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Férias

Crianças a bordo

Crianças a bordo

Thiago Andrade

16/12/2010 - 00h00
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Dezembro. Férias de verão. Com o tempo livre sobrando, uma das opções que os pais têm para oferecer diversão aos filhos é deixá-los viajar. Seja para outras cidades, estados, ou até mesmo países, as crianças e adolescentes têm oportunidade de conhecer outros lugares, conviver com pessoas diferentes, fazer novos amigos, se aproximar de outras culturas ou, mais comumente, ir ao encontro de parentes próximos. Entretanto, até completar 12 anos, toda criança precisa de autorização para viajar sozinha e é necessário tomar alguns cuidados para evitar os problemas e perigos que a situação propicia.

Mãe de um adolescente de 11 anos, a empresária Márcia Dreom Capellari já está acostumada com a burocracia necessária para mandar o filho para a casa dos avós. “Ele viaja sozinho desde os 6 anos. Temos toda preocupação em evitar riscos que possam surgir. Mas, felizmente, as companhias aéreas oferecem o que é necessário para que meu filho não enfrente nenhum problema que não possa ser resolvido”, defende Márcia. A mãe, no entanto, foi surpreendida pela taxa cobrada pela companhia aérea para disponibilizar um funcionário para atender ao adolescente.

Antes de comprar as passagens é importante checar as condições da empresa aérea. O serviço de acompanhamento de menores é obrigatório para crianças entre 5 e 12 anos. Menores não são transportados sem o acompanhamento de um responsável pela maior parte das companhias. Portanto, se você pretende deixar que seu filho viaje desacompanhado, entre em contato com a empresa de sua preferência para conhecer as condições.
Malcon Douglas Capellari Filho estava animado na manhã de ontem. Com mochila nas costas e munido de documentos de identificação pessoal, o adolescente de 11 anos já é veterano nas viagens sem os responsáveis. “Viajo sozinho desde os 6 anos. Estou acostumado. Sempre evito contato com estranhos, como minha mãe pede. Tento corresponder à confiança que ela deposita em mim”, conta o menino.

Ele viajou para Cuiabá, Mato Grosso, onde se encontrará com os avós todos os anos. “Eu gosto de viajar sozinho, é uma sensação de liberdade. Quando estou na casa dos meus avós tenho que me adequar à rotina deles e às regras que eles criam pra mim. Também tenho amigos por lá. Sempre é divertido”, aponta Malcon, mostrando-se bastante animado a caminho da sala de embarque do Aeroporto Internacional de Campo Grande.

Para a mãe, o encontro do filho com os avós é um modo de proporcionar a ele contato com outros integrantes da família, além de permitir que se divirta longe de casa, mas com segurança. “Ele vai ganhando independência aos poucos e percebendo que é necessário ser responsável. A partir do ano que vem vai ser mais fácil para ele viajar. Vamos ver como vai ser”, detalha Márcia.

Regras de bom comportamento
A psicopedagoga Maria Irene Maluf aponta que sair de casa para passar férias longe dos pais pode ser uma experiência engrandecedora para as crianças, contudo, é necessário observar algumas regras de conduta para evitar problemas na casa que recebe a criança ou o adolescente. Confira abaixo algumas de suas indicações:

– Procurar não falar alto demais, assim como respeitar o sono dos outros não fazendo barulho à noite;
– Jamais interromper a conversa de adultos;
– Procurar conhecer e seguir as normas da casa onde estiver hospedado, ainda que estas sejam mais rígidas do que as de seus pais;
– Lembrar-se de ser cordial e respeitoso com todos os integrantes da casa, com os outros  hóspedes, funcionários, animais de estimação, etc;
– Discussões: devem ser evitadas a todo custo na casa dos outros. As conversas devem ser cordiais e é obrigatório seguir aquelas regrinhas básicas como pedir licença para levantar, respeitar os horários, etc;
– Na mesa: não falar com a boca cheia de comida, usar devidamente o guardanapo, lembrar de que talheres não são armas, mas instrumentos usados por pessoas civilizadas ao comer, as quais se sentam corretamente nas cadeiras, colocam o guardanapo sobre as pernas, mantém os braços junto ao corpo ao usar os talheres e conservam os cotovelos fora da mesa;
– Mostrar respeito pelo gosto e escolhas dos seus anfitriões, aceitando com carinho a presença de pessoas idosas e crianças pequenas: críticas jamais!;
– Ao se despedir deixar uma boa lembrança, agradecendo sinceramente a hospitalidade e já se preparando para um novo convite!

