O reencontro de Ronaldinho Gaúcho com a torcida do Flamengo gera preocupação e precaução. O deslocamento da delegação do Atlético-MG do aeroporto ao hotel, e, principalmente, até o Engenhão, na noite de quarta-feira, contará com reforço policial do Grupamento Especial de Policiamento em Estádio (Gepe). O jogo terá esquema igual ao utilizado em clássicos regionais. Além disso, seguranças do Flamengo também darão apoio na chegada do Galo ao estádio. O clube alerta para que torcedores evitem jogar moedas e outros objetos no gramado, o que acarretaria em perda de mando de campo, caso o árbitro relate o problema na súmula.
Comandante do Gepe, o tenente-coronel João Fiorentini revelou que a escolta ao ônibus do Atlético-MG, que chega ao Rio nesta terça-feira, contará com reforço em todos os deslocamentos do time na cidade.
- Recebemos todos os times desde o momento que chegam ao aeroporto. Fazemos a escolta desde o aeroporto, do hotel ao estádio, do estádio voltando para o hotel ou aeroporto. Com o Atlético-MG, dessa vez, o efetivo da escolta será um pouco maior, com 12 policiais, por conta dessa particularidade (presença de Ronaldinho). Geralmente são seis, no máximo, oito.
Além do reforço na escolta, o jogo terá o mesmo esquema dos clássicos no Rio.
- Estamos trabalhando como clássico regional, pois teve promoção de ingressos e a torcida do Atlético-MG, que será escoltada, deve comparecer em bom número. Teremos 180 policiais do Gepe, mais homens do batalhão da área, polícia de choque. No total, algo em torno de 450, 500 policiais.
E o Flamengo ainda estende a mão para Ronaldinho Gaúcho. Não para quitar o valor de R$ 40 milhões que o jogador cobra na Justiça, mas para evitar problemas na segurança do seu ex-camisa 10. Do lado de dentro do Engenhão, seguranças particulares do clube ajudarão na chegada da delegação do Atlético-MG.
- Conversei com os responsáveis pelo policiamento, o time do Atlético-MG será muito bem escoltado para que faça sua passagem sem nenhuma ocorrência. Será colocado um reforço, e nós ajudaremos na parte interna do Engenhão, no desembarque da equipe deles, pois sempre aparece alguém para tentar fazer besteira, falar alguma coisa. Não houve pedido da parte deles, mas faremos nossa função de ajudar - afirmou José Pinheiro, chefe da segurança do Flamengo.
Existe uma preocupação para que todo e qualquer tipo de manifestação seja feita de forma pacífica, apenas com gritos vindos da arquibancada. O temor é com arremesso de moedas e outros objetos no gramado do Engenhão. Isso, em caso de relato do árbitro na súmula, faria com que o Flamengo perdesse o mando de campo.