesa Diretora propôs o projeto que passou pela Casa, de modo que, os vereadores hoje ganham R$ 18,9 mil de salário, para os próximos eleitos de 2025, passa a valer R$ 26.080,98 bruto. O que corresponde a 75% do subsídio mensal dos deputados estaduais de Mato Grosso do Sul.

O presidente da Câmara dos Vereadores, Carlos Augusto (PSB) explicou que a Casa de Leis conta com a prerrogativa de votar subsídio de prefeitos, servidores e vereadores para as próximas legislativas. 

"Esse da Câmara é uma correção e não um aumento, a gente tem que corrigir porque os próximos vereadores que vão entrar em 2025, não podem corrigir. Tivemos que corrigir para os próximos. Não é corrigir para a gente. Você não pode votar o aumento do seu salário, você tem que votar dos próximos legisladores que vão ser eleitos no ano que vem", disse Carlão.

Por ser presidente, Carlão não pode votar, apenas em caso de empate. Mas garantiu se se estivesse "lá embaixo" votaria com os pares, favorável ao reajuste. "Se eu tivesse lá embaixo votava 'sim' também. E acredito que ter a responsabilidade de cumprir Constituição Federal que não foi a gente que criou. Preconiza na Constituição que um vereador de Capital tem que ganhar até 75% do deputado estadual. E essa correção estava defasada", disse o presidente da Casa de Leis. 

Os vereadores dessa legislatura seguem recebendo R$ 18,9 mil de salário bruto até dezembro de 2024. A vigência do novo salário inicia em 1º de janeiro de 2025. Já o décimo terceiro será pago até o dia 20 de dezembro de cada ano, o que corresponde à 1/12 (um doze avos), por mês de efetivo exercício, do valor do subsídio.

Ao ser questionado pelo Correio do Estado, o vereador André Luis contou que havia sugerido a reavaliação do subsídio desde o início de 2023. E enfatiza que aprovou por não colocar o nome a disposição a vereança para a reeleição, portanto, diz que não será beneficiado com isso.

"Essa propositura já foi minha desde o comecinho desse ano eu já havia falado com o Carlão da importância da gente fazer essa previsão de correção. Não considero isso aumento, considero uma correção. Porque hoje o subsídio que recebo ele foi determinado em 2019. Então esse subsídio é o que vou receber até 2024. E fico bem a vontade para fazer essa correção porque estamos fazendo essa correção para quem entrar em 2025 e vai até 2028. E eu não sou candidato a reeleição", explicou o vereador Professor André Luís.

Pela mesma linha dos pares, a vereadora Luiza Ribeiro (PT), explicou que não se trata de reajuste do próprio salário, já que passa a valer apenas para quem vencer a eleição para o próximo pleito. 

"Não se trata de reajuste dos próprios subsídios, pois o reajuste será válido apenas para a próxima legislatura que começará em janeiro de 2025. Todas as categorias, inclusive, os agentes públicos com mandatos têm direito a reajustes dos vencimentos ou subsídios.  Verifiquei que o subsídio dos vereadores da Câmara de Campo Grande estavam sem qualquer atualização tem quase 8 anos. Também conferimos que os valores estavam bem menores do que o limite legal", disse Luiza.

13º salário

Para ter direito a receber o 13º conforme o projeto de lei, o vereador deverá trabalhar pelo menos 15 dias, para  ser considerado o mês integral. Imputa também que em caso de perda, renúncia ou afastamento do mandato o benefício deve ser pago proporcionalmente aos meses trabalhados. 

Veja como votou cada vereador

 

  • Beto Avelar (PSD) – Sim
  • Junior Coringa (PSD) – Sim
  • Otávio Trad (PSD) – Sim
  • Delei Pinheiro (PSD) – Sim
  • Tiago Vargas (PSD) – Sim
  • Valdir Gomes (PSD) – Sim
  • Professor Riverton (PSD) – Sim
  • Silvio Pitu (PSD) – Sim
  • Clodoilson Pires (Podemos) – Sim
  • Ronilço Guerreiro (Podemos) – Sim
  • Zé da Farmácia (Podemos) – Sim
  • Ademir Santana (PSDB) – Sim
  • Professor Juari (PSDB) – Sim
  • Claudinho Serra (PSDB) – Sim
  • Dr. Loester (MDB) – Sim
  • Dr. Jamal (MDB) – Sim
  • Edu Miranda (Patriota) – Sim
  • Paulo Lands (Patriota) – Sim
  • Ayrton Araújo (PT) – Sim
  • Luiza Ribeiro (PT) – Sim
  • Gilmar da Cruz (Republicanos) – Sim
  • Betinho (Republicanos) – Sim
  • Dr. Victor Rocha (PP) – Sim
  • Tabosa (PDT) – Sim
  • Coronel Villasanti (União Brasil) – Sim
  • William Maksoud (PTB) – Sim
  • Prof. André Luis (REDE) – Sim
  • Papy (Solidariedade) – Sim

