Economia

DESENVOLVIMENTO

Em meio à crise, euro completa uma década

Em meio à crise, euro completa uma década

g1

01/01/2012 - 13h44
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Há exatos dez anos, europeus de 12 países pegavam em mãos as primeiras notas da divisa que deveria significar a união do continente e a criação de uma “moeda forte” e comum para países de economias tão distintas. Trazia a promessa de mais desenvolvimento e integração para os países da Europa, por meio da moeda que seria capaz de fazer frente ao poderoso dólar norte-americano.

Atualmente, a moeda corre riscos. Mais de 332 milhões de pessoas usam o euro – são cerca de 870 bilhões de euros em notas e moedas em circulação, segundo o Banco Central Europeu (BCE). Ao longo de seus dez anos de existência, outros cinco países o adotaram: Eslovênia (2007), Chipre (2008), Malta (2008), Eslováquia (2009) e Estônia (2009).

A falta de confiança na eurozona e no próprio euro, no entanto, colocou em dúvida sua viabilidade e ameaça sua sobrevivência.

As dúvidas são alimentadas pelos augúrios sombrios de analistas, agências de medição de risco e personalidades europeias, como o primeiro presidente da Comissão Europeia e um dos arquitetos do euro, Jacques Delors, chegou a afirmar que a eurozona e sua moeda estão 'à beira do precipício'.

AGRICULTURA

Problemas atingem quase 70% da safra de milho no sul de MS

Lavouras têm pior desempenho da safrinha dos últimos anos; segundo ciclo de 2024/2025 repete o cenário enfrentado pelos produtores na safra de soja

22/04/2025 08h30

Angelo Ximenes diz que altos custos e perdas por questões climáticas resultam na redução da área de plantio de milho

Angelo Ximenes diz que altos custos e perdas por questões climáticas resultam na redução da área de plantio de milho Foto: Divulgação

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Depois de amargar uma primeira safra prejudicada, a segunda safra de milho no sul de Mato Grosso do Sul enfrenta um dos piores cenários dos últimos anos. Levantamento do Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio (Siga MS) mostra que 67,9% das lavouras apresentam algum tipo de problema. Do total, 51% das áreas foram classificadas como regulares e 16,9%, como ruins. Apenas 32% das lavouras estão em boas condições.

Os dados abrangem os municípios de Itaporã, Douradina, Dourados, Deodápolis, Angélica, Ivinhema, Glória de Dourados, Fátima do Sul, Vicentina, Caarapó e Juti. Na região, foram cultivados aproximadamente 332,6 mil hectares com milho. Em Dourados, foram plantados cerca de 174 mil hectares – destes, apenas 30% são considerados com lavouras boas e 70% apresentam problemas, sendo 55% regulares e 15% ruins. 

A realidade contrasta com os números observados na região nordeste de MS, que registra 98% das lavouras em boas condições e apenas 2% com problemas. Essa região, que inclui municípios como Chapadão do Sul, Costa Rica, Cassilândia e Três Lagoas, vive um cenário positivo.

Na região norte, as lavouras em boas condições representam 92% da área total, na região oeste, 97%, na região central, 77%, na região sudoeste, 85%, e na região sudeste, 88% das lavouras estão em boas condições. Já na região sul o porcentual cai para 32%, e, por fim, na região sul-fronteira, o porcentual de lavouras em boas condições é de 55%.

O pesquisador Renato Moraes, do Instituto MS Agro, analisou o panorama atual da safrinha de milho e vê uma recuperação parcial das lavouras que sofreram nas fases iniciais. 

“Algumas lavouras plantadas entre janeiro e meados de fevereiro sofreram com a seca, mas as chuvas de março ajudaram na recuperação do potencial produtivo”, destacou.

