Para driblar a crise econômica, os shoppings da Capital tentam atrair o público além da necessidade de ir às compras. Os espaços investem em entretenimento para toda a família, com opções, em muitos casos, gratuitas. A varidade no mix de lojas, oferecendo marcas que são novidade para os clientes da cidade, e a gestão equilibrada também estão entre as estratégias comerciais para afastar os números negativos que assombram o comércio no último ano.
Apesar disso, o fluxo de compradores desacelerou e os espaços vazios, de lojas fechadas, ou o troca-troca de marcas, já viraram rotina dos centros comerciais em Campo Grande. Pesquisa do Ibope Inteligência em parceria com a Associação dos Lojistas de Shoppings (Alshop) revela que, entre os shoppings abertos depois de 2013, o índice de vacância (espaços para lojas vazios) nos empreendimentos do Centro-Oeste é o segundo maior do País: 53% - a região Norte está em primeiro lugar, com 56%. No Brasil, a média é de 45%, o que significa que do total de 13,4 mil lojas lançadas nos 77 shoppings inaugurados no país entre 2013 e 2015, aproximadamente 6 mil estão desocupadas.
O índice refere-se apenas aos shoppings com menos de três de funcionamento, que em meio ao processo de maturação sofreram mais com a chegada da crise, como é o caso do Bosque dos Ipês, na Capital. A administração do empreendimento não revela quantas lojas foram fechadas no último ano, mas diz que a área locável disponível (vacância) hoje é de cerca de 30% da capacidade total (de 150 lojas).
“O projeto está dentro do processo de maturação, mas é claro que gostaríamos que estivesse melhor e estaria, se não fosse a crise atrapalhar esse processo”, avalia o superintendente do shopping, Rafael Arnaldi, acrescentando que o período de cinco anos já era previsto inicialmente para “maturação” do projeto.
*A reportagem completa está na edição de hoje do jornal Correio do Estado.