Economia

moeda americana

Dólar fecha acima dos R$ 3 pela primeira vez desde 2004

A moeda norte-americana fechou R$ 3,0115, em alta de 1,03%

G1

05/03/2015 - 17h11
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O dólar fechou acima dos R$ 3 na tarde desta quinta-feira (5). O mercado segue atento ao programa cambial do Banco Central e às incertezas quanto ao ajuste das contas públicas, depois que o presidente do Senado rejeitou a medida provisória que trata de desonerações tributárias. A moeda norte-americana fechou R$ 3,0115, em alta de 1,03%. Veja cotação.

Este é o maior valor desde 16 de agosto de 2004, quando a moeda terminou o dia cotada a R$ 3,0146, segundo dados do Banco Central.

Nesta quinta, a moeda variou entre R$ 2,9798 e R$ 3,0231, segundo a Reuters. Nos últimos quatro dias, o dólar acumulou alta de 5,44%. No ano, há valorização de 13,27%.

A alta se acentuou mesmo após o Banco Central manter o ritmo do aperto monetário e elevar a Selic em 0,50 ponto percentual, deixando em aberto o próximo passo da taxa básica de juros.

"Os problemas ainda são os mesmos. A tendência no curto, médio e longo prazos é dólar para cima", disse à Reuters o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.

Ajuste nas contas públicas
Na terça-feira (3), o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) surpreendeu o Executivo ao rejeitar a medida provisória 669, que reduzia a desoneração da folha de pagamentos das empresas.

Pouco depois, o governo enviou um projeto de lei com urgência constitucional, assinado pela presidente Dilma Rousseff, para substituir a MP.

"A devolução da MP mostra que o governo vai ter mais dificuldade para fazer o ajuste fiscal e que vai ter barreiras políticas no caminho”, disse na quarta-feira (4) o economista da Tendências Rodolfo Oliveira.

A perspectiva de melhora da política fiscal vinha sendo uma luz no fim do túnel em meio ao cenário de contração econômica e inflação acima de 7%. À medida que se torna mais difícil para o governo cortar seus gastos, a pressão cambial também se intensifica.

"O dólar já estava em uma tendência de alta em função dos fundamentos [econômicos] deteriorados. Agora, há esse 'a mais', que é o cenário político conturbado dificultando a implementação do ajuste fiscal", disse na quarta-feira à Reuters o analista da WinTrade Bruno Gonçalves, que não tem expectativas de alívio no câmbio no curto prazo.

Com isso, cresce a ansiedade do mercado sobre o futuro do programa de intervenção do Banco Central no câmbio.

Segundo analistas, as expectativas de uma política fiscal mais contracionista eram o único fator amortecendo a pressão sobre o dólar pela deterioração dos dados econômicos. A inflação deve superar 7% no período mesmo com a provável contração da economia.

Cenário externo
A perspectiva de alta dos juros nos Estados Unidos, que poderia atrair para a maior economia do mundo recursos atualmente aplicados em países como o Brasil, também vem elevando as cotações do dólar globalmente.

Investidores buscarão mais sinais sobre quando isso de fato acontecerá no relatório de emprego do governo norte-americano, que será divulgado na sexta-feira.

Intervenções do BC
O atual programa de leilões diários de swap cambial (equivalente a oferta futura de dólares) está marcado para durar até pelo menos o fim deste mês, e a sinalização de que o BC pretende rolar apenas parcialmente os contratos que vencem em 1º de abril já injetou incerteza no mercado.

"Isso tudo dá mais fôlego para o mercado testar o BC", disse o operador de câmbio da corretora Intercam Glauber Romano. "Se não houvesse esta interferência do BC, o câmbio já deveria estar no patamar de R$ 2,90 há alguns meses", explicou o professor do Insper Otto Nogami.

Nesta manhã, o Banco Central dá continuidade às intervenções diárias no mercado de câmbio ofertando até 2 mil swaps cambiais, com vencimentos em 1º de dezembro de 2015 e 1º de fevereiro de 2016.

O BC faz ainda mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em 1º de abril, que equivalem a 9,964 bilhões de dólares, com oferta de até 7,4 mil contratos. Até agora, o Banco Central rolou cerca de 11% do lote total.

OPORTUNIDADE

Com vagas em MS, IBGE abre processo seletivo sem taxa ou prova

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística abriu seleção que irá contemplar 30 candidatos, divididos em sete cidades do Brasil, incluindo Campo Grande

03/02/2025 12h20

IBGE anuncia abertura de processo seletivo com 30 vagas, sendo sete em Campo Grande

IBGE anuncia abertura de processo seletivo com 30 vagas, sendo sete em Campo Grande Foto: Divulgação

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou a abertura de processo seletivo que irá contemplar 30 candidatos de sete cidades brasileiras, incluindo Campo Grande.

Segundo o edital, publicado na manhã desta segunda-feira (03) no Diário Oficial da União (DOU), as inscrições são feitas de forma presencial e gratuita.

Dois cargos estão sendo oferecidos nesta seletiva: 29 para Agente de Pesquisas e Mapeamento, com remuneração inicial de R$ 2.676,24, e uma para Supervisor de Coleta e Qualidade, com salário base de R$ 3.379,00. Ambas contam com auxílio-alimentação de R$ 1 mil, além de auxílio-transporte, auxílio pré-escolar, férias e 13º salário proporcionais.