Segundo Moraes, essas lavouras não devem atingir o teto de produtividade, mas, ainda assim, terão rendimentos razoáveis. “Se antes o teto era de 150 sacas por hectare, agora estamos falando de 100 sacas [por hectare], o que é uma boa média, diante das condições climáticas vividas”. Ele também alertou para o risco de geadas nas lavouras mais tardias, sem, no entanto, considerar perdas tão graves quanto as especuladas inicialmente. “Estimo, no máximo, entre 20% e 25% de perdas”.

ATRASO

De acordo com o engenheiro-agrônomo Carlos Pitol, também do Instituto MS Agro, o desempenho do milho está diretamente relacionado ao calendário da soja. 

“O plantio da soja foi escalonado por conta das chuvas irregulares no início do ciclo, o que atrasou a colheita e, por consequência, empurrou o plantio do milho para além do ideal”, explicou.

Pitol observou que, mesmo diante das dificuldades, não houve incidência severa de pragas como percevejo e cigarrinha, que, historicamente, causam danos significativos. “Elas ocorreram, mas dentro de níveis aceitáveis, sem impacto grave”.

O especialista ainda ressaltou que as chuvas recentes foram bem distribuídas nas regiões centro e sul do Estado, o que deverá garantir uma recuperação das lavouras que ainda não estavam em fase crítica.

“As lavouras que não foram comprometidas no início do ciclo devem ter um bom desempenho, se o clima continuar colaborando”.

O engenheiro-agrônomo e produtor rural Angelo Ximenes destacou a redução da área plantada de milho no estado de Mato Grosso do Sul. Segundo ele, MS totalizou uma área de plantio de 1,9 milhão de hectares, representando apenas 47% da área da soja, uma redução significativa em comparação aos 75% que já chegou a ocupar.

A diminuição da área de milho, conforme o engenheiro-agrônomo, é reflexo do aumento dos custos de produção e da instabilidade climática. Angelo afirmou que, como produtor rural, procurou alternativas como o sorgo e a canola para diversificar a produção, o que contribuiu para a redução da área plantada com milho. Apesar disso, ele acredita que as chuvas recentes aumentam as expectativas para uma boa colheita.

PRODUÇÃO

Apesar das dificuldades no sul, o plantio do milho no Estado atingiu 97,4% da área estimada. A projeção é de 10,2 milhões de toneladas, número 20,6% maior que o registrado na safra anterior. A produtividade média esperada é de 80,8 sacas por hectare.

Antes do milho, a safra de soja de 2024/2025 já havia trazido um alerta vermelho na região sul, que também liderou o ranking de perdas, com apenas 18% das lavouras em boas condições, contra 41,5% regulares e 39,6% ruins – um índice que representa 535 mil hectares com algum grau de comprometimento em uma área total de cerca de 700 mil hectares plantados. Estima-se que o impacto na produtividade da soja chegue a 40% de perda.

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Economia

A 1 mês para o fim do prazo, MS recebeu 32% das declarações de IR

Até o momento, 218 mil declarações de Imposto de Renda foram entregues

21/04/2025 12h00

Há 9 dias para o fim do prazo, MS recebeu 32% das declarações de IR

Há 9 dias para o fim do prazo, MS recebeu 32% das declarações de IR Divulgação

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Dados divulgados pela Receita Federal (RF) apontam que 218 mil declarações de Imposto de Renda de Pessoa Física (DIRPFs) foram entregues até as 9h de segunda-feira (21), em Mato Grosso do Sul.

Portanto, até o momento, a RF recebeu 32% declarações do total. Estima-se que 671.985 declarações sejam entregues até 30 de maio de 2025. O contribuinte terá 74 dias seguidos para entregar o documento. O próximo balanço será divulgado às 16h30 de hoje.

No ano passado, foram entregues 627 mil declarações em MS, 7% a menos do que é esperado para este ano. No Brasil, são esperadas R$ 46 milhões de documentos. O prazo para enviar os papéis é de 17 de março a 30 de maio de 2025.

OBRIGATORIEDADE E CONSEQUÊNCIA

É obrigado a declarar o Imposto de Renda em 2025 o contribuinte que:

  • Recebedores de rendimentos tributáveis acima de R$ 33.888 em 2024;

  • Recebedores de rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, superiores a R$ 200 mil no ano anterior;

  • Quem teve receita bruta superior a R$ 169.440 em atividade rural no ano anterior.

