Com cerca de 669 milhões de dólares em março, montade desde janeiro soma cerca de 6,3 bilhões na moeda nacional
Após o melhor começo de ano da série histórica, a receita gerada em março da exportação de industrializados em Mato Grosso do Sul mantém o índice crescente observado neste ano, com o balanço do Observatório da Indústria registrando recorde também para esse terceiro mês.
Ferramenta da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul (Fiems), o Observatório indica que a exportação de produtos industriais do Estado alcançou US$669,1 milhões em março, o que corresponde a quase quatro bilhões de reais.
Sendo esse o melhor desempenho para o mês de março em toda a série histórica, o aumento percentual na comparação com o mesmo período de 2024 representa um crescimento de 52% do índice.
O acumulado do trimestre também representa um aumento de 34%, em comparação com o mesmo período de 2024, com as exportações industriais deste ano já somando US$1,83 bilhão Entre janeiro e março, cerca de 6,3 bilhões na moeda nacional.
Diante desses valores, a Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul indica que o valor de U$1,83 bilhão ficar marcado como o maior já registrado para o período de janeiro a março da série histórica.
Cabe lembrar que, segundo a Fiems, a receita com exportações de industrializados registrou o melhor resultado da série histórica em janeiro deste ano: US$703,3 milhões e um crescimento de 48% em relação ao mesmo mês de 2024.
Análise do desempenho
Economista-chefe da Fiems, Ezequiel Resende aponta que, em participação relativa, a indústria representa 60% da receita dos exportados sul-mato-grossenses no mês de março, volume que cresce para 73% no acumulado do ano.
"Em relação aos segmentos, os principais destaques ficaram por conta da fabricação de celulose; complexo frigorífico; das indústria de processamento da soja e do milho; da extração do minério de ferro e manganês e das usinas de açúcar e etanol, que somados responderam por 95% de toda a receita de exportação da indústria sul-mato-grossense até aqui", expõe o economista.
Conforme a Federação em nota, a receita acumulada no grupo celulose e papel foi de US$922,5 milhões, um total de 1,79 milhão de toneladas exportadas, com preço médio em US$514 por tonelada.
Entre carnes desossadas congeladas e refrigeradas de bovino e peito de frango desossado e congelado, o complexo frigorífico somou US$473,2 milhões em exportações na atividade do trimestre.
O embarque de 131,4 mil toneladas no período entre janeiro e março, com preço médio de US$3.600 por tonelada, representou crescimento de 34% na receita gerada com essas exportações.
Nos produtos, há seis itens que lideram a pauta de exportação e proporcionaram receita de U$ 1,7 bilhão até o momento, sendo:
- U$920 milhões - celulose
- U$337 milhões - Carne bovina congelada ou refrigerada
- U$168 milhões - farelos e óleos de soja e milho
- U$83 milhões - frango congelado inteiro ou pedaços
- U$76 milhões - açúcar
- U$72 milhões - minério de ferro.
Das parcerias comerciais, apesar de vender para 124 países, Ezequiel indica que 12 países que foram responsáveis por 76% de tudo o que a indústria vendeu até agora em 2025: China, Chile, EUA, Holanda, Itália, Índia, Uruguai, Turquia, Indonésia, Bangladesh, Argentina e Alemanha.
**(Com assessoria)
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