Cidades

fiscalização

Carros roubados são trocados por maconha e coca

Carros roubados são trocados por maconha e coca

NADYENKA CASTRO

30/11/2010 - 03h00
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Para comprar drogas e armas nos países vizinhos, os traficantes utilizam veículos roubados, financiados e dinheiro em espécie. No caso dos automóveis é feita troca com os vendedores. As cédulas chegam até aos traficantes levados por comparsas deles. São grandes quantidades de reais e até doláres que, no Paraguai ou na Bolívia, viram “erva e pó”.

Sabendo disso, os policiais rodoviários federais investem na fiscalização de documentos de veículos e na entrevista com a pessoa abordada. Com essas duas ferramentas é possível evitar que o automóvel passe a faixa de fronteira e que dinheiro chegue às mãos de traficantes.

De acordo com dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), de 1º de janeiro até a manhã de ontem, foram recuperados 140 veículos roubados e 163 pessoas foram presas por envolvimento no crime. Também houve apreensões de reais e dólares, em março e junho, respectivamente. Na maioria das vezes, quem transporta o dinheiro não revela a origem nem o que seria feito com o montante, que ultrapassa os R$ 10 mil permitidos por lei para porte sem documentação legal. (NC)

PROJETO OFICINAS DE CULINÁRIA

Prefeitura oferece 2,8 mil vagas em capacitação de confeitaria e panificação

As vagas são para oficinas de saltenha, bolo de pão de queijo, panetone e chocolates criativos

15/04/2025 09h25

Chocolates criativos - imagem de ilustração

Chocolates criativos - imagem de ilustração DIVULGAÇÃO

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Projeto “Oficinas de Culinária - Capacitando e Gerando Renda” oferece capacitação profissional em confeitaria e panificação para pessoas em situação de vulnerabilidade social residentes nas sete regiões urbanas e dois distritos de Campo Grande.

O objetivo é proporcionar emprego, renda e oportunidades a desempregados em uma área da culinária, promovendo a inclusão social, o empreendedorismo e a autonomia financeira.

São 2,8 mil vagas, sendo 500 para oficina de saltenha, 500 para oficina de bolo de pão de queijo, 500 para oficina de panetone e 1.300 para oficina de chocolates criativos.

Serão realizadas 112 oficinas, com 25 alunos por turma, totalizando 2.800 capacitações. As aulas são presenciais, no período diurno, com carga horária de quatro horas. Cada aluno receberá material didático individual. As aulas abordarão teoria e prática, com degustação dos insumos produzidos.

As oficinas serão realizadas em locais designados pela prefeitura e ministradas por profissionais capacitados da prefeitura.

Os requisitos para participar são ter idade mínima de 16 anos e possuir Número de Inscrição Social (NIS) ou Cadastro de Pessoa Física (CPF).

Caso o número de inscritos ultrapasse as vagas disponíveis, terão prioridade mulheres chefes de família, jovens entre 16 e 29 anos e pessoas com deficiência.

Os recursos serão oriundos da prefeitura (aplicação direta – tesouro) e doação de empresa privada, como Águas Guariroba.

A realização é da Prefeitura Municipal de Campo Grande (PMCG). O projeto foi publicado em edição extra II, nesta segunda-feira (14), no Diário Oficial de Campo Grande.

Chocolates criativos - imagem de ilustração

 

AQUIDAUANA

Quatro anos depois, acusado de crime no Rio Miranda vai a júri popular

Acidente entre lancha de servidor público e barco de pesca causou a morte de Carlos Américo e deixou dois feridos

15/04/2025 09h00

Esta foto teria sido tirada momentos antes de a lancha atingir o barco e matar Carlos (de branco e chapéu)

Esta foto teria sido tirada momentos antes de a lancha atingir o barco e matar Carlos (de branco e chapéu) Foto: Arquivo pessoal

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O servidor público Nivaldo Thiago Filho de Souza, acusado de matar e omitir resgate a Carlos Américo Duarte em um acidente entre a lancha que ele pilotava e o barco do pescador, no Rio Miranda, será julgado em júri popular, em Aquidauana, na próxima semana.

O grave acidente ocorreu no feriado de 1º de maio de 2021, no Rio Miranda, na região conhecida como Touro Morto, e só agora, quatro anos após o incidente, o réu terá seu julgamento realizado, no dia 23, no Tribunal do Júri da Comarca de Aquidauana. 

