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Cielo se mostra confiante para Londres 2012

Cielo se mostra confiante para Londres 2012

TERRA

07/06/2012 - 22h00
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Quatro anos atrás, Cesar Cielo era um nome pouco conhecido entre os brasileiros. O nadador, então com 21 anos de idade, se esforçava nos treinamentos sem o assédio da imprensa, sem posar para fotografias, sem o peso de ser uma das poucas esperanças de medalha de um país. Em 2012, entretanto, a história é completamente outra. O ouro olímpico nos 50 m livres em Pequim, o bronze nos 100 m e a série de conquistas e recordes que vieram na sequência transformaram o paulista em um dos principais nomes do esporte brasileiro.

Agora, Cielo é o homem a ser batido nos Jogos de Londres e 2012 e terá que aprimorar ainda mais suas marcas nas provas de velocidade da natação para se manter no topo. O que, surpreendentemente, não parece abalar o atleta. "A pressão externa é a mesma, independente do lugar em que você está. Para mim, a maior pressão é a minha mesmo, é a interna. Pouca coisa mudou nesse sentido, na verdade posso até dizer que a pressão interna aumentou", disse Cielo nesta quinta-feira.

O nadador está na capital britânica treinando no Crystal Palace, centro esportivo que será utilizado pelo Comitê Olímpico Brasileiro como quartel-general durante os Jogos. Nas atividades desta tarde, o campeão mundial se mostrou irritado em alguns momentos. Parecia estar incomodado com sua performance na piscina que servirá para preparação antes das provas no Centro Aquático de Londres daqui a 50 dias. "Se eu sinto que errei alguma coisa eu vou querer repetir, fazer de novo. Não quero sair da piscina achando que poderia ter feito algo diferente. Hoje dei algumas vaciladinhas no treino.

Aí repeti e acabei fazendo o mesmo erro de novo. E isso me irritou. Mas é a exigência de querer fazer tudo certo o tempo inteiro", explicou. E é esse perfeccionismo que Cielo garante ter aprimorado no hiato entre Pequim e Londres. "Você vai ficando mais velho e vai perdendo um pouco o parâmetro. Estou ficando cada vez mais 'mala', muito mais chato", brincou, "e a exigência que estou tendo, que também é maior, está me levando a manter o título dos 50 m por todos esses anos. Então não vou dizer que é uma coisa ruim. É o que vem me mantendo perfeccionista e espero que isso faça a diferença na Olimpíada também."

Cielo afirmou ainda que "qualquer pessoa que passou de 21 anos de idade para 25 sabe qual é a diferença. É gritante a maturidade que se ganha nesses anos, principalmente por tudo que eu passei. Eu sinto que em 2008 fui como um franco atirador para a Olimpíada, imaginei que tinha capacidade de ganhar, e hoje estou indo para defender o título com uma certeza e confiança muito maiores do que antes." Por isso, "agora estou 100% diferente. A única coisa que se mantém dentro de mim é a vontade de ganhar, isso não baixou em momento nenhum. Mas o resto, fui aprimorando um pouquinho as arestas para chegar do jeito que estou hoje. Com 21 anos eu gostava de nadar.

Hoje entendo que esse é o meu trabalho." Isso significa que perdeu o prazer de estar na piscina? "Não! Meu hobby é o meu trabalho." Dessa forma, Cesar Cielo demonstra confiança convincente para tentar repetir os feitos de Pequim. Tanto que o nadador já fala em manter o mesmo ritmo até os Jogos do Rio em 2016, antes de uma eventual despedida em 2020. O foco do momento, contudo, segue claro: ouvir a composição de Francisco Manuel da Silva tocando no Parque Olímpico de Londres no próximo dia 3 de agosto, data da final dos 50 m livres masculino.