Para os campo-grandenses interessados, basta ir ao endereço rua Barão do Rio Branco, 1431, Centro, entre os dias 10 e 14 de fevereiro, e preencher o formulário (disponível para download no edital). Ao todo, são seis vagas para ampla concorrência e uma para pessoas pretas e pardas (PPP) na capital sul-mato-grossense.

Inicialmente, está prevista a contratação de um ano, mas pode ser estendido para mais dois. As outras cidades presentes no edital são Cariacica (ES), Vitória (ES), Iturama (MG), Concórdia (SC), Rio do Sul (SC) e Palmito (SC).

Para mais informações sobre o processo seletivo, clique aqui e visualize o edital completo.

IBGE

O IBGE é uma instituição pública, vinculado ao Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO), que é a principal fornecedora de estatísticas e dados sobre os municípios e estados brasileiros, além, obviamento de números sobre o país.

Para que suas atividades possam cobrir todo o território nacional, o IBGE possui a rede nacional de pesquisa e disseminação, composta por:

  • 27 Superintendências (26 nas capitais dos estados e 1 no Distrito Federal);
  • 27 Seções de Disseminação de Informações (26 nas capitais e 1 no Distrito Federal);
  • 566 Agências de Coleta de dados nos principais municípios.

Sua missão institucional, assim como consta no seu site oficial, é "Retratar o Brasil com informações necessárias ao conhecimento de sua realidade e ao exercício da cidadania."

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MATO GROSSO DO SUL

Potência na geração própria solar cresce 0,3 MW em menos de 1 ano em Mato Grosso do Sul

Cerca de 30 mil novos sistemas fotovoltaicos foram instalados em telhados e pequenos terrenos desde maio de 2024 até o começo deste ano

03/02/2025 11h33

Atualmente são mais de 185 mil consumidores de energia elétrica que já contam com redução na conta de luz

Atualmente são mais de 185 mil consumidores de energia elétrica que já contam com redução na conta de luz Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Mato Grosso do Sul observa, há tempos, uma crescente da  potência instalada na geração própria solar, que subiu mais de 0,3 megawatts em menos de um ano e já registra mais de  1,4 gigawatt (GW) no Estado. 

Dados divulgados pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) apontam para essa potência instalada, indicando ainda que o número de sistemas fotovoltaicos em telhados e pequenos terrenos também cresceu. 

Isso porque, ainda no ano passado MS tinha mais de 100 mil sistemas - como abordado pelo Correio do Estado à época - e, agora, já possui  mais de 129 mil conexões operacionais de energia solar, expõe a Absolar. 

Ainda conforme a associação, essas quase 130 mil conexões estão espalhadas pelos 79 municípios sul-mato-grossenses, com uma cobertura completa entre as cidades da região de MS. 

"Atualmente são mais de 185 mil consumidores de energia elétrica que já contam com redução na conta de luz, maior autonomia e confiabilidade elétrica", diz a Associação em nota. 

Avanço contínuo

Há mais de uma década, desde 2012, a modalidade por essa fonte renovável têm mostrado bons índices, seja de captação de investimentos; arrecadação ou até mesmo pela geração de empregos. Nesse sentido, no período foram mais de: 

  •  R$ 6,6 bilhões em investimentos atraídos
  •  43 mil empregos gerados
  •  R$ 2 bilhões arrecadados aos cofres públicos.

Entidade focada na transição energética sustentável no País, a Absolar nasceu em 2013, reunindo elos da cadeia de valor da fonte solar fotovoltaica e demais tecnologias limpas, indicando que ainda há medidas a serem tomadas que podem impulsionar ainda mais o setor. 

"Criação e ampliação de programas, políticas e mais incentivos locais para o avanço da energia solar, incluindo, por exemplo, a inclusão da tecnologia fotovoltaica nos prédios públicos em geral, nas casas populares e nos programas de universalização de acesso à eletricidade", recomenda a Associação. 

O Programa Renda Básica Energética (REBE), alvo no Projeto de Lei nº 624/2023 (que atualmente tramita pelas comissões do Senado Federal), é uma das possíveis aprovações tidas como "medida crucial" para a geração distribuída solar, na visão da Absolar. 

Rodrigo Sauaia é presidente executivo da Associação e, em nota, indica que tal projeto de lei resolve estruturalmente o problema das negativas de conexão. 

"Essas negativas estão impedindo milhares de consumidores brasileiros, entre residências, pequenos negócios, produtores rurais e gestores públicos, de exercer o seu direito de gerar a própria energia limpa e renovável, para reduzir sua conta de luz", comenta ele.

Em resumo, o Projeto atualiza o marco legal da geração própria renovável e, com isso, distribuidoras ficarão proibidas de impedir os consumidores de conectar sua microgeração distribuída, como bem esclarece o presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, Ronaldo Koloszuk; 

"Se for necessário algum reforço na infraestrutura elétrica para receber esta microgeração, a distribuidora ficará responsável por fazer este investimento diretamente, em vez de repassar estes custos ao consumidor", cita. 

 

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