O encontro Coalisão Cerrado-Pantanal, organizado pela Rede Rios Vivos, da Organização Não-governamental (ONG) Ecologia e Ação (Ecoa), que começou ontem (08) e segue até terça-feira (12), tem como objetivo debater a preservação dos biomas do Cerrado e Pantanal.
Reportagem publicada hoje no jornal Correio do Estado mostra que grande parte do Cerrado é utilizado para produção agrícola e de lavoura, o que gera muita preocupação entre os ambientalistas.
A bióloga Rose Mary Paes de Araújo sustenta que o Cerrado tem muito poucas áreas preservadas de vegetação original. “São muitas poucas unidades de conservação de uso sustentável no Cerrado. O perfil do Cerrado é de produção, mas temos que ver isso com cuidado, porque além de produzir, também é preciso conservar”.
Esse uso sustentável, conforme a especialista, seria “o aproveitamento dos frutos que o Cerrado produz para que não acabe e seja também uma alternativa de produção de subsistência e de pequenos produtores”. Essa situação é ameaçada pela ampliação dos campos de lavoura, com plantação de grãos, como a soja e também a criação de pastos para a produção pecuária.
Ainda conforme a reportagem, no Centro-Oeste, onde o bioma predomina, há unidades de conservação, que são os Parques Nacionais em Goiás e Mato Grosso, como o das Emas e Viadeiros, no primeiro Estado e o da Chapada dos Guimarães, no segundo. Em Mato Grosso do Sul a única iniciativa nesse sentido é o Parque Estadual Nascentes do Taquari. A matéria é assinada por Lúcia Morel.