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Em menos de 24h, Campo Grande registra quase 100 mm de chuva

Bandeirantes, Rio Brilhante, Sidrolândia e Dourados também registraram até 19,6 mm ficando abaixo do acumulado na capital campo-grandense

31/03/2025 09h15

Em menos de 24h, Campo Grande registra quase 100 mm de chuva

Em menos de 24h, Campo Grande registra quase 100 mm de chuva Gerson Oliveira

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Após um longo período de baixa precipitação, Campo Grande encerrou março com precipitação de 238,8 mm de chuva, cerca de 85 mm a mais do que a média histórica. Somente neste domingo (30), a capital registrou 83 mm de chuva na região do Carandá Bosque e Parque dos Poderes.  

Dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) apontaram que na estação meteorológica da UPA Universitário, choveu um total de 69,6 mm. Já o meteorologista Natálio Abraão informou que na região da Vila Santa Luzia acumulou 59 mm de chuva, número semelhante ao da Vila Progresso, que registrou 58,6 mm. No Jardim Panamá, o volume foi menor, com 45 mm.  

No interior do estado, os índices foram bem diferentes, em Bandeirantes, a 81 km da capital, o acumulado foi de 19,6 mm, o maior entre as cidades citadas. Em seguida, Rio Brilhante teve 13,8 mm, enquanto Sidrolândia registrou apenas 4,6 mm. Dourados, o maior município de Mato Grosso do Sul, registrou apenas 4 mm de chuva.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) tem alerta vigente de perigo potencial de chuvas intensas, onde há previsão de chuvas para todos os dias, podendo ser ocasionalmente de forte intensidade entre segunda e quarta, passando a céu encoberto com chuviscos entre quinta e sexta-feira.

Além disso, os campo-grandenses podem se preparar, pois conforme previsão do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), o avanço da frente fria já muda o tempo entre segunda-feira (31) e terça-feira (1º) que poderá ter uma ligeira queda nas temperaturas, a mínima prevista na semana é de 20°C, mas a máxima permanece elevada, podendo chegar a 33°C.

Ainda de acordo com os dados, a menor temperatura registrada na capital até agora, foi de 18,4°C, no dia 1º de fevereiro.

Abril

Conforme a tendência meteorológica divulgada pelos técnicos do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), órgão do Governo de Mato Grosso do Sul vinculado à Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), as chuvas em abril devem ficar abaixo da média histórica em Mato Grosso do Sul, enquanto as temperaturas devem alcançar marcas acima da média.

O estudo aponta para um cenário de mudanças climáticas seguindo o que se observa nos últimos anos, com períodos mais longos de estiagem e ondas de calor intenso. As chuvas devem variar entre 400 a 500 mm em grande parte do estado, com exceção das regiões leste/nordeste e oeste, onde a média deve ser entre 300 a 400 mm.

Já as temperaturas médias devem variar entre 24°C a 26°C, com ligeira elevação na região noroeste (26°C a 28°C), enquanto nas regiões sul e sudeste devem ficar entre 22°C a 24°C.

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SEGURANÇA PÚBLICA

Queda na apreensão de cigarros pode ter ligação com fábricas clandestinas no País

Em MS, número de maços apreendidos caiu 26% no ano passado, em relação a 2023, segundo a Receita

31/03/2025 09h00

Queda na apreensão de cigarros está ligada a fábricas clandestinas

Queda na apreensão de cigarros está ligada a fábricas clandestinas Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A diminuição de apreensões de cigarros contrabandeados em Mato Grosso do Sul pode estar atrelada à transferência de fábricas clandestinas do produto para o Brasil.

Em entrevista ao Correio do Estado, o superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Mato Grosso do Sul, João Paulo Pinheiro Bueno, declarou que o crime de contrabando pode ter mudado sua atuação no País, o que possivelmente fez diminuir o número de apreensões anuais de cigarros nas rodovias.

“Antes o contrabando de cigarro era muito maior aqui no estado de Mato Grosso do Sul, hoje em dia reduziu bastante, não tem tanto como tinha antes. O que a gente entende desta mudança é que muitas dessas fábricas de cigarros passaram a atuar dentro do nosso país, e, possivelmente, é isso que está acontecendo [para as apreensões terem diminuído]”, informou.