Autorizações e documentos são imprescindíveis
Para que qualquer menor de idade entre 5 e 12 anos viaje desacompanhado é preciso ter em mente alguns cuidados. Conseguir as autorizações e documentos necessários é rápido e simples, mas é preciso prestar atenção aos detalhes. Um dos pais ou o responsável deve ir até a Vara da Infância, Juventude e do Idoso para obter a autorização judicial. Quando a criança ou o adolescente viajam acompanhados de ambos os pais não é necessária autorização alguma; já quando apenas um dos pais o acompanhará é preciso escrever autorização com firma reconhecida por autenticidade em cartório.

“A primeira indicação é que os pais lembrem aos filhos a importância de estar com o documento de identificação. A autorização será exigida sempre que não houver um responsável e sem documentos de identificação nenhuma criança sai de Mato Grosso do Sul”, alerta Greice Maia de Deus, chefe de cartório da Vara da Infância, Juventude e do Idoso, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ/MS). Segundo ela, no Estado, crianças não são autorizadas a viajar de ônibus em razão da falta de profissionais para cuidar do menor.

Em caso de viagem internacional, existem algumas diferenças no processo. A autorização judicial é substituída por documento escrito pelo pai e pela mãe. Contudo, em caso de falta de um dos genitores, é preciso abrir processo para suprimento de consentimento, ou seja, para que a criança viaje sem que um dos pais autorize. “O processo todo leva em média dois meses, pois é preciso que o nome do genitor seja publicado em edital por um mês. No final, há audiência com a juíza da vara, que pode convocar testemunhas para constatar a situação dos pais. A partir disso ela dá o veredito”, detalha Greice.
No site do TJ/MS (www.tjms.jus.br), pode-se obter mais informações.
 

Cultura

Livro de Vieira Junior e obra póstuma de Calligaris: conheça os premiados do Jabuti 2024

A 66ª edição do Prêmio Jabuti ocorreu na última terça-feira (19) na Câmara Brasileira do Livro

20/11/2024 23h00

Crédito: Agência Brasil

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A Câmara Brasileira do Livro (CBL) revelou os vencedores da 66ª edição do Prêmio Jabuti na última terça-feira, 19, em uma cerimônia que consagrou Rosa Freire D’Aguiar, ganhadora do Livro do Ano (concedido à obra melhor classificada entre as categorias dos Eixos Literatura e Não Ficção) por Sempre Paris: Crônica de uma Cidade, Seus Escritores e Artistas.

A premiação também contou uma vitória para Itamar Vieira Junior, por seu romance Salvar o Fogo, e um prêmio póstumo para Contardo Calligaris. O psicanalista, escritor e dramaturgo foi reconhecido na categoria Saúde e Bem-Estar pelo livro O Sentido da Vida. A seguir, o Estadão lista uma série de críticas e entrevistas para conhecer melhor os premiados do Jabuti 2024. Confira:



‘Sempre Paris: Crônica de uma Cidade, Seus Escritores e Artistas’



Na obra, Rosa Freire D’Aguiar reúne entrevistas realizadas com grandes escritores, artistas e intelectuais, durante uma janela de cerca de 20 anos, entre o final dos anos 1970, anos 1980 e um pouco da década de 1990, quando viveu em Paris, trabalhando com jornalistas. A partir das conversas, vêm as memórias, e a autora disseca o cenário parisiense que conheceu e chamou de casa, em sua longa estadia. Aparecem na obra personalidades como Alain Finkielkraut, Alberto Cavalcanti, Conrad Detrez, Élisabeth Badinter, Ernesto Sabato, Eugène Ionesco e Norma Bengell. A obra é publicada pela Companhia das Letras.