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CAMPO GRANDE

Polícia apura destruição de prontuários médicos em CAPS no Aero Rancho; vídeo

Em busca por cerca de 23 mil prontuários, equipes estimam que apenas oito mil foram localizados

07/04/2025 11h40

Objetivo é localizar documentos físicos, registros digitais, mídias e outros elementos de prova que possam comprovar a destruição indevida

Objetivo é localizar documentos físicos, registros digitais, mídias e outros elementos de prova que possam comprovar a destruição indevida Naiara Camargo/Correio do Estado

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Para apurar a destruição de prontuários médicos que seriam de pacientes em tratamento psiquiátrico na Capital, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul esteve em ação na manhã de hoje (07) no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Aero Rancho, localizado na avenida Rachel de Queiroz, em Campo Grande.

O Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO) investiga irregularidades na gestão, guarda e descarte desses documentos, que deveriam ser preservados por, no mínimo, 20 anos, conforme a legislação.

A investigação faz parte da Operação “S.O.S Caixa Preta”, nome que faz referência ao caráter emergencial da situação, já que o termo “S.O.S” simboliza o alerta acionado pela Defensoria Pública.

Conforme apurado pela reportagem, as investigações começaram em outubro de 2024, quando o Departamento Nacional de Auditoria do SUS (DENASUS) recebeu uma denúncia de possíveis irregularidades no armazenamento de documentos e solicitou à Secretaria Municipal de Saúde a relação de todos os prontuários físicos dos pacientes atendidos entre 1º de janeiro de 2009 e 31 de dezembro de 2024.

Os policiais compareceram à unidade de saúde e cumpriram mandados de busca e apreensão em dois endereços residenciais de servidoras públicas investigadas.

O objetivo é localizar documentos físicos, registros digitais, mídias e outros elementos de prova que possam comprovar a destruição indevida de documentos médicos, quebra de sigilo profissional e manipulação de sistemas informatizados. 

S.O.S

Em coletiva no Posto de Saúde Guanandi, em Campo Grande, a delegada Ana Medina, do Dracco, e o diretor do DENASUS, Rafael Bruxelas, esclareceram sobre as ações desempenhadas na manhã desta segunda-feira (07). 

Segundo a delegada, constatada inconsistência na catalogação de prontuários médicos desses pacientes psiquiátricos, a estimativa é que apenas oito mil (dos 23 mil totais) foram encontrados. 

Sobre as servidoras apontadas como responsáveis pela destruição dos prontuários, foi revelado que ambas atuavam na área administrativa, porém não houve afastamento tendo em vista que elas não trabalham mais no Caps do Aero Rancho. 

"Também havia fatos que remetiam à questão de manuseio dessa documentação por pessoas não autorizadas, havia quebra de sigilo funcional, bem como esse descarte feito de maneira irregular", complementou Ana Medina. 

Com a denúncia protocolada pela defensoria pública, ainda não há uma confirmação oficial dos motivos que levaram as servidoras a destruírem os prontuários. 

"Algumas servidoras já haviam sido inclusive ouvidas em declarações na nossa unidade, mas agora nós precisamos aprofundar e alinhar esse trabalho técnico com o Ministério da Saúde, para que a gente possa entender o que a gente está de fato enfrentando aqui e adotar outras diligências", completa a delegada.

Sobre o descarte, a delegada Ana Cláudia Medina acrescenta que alguns prontuários foram inclusive levados para a reciclagem, o que forneceria acesso à dados sigilosos de pacientes psiquiátricos descartados antes do tempo. 

Durante a operação houve apreensão de computadores e celulares no Caps Aero Rancho, com a equipe do DENASUS presente por uma semana apenas para acompanhar o caso, em apuração que deve se estender de hoje (07) até a próxima sexta-feira (11).  

