A pesquisa teve sua inspiração a partir de algumas pessoas que apresentam uma resistência natural à ação da Aids.Os testes conseguiram produzir cobaias que se tornaram resistentes ao vírus SIV, que causa uma doença nos macacos que é muito semelhante à Aids nos humanos.
O vírus da Aids, quando entra em algum organismo, se instala no DNA das células linfócitas para poder se reproduzir. Quando o vírus se instala, ele se multiplica de maneira que a célula hospedeira acaba se rompendo, então buscando outros linfócitos para entrar e se reproduzir. Com esse processo, o sistema imunológico do indivíduo infectado fica debilitado e a pessoa está vulnerável à uma série de outras doenças que podem levar à morte.
Alguns humanos possuem a capacidade de produzir dentro de seu organismo uma espécie de célula de defesa, chamada T CD8, que é mais eficiente, identificando os linfócitos que foram infectados pelo HIV e destruindo-os, impedindo que os vírus se libertem e caiam na corrente sanguínea.
Os cientistas precisavam comprovar a eficiência desta célula especial, por isso introduziram em macacos rhesus uma mistura para induzir a produção das células de defesa T CD8. Em seguida, os primatas tomaram uma vacina contra febre amarela, que foi alterada, contendo três fragmentos do vírus para causar a multiplicação das T CD8. O próximo passou foi infectar as cobaias com o próprio vírus da imunodeficiência símia (SIV). Os resultados mostraram que por causa da presença das células especiais de defesa que a vacina produziu, o vírus do SIV não teve sucesso em sua multiplicação, e os animais infectados continuaram livres da doença.