De acordo com o superintendente da PRF, ainda não há indícios claros da instalação de fábricas clandestinas no Mato Grosso do Sul, mas em grandes centros, como Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, a fiscalização para desmantelar possíveis fábricas é muito difícil de ser feita.

Segundo dados da Receita Federal, de janeiro a dezembro de 2023, a Polícia Federal (PF) e a PRF apreenderam 27.090.650 de maços de cigarro contrabandeado em Mato Grosso do Sul, que gerariam um lucro total de R$ 135,7 milhões para os contrabandistas.

Já em 2024 os números apresentaram uma queda de 26% em relação aos registrados no ano anterior, e as forças policiais aprenderam no período 20.044.645 de maços contrabandeados, avaliados em R$ 102 milhões.

Neste ano, dados de janeiro e fevereiro mostram que já foram apreendidos 4.224.318 de maços no Estado, estimados em R$ 22.429.319,70.

O superintendente da PRF ainda comenta que, além do contrabando de cigarros ser lucrativo para os criminosos, o modo de transporte do produto pela fronteira sul-mato-grossense era feito em grandes quantidades de maços pelas rodovias.

“É um crime que parece de menor potencial, mas o contrabando de cigarro é muito lucrativo, é o que alimenta as organizações criminosas. Antigamente, no Estado, os contrabandistas vinham em bitrens carregados de cigarros. Em algumas ocorrências que participei, chegamos a interceptar cinco carretas cheias de cigarro”, disse.

FÁBRICA CLANDESTINA

Um exemplo disso foi uma operação feita pela PF na quinta-feira, no Rio de Janeiro e no Espírito Santo, para combater uma organização criminosa especializada no comércio ilegal de cigarros.

O grupo comercializava os cigarros que produzia com o emprego de embalagens falsas, além de cometer crimes como trabalho análogo à escravidão, tráfico de pessoas e imposição de violência para que comerciantes fossem obrigados a adquirir o produto para revender apenas o cigarro fornecido pela organização criminosa.

A investigação foi iniciada em fevereiro de 2023, em decorrência da descoberta de três fábricas clandestinas de cigarros e do resgate de trabalhadores paraguaios submetidos a regime análogo à escravidão.

LUCRATIVO

Conforme já informado em reportagens do Correio do Estado, em Mato Grosso do Sul, a comercialização de cigarros contrabandeados do Paraguai é muito mais comum que no restante do Brasil. Essa situação faz com que, de 10 maços vendidos no Estado, 7 sejam de marcas ilegais, o que resulta em uma perda bilionária aos cofres do governo de Mato Grosso do Sul, que não recolhe o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) incidente sobre esse produto.

Estimativa feita pelo Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP), com base nos dados do Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec), mostra que, nos últimos seis anos, R$ 2,7 bilhões deixaram de ser arrecadados em Mato Grosso do Sul em razão da venda ilegal de cigarros
contrabandeados.

Só no ano passado, ainda de acordo com o FNCP, foram R$ 150 milhões perdidos em imposto que poderia ter sido cobrado.

CIGARRO ELETRÔNICO

Além dos cigarros convencionais, os eletrônicos também entraram no radar das quadrilhas de contrabandistas. Só no ano passado, mais de 200 mil unidades foram apreendidas pela Receita Federal em Mato Grosso do Sul.

O cigarro eletrônico não foi legalizado no Brasil, então, todos os produtos vendidos no País são fruto de contrabando.

O aumento de apreensões desse tipo de mercadoria também foi confirmado pelo superintendente da PRF em entrevista.

“Apesar de ter diminuído, o contrabando de cigarro não parou, eles continuam vindo, e esses cigarros eletrônicos estão sendo contrabandeados em maior quantidade nos últimos anos”, afirmou João Paulo Pinheiro Bueno.

SAIBA

O volume de cigarros eletrônicos apreendidos em 2024 representa mais de R$ 12 milhões em produtos.

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