'Salvar o Fogo'


Em seu livro vencedor da categoria de Romance Literário, Itamar Vieira Júnior acompanha Luzia do Paraguaçu, uma mulher que busca na coragem o caminho para ultrapassar as maiores injustiças. Órfão de mãe, Moisés encontra afeto em Luzia, estigmatizada entre a população por seus supostos poderes sobrenaturais. Para ganhar a vida, ela se torna a lavadeira do mosteiro da região e passa a experimentar uma vida de profundo sentido religioso, o que a faz educar Moisés com extrema rigidez. Salvar o Fogo é publicado pela Todavia. Leia a entrevista em que Vieira Júnior fala sobre o livro, que veio após o bem-sucedido Torto Arado.



'O Ninho’



Ganhador da categoria de Conto, o livro de Bethânia Pires Amaro reúne 15 contos que se aprofundam nas complexidades das relações familiares, acompanhando personagens femininas que enfrentam mazelas diversas. Através de suas histórias, somos lembrados de que a casa não é necessariamente um espaço sacro ou seguro. Publicada pela Record, a obra já havia vencido o Prêmio Sesc 2023.



Vencedor da categoria de Saúde e Bem-Estar, o livro de Contardo Calligaris foi publicado postumamente -- o autor morreu aos 72 anos, em 2021, em decorrência de um câncer. Na obra, publicada pela Paidós, Calligaris reúne reflexões sobre a obrigação da felicidade, o "morrer bem" e o sentido da vida, costurando suas memórias e vivências com estes temas universais. Leia a resenha do livro.



'Baviera Tropical'



Escrito por Betina Anton e publicado pela Todavia, o livro ganhador em Biografia e Reportagem reconta a trajetória de Josef Mengele, o mais infame dos médicos nazistas, e sua vida no Brasil. A autora investiga como foi possível que Mengele, apelidado de "Anjo da Morte", tenha conseguido levar uma vida relativamente pacata por cerca de vinte anos no País. Leia a resenha de Baviera Tropical e saiba mais sobre como a obra e o livro Surazo se debruçam sobre a vida que nazistas procurados tiveram na América do Sul.



Marina Colasanti



A homenageada como Personalidade Literária de 2024 foi Marina Colasanti. Aos 87 anos, e com mais de 50 anos de carreira, a autora ítalo-brasileira - que coleciona nove estatuetas do Jabuti - foi escolhida "por sua contribuição à literatura, com livros que tratam de temas universais de maneira simples e poética, conquistando leitores de todas as idades".

No ano passado, a autora falou ao Estadão sobre ser reconhecida por importantes prêmios literários.

"Cheguei numa idade em que ter a minha estrada vista, enaltecida, representa um ponto avançado de um ciclo, que é a minha própria vida dedicada à literatura. É muito bom", disse.

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27 anos após 'Titanic', Leonardo DiCaprio e Kate Winslet se beijam em evento; veja vídeo

Veja o momento durante o evento em que Kate é chamada ao palco e os dois atores se beijam levando o público a loucura

20/11/2024 18h43

Reprodução Redes sociais

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Leonardo DiCaprio e Kate Winslet relembraram o casal Jack e Rose, de Titanic (1997), ao público que compareceu ao evento do drama biográfico Lee, filme recém-protagonizado pela atriz.

O astro foi responsável por chamá-la ao palco e a cumprimentou com um selinho.

"Minha cara amiga, seu trabalho neste filme foi nada menos que transformador. Continuo impressionado. Continuo a admirar a sua força, a sua integridade, o seu talento e a sua paixão por cada projeto que você cria. Sem mais delongas, um dos grandes talentos da minha geração: a primeira e única Kate Winslet", declarou DiCaprio.



Assim que ela subiu ao palco, os dois se cumprimentaram com um beijo na boca e, na sequência, se abraçaram.

 

 

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