  • Quem pretende compensar prejuízos com a atividade rural de anos-calendário anteriores ou do próprio ano-calendário;

  • Pessoas com bens e direitos (imóveis, veículos, investimentos) que somavam mais de R$ 800 mil em 31 de dezembro do ano anterior;

  • Indivíduos com ganhos de capital na alienação de bens ou direitos;

  • Quem realizou operações de alienação em Bolsas de Valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas cuja soma foi superior a R$ 40 mil no ano anterior;

  • Vendedores de imóveis residenciais que usaram os recursos para a compra de outra residência para moradia, dentro do prazo de 180 dias da venda, e optaram pela isenção do IR;

  • Pessoas que começaram a residir no Brasil em qualquer mês do ano anterior;

  • Quem atualizou bens imóveis pagando ganho de capital diferenciado em dezembro de 2024;

  • Quem auferiu rendimentos no exterior de aplicações financeiras e de lucros e dividendos no ano anterior.

Quem deixar de declarar imposto de renda está sujeito as seguintes penalidades:

  • Pagamento de multa

  • CPF irregular

  • Cair na Malha Fina

  • Ser acusado e até responder na justiça por sonegação fiscal – a punição pode chegar a dois anos de prisão

RESTITUIÇÃO

As restituições serão pagas nas seguintes datas:

Primeiro lote: 30 de maio;

  • Segundo lote: 30 de junho;

  • Terceiro lote: 31 de julho;

  • Quarto lote: 29 de agosto;

  • Quinto e último lote: 30 de setembro.

De acordo com o delegado adjunto da Receita Federal em Campo Grande, Henri Tamashiro de Oliveira, manter em sigilo a conta GOV.BR e não compartilhá-la com terceiros, na hora de declarar o IR, é extremamente importante.

"Cuide da sua conta GOV.BR porque é algo muito importante que você pode indicar o número da conta, pode fazer várias coisas com ela. Existem mecanismos que a Receita criou para criar uma procuração para passar para o contador ou para outra pessoa que vá preencher. Você pode criar uma procuração ou atorização para que outra pessoa faça a sua declaração [de Imposto de Renda]", explicou o delegado.

O QUE MUDOU EM 2025

A declaração do Imposto de Renda terá poucas mudanças em relação ao ano passado.

Uma das novidades anunciadas foi a ampliação do limite de rendimentos tributáveis que torna o envio do documento obrigatório, que passou de R$ 30.639,90 para R$ 33.888.

Esta mudança aconteceu após o governo alterar a tabela do imposto em fevereiro de 2024, ampliando a taxa de isenção de R$ 2.112,00 para R$ 2.259,20.

Também houve mudança no limite da receita bruta de obrigatoriedade para atividade rural e para quem apurou rendimentos no exterior.

Veja as mudanças para este ano com relação aos rendimentos:

  • Valor de rendimentos tributáveis anuais que obrigam a entrega da declaração subiu de R$ 30.639,90 para R$ 33.888;

  • Limite da receita bruta de obrigatoriedade para atividade rural subiu de R$ 153.999,50 para R$ 169.440;

  • Quem atualizou valor de bens imóveis e pagou ganho de capital diferenciado em dezembro de 2024 terá de preencher a declaração;

  • Quem apurou rendimentos no exterior de aplicações financeiras e de lucros e dividendos passou a declarar anualmente.

Na declaração, foram excluídos os campos de título de eleitor, número do recibo da declaração anterior e consulado e embaixada para residentes no exterior.

Outra mudança é a maior prioridade para quem simultaneamente utilizou a declaração pré-preenchida e optou pelo recebimento da restituição via Pix.

Até o ano passado, a prioridade era definida apenas com base na utilização de uma das duas ferramentas.

As demais obrigatoriedades foram mantidas.

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