Conforme informa o processo, que contém a denúncia do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), Nivaldo Thiago pilotava uma lancha denominada Mamba Negra, sem ter habilitação e sob efeito de álcool, quando colidiu com o barco Beira Rio II, tripulado por três pessoas.

O impacto das embarcações resultou na morte de Carlos Américo Duarte e ainda feriu outras duas pessoas: Caê Duarte (filho de Carlos) e Rosivaldo Barboza de Lima (piloto profissional da embarcação).

Segundo os autos, Nivaldo fugiu do local sem prestar socorro às vítimas. No momento do acidente estavam dentro da embarcação, junto com o réu, sua esposa e filho. 

Carlos Américo, segundo consta no laudo de exame pericial da Marinha do Brasil, presente nos autos, sofreu fraturas na mandíbula esquerda, fratura raquimedular da coluna vertical e fratura no braço esquerdo, vindo a falecer no local.

A colisão ocorreu em uma curva do rio, que a lancha Mamba Negra adentrou em alta velocidade, de acordo com o relato das vítimas.

O caso foi recebido pela Justiça em 24 de fevereiro de 2023. A juíza responsável pelo processo entendeu haver provas suficientes da materialidade do crime e indícios consistentes da autoria, tornando Nivaldo réu em ação penal.

O processo seguirá para julgamento no Tribunal do Júri, como determina a Constituição Federal para crimes dolosos contra a vida.

Com o julgamento agendado, o juiz conduzirá a sessão e, com o júri formado por sete cidadãos, decidirá pela aplicação da pena, caso haja condenação.

SERVIDOR PÚBLICO

Nivaldo Thiago Filho de Souza é servidor público estadual, lotado na Secretaria de Estado da Casa Civil. Na época do acidente, o réu ocupava cargo em comissão de direção gerencial superior e assessoramento, na função de assessor especial.

Sua remuneração fixa no cargo era de R$ 11 mil e, no mês seguinte ao ocorrido, ele recebeu um aumento de salário, passando a receber R$ 17 mil.

Mesmo tendo seu nome envolvido em um acidente com morte, Nivaldo Thiago se manteve no cargo público na Casa Civil e, em 2023, foi promovido para administração superior e assessoramento na função de assessor especial I, tendo outros aumentos de salário, que foi de R$ 18 mil até R$ 28 mil.

Esse vínculo funcional foi encerrado após um pedido de exoneração, com efeito a partir de 22 de julho de 2024, conforme publicado em resolução oficial do governo do Estado.

Porém, no mês passado, de acordo informações do Portal da Transparência do governo do Estado, o réu foi recontratado para ocupar o mesmo cargo na Casa Civil, desta vez recebendo o valor fixo de R$ 29.276,76, salário está a apenas R$ 5 mil do que ganha o titular da Pasta, que recebe R$ 34 mil.

Diferentemente do secretário, Nivaldo também recebe remunerações eventuais do mesmo valor que o seu salário, ou seja, o réu ganhou em março salário bruto de quase R$ 60 mil, recebendo mais de R$ 42 mil líquidos. 

Nivaldo também esteve lotado anteriormente na Secretaria de Estado de Cultura de Mato Grosso do Sul, exercendo cargo em comissão de direção gerencial superior e assessoramento, antes de ser transferido para a Casa Civil, em 2021.

ALCOOLIZADO

Conforme informa o boletim de ocorrência registrado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) no dia do acidente no Rio Miranda, Nivaldo foi abordado pela corporação na rodovia.

O réu teria informado que se envolveu em um acidente no rio e que estaria levando a sua família para o hospital mais próximo. Ele também teria se recusado a realizar o teste do bafômetro.

Apesar de ter recusado, Nivaldo teria admitido ter consumido bebida alcoólica antes de assumir o comando da embarcação. 

De acordo com a denúncia do MPMS, Nivaldo não tinha habilitação (Arrais), que é obrigatória para pilotar barcos e lanchas nos rios do Estado.

Sua conduta pode ser enquadrada como homicídio doloso (art. 121, caput, do Código Penal) e tentativa de homicídio doloso contra as vítimas sobreviventes (art. 121, caput, combinado com art. 14, II, do Código Penal).

SAIBA

Inicialmente, houve divergência sobre o local do crime, já que as coordenadas indicavam que ele teria acontecido em área próxima a Corumbá. No entanto, por meio de laudo técnico, as informações foram corrigidas, confirmando que a colisão ocorreu em Aquidauana.

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