"A primeira coisa é identificar que tipo de desperdício de recurso público nós tivemos nesse procedimento... é evidente que esse é um trabalho que nós vamos realizar em conjunto com a Polícia Civil, mas nós vamos fazer essa análise criteriosa, por isso nós não podemos inclusive antecipadamente informar ou passar informações para respaldar os pacientes", conclui. 

O que diz a Sesau

Secretária Municipal de Saúde de Campo Grande, a Dra. Rosana Leite afirma que esses papéis foram extraviados durante mudança de uma unidade de saúde para outra, uma vez que o Caps do Aero Rancho foi transferido de outro lugar para o Guanandi 2. 

Além disso, a secretária expõe que não tem ciência de onde os papéis foram parar: "também já foi procurado, inclusive a gente fez a impressão do sistema... nós temos a versão digital de todos eles e foi reimpresso", afirma Rosana Leite. 

Sobre a possibilidade de que alguns prontuários foram parar no lixo, Rosana diz que desconhece tal denúncia de que foram descartados em reciclagem e, caso seja verdade, irão tomar as medidas cabíveis. 
 

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INTERIOR DO ESTADO

Custo das obras do aeródromo de Inocência fica 18% mais caro

Serviço começou há 10 meses no município que deve receber a maior fábrica de celulose do mundo e já tinha ganhado em março investimento de R$ 3 milhões para "sinalização noturna"

07/04/2025 10h59

Em valores absolutos, a execução teve um acréscimo de R$ 2.931.608,81. 

Em valores absolutos, a execução teve um acréscimo de R$ 2.931.608,81.  Reprodução/Agesul

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Cerca de dez meses após o início das obras,  o contrato para obras que vão tirar o aeródromo de Inocência do papel recebeu seu primeiro termo aditivo confirmado em extrato publicado hoje (07) no Diário Oficial do Governo de Mato Grosso do Sul. 

Segundo o Governo do Estado, a execução do serviço de Implantação de PPD, taxiway, cerca operacional e pátio para o aeródromo de Inocência teve acréscimo de 18.22% no contrato.

Em valores absolutos, a execução inicialmente prevista para custar R$16 milhões saltou para R$19.020.606,83, um acréscimo de R$ 2.931.608,81. 

A obra desse aeroporto em Inocência - que servirá para a fábrica de R$ 28 bi da Arauco - teve início em meados 2024 e quando estava com cerca de 15% de execução em junho do ano passado, tinha entrega prevista até junho/julho deste 2025. 

Porém, o aditivo ao valor trouxe também a prorrogação do prazo de execução do contrato, que chega ao fim em 13 de outubro de 2025. 

Além disso, cabe destacar que o Governo do Estado confirmou mais recentemente até mesmo a  “execução do sistema de sinalização noturna” no novo aeródromo da cidade, ao preço de R$ 3.138.037,95. 

Longe cerca de 330 km da Capital de Mato Grosso do Sul, Inocência conta com cerca de 8,4 mil habitantes, mas está prestes a ser palco da maior fábrica de celulose do mundo.

Para comportar toda essa mão de obra, a Arauco prevê investimento de R$ 242 milhões para a construção de alojamentos dos trabalhadores que vão atuar na instalação da fábrica. 

Entre as aeronaves que devem usufruir do novo aeródromo, o avião turbo-hélice modelo ATR 72-600, da empresa Imetame, que chamou a atenção recentemente no Aeroporto Internacional de Campo Grande por trazer dezenas de trabalhadores que iriam para a fábrica de celulose de Ribas do Rio Pardo.

Avance Construtora

Responsável pela execução no aeródromo de Inocência, a empresa AVANCE CONSTRUTORA que abocanhou esse aditivo recente de quase três milhões de reais é responsável por tocar outras obras pelo interior do Estado. 

Entre elas, a Avance é responsável pelas obras de asfalto e drenagem em Miranda pelo valor de R$ 1,8 milhão, conforme extrato de contrato que veio à tona em junho de 2024 com validade de um ano. 

Antes disso, porém, a Avance Construtora já era contratada, por R$ 46,069 milhões para obra na rodovia de acessão ao Porto São Pedro, em trabalhos de implantação de revestimento primário retomados sem as devidas licenças ambientais, como noticiou o Correio do Estado. 

A Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos de Mato Grosso do Sul (Agesul) foi procurada, para que pudesse esclarecer quais mudanças justificam o aumento concedido pelo aditivo, bem como se posicionar a respeito, porém, até o fechamento da matéria não foi obtido retorno. O espaço segue aberto. 

 

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