Uma dieta "light", desprovida de um terço das calorias consumidas habitualmente, não garante um aumento da expectativa de vida, afirma um estudo do Instituto Americano de Envelhecimento (NIA, na sigla em inglês).
Durante mais de 20 anos, cientistas do instituto submeteram 121 macacos Rhesus de peso normal a restrições calóricas de 30%, alguns deles desde sua juventude (de um a 14 anos) e outros já em idade avançada.
Os cientistas compararam os resultados obtidos com os de um grupo de controle. Não foi observada nenhuma diferença notável referente ao tempo de vida entre os dois grupos de macacos, cuja longevidade em cativeiro supera a dos macacos em liberdade, com média de 27 anos.
A dieta, no entanto, permite que os macacos desfrutem de uma saúde melhor, com menos casos de doenças do coração, câncer e diabetes. A pesquisa foi publicada nesta quarta-feira (29) na revista científica "Nature".
O estudo contradiz levantamentos realizados no passado em camundongos e ratos, que definiam uma relação entre a restrição alimentar e a longevidade. Nenhuma pesquisa deste gênero foi realizada até agora com seres humanos.