O fotojornalista deixou sua marca, nesta terça-feira (12), na arte que reconhece sua trajetória e inspira gerações
O fotojornalista Roberto Higa, que registrou momentos históricos de Mato Grosso do Sul por meio de suas lentes, foi homenageado na noite de terça-feira (12), no Escritório Bar Cultural, em Campo Grande.
O grafite projetado pelo artista Sullivan de Oliveira, que recebeu o nome de “Os Cinco Olhares da Arte”, traz os rostos de artistas da terra, como Cleir Ávila, Humberto Espíndola, Ique Woitschach, Roberto Higa e o paulista Eduardo Kobra.
Crédito: Eduardo Barem / @fotografoeduardobarem / Higa e o empresário Luciano Homenageados da noite
Compareceram ao Escritório Bar Cultural o fotojornalista Higa, que tem um acervo da memória de Mato Grosso do Sul, e o cartunista e escultor Ique.
Higa, mesmo enfrentando problemas de saúde, mantém a essência pela boemia de quem desfilou por muitos anos no Bloco das Depravadas e não deixa de desfrutar a vida com intensidade, amor e dedicação.
O empresário Luciano Yonaka, que debateu a idealização do mural com Sullivan, relatou ao Correio do Estado como foi a experiência de receber o ícone que faz parte da história sul-mato-grossense em seu boteco.
"Receber o Higa na nossa casa e poder homenageá-lo através da obra de Sullivan de Oliveira é motivo de honra e de muita alegria. Foi uma das melhores festas que nós já tivemos nos sete anos da nossa existência", disse Luciano.
Crédito: Eduardo Barem / @fotografoeduardobarem Higa
O mural ainda irá receber assinaturas de todos os homenageados, dando ao Escritório Bar Cultural a aura de quem carrega um traço de artistas que contribuíram para nossa cultura em áreas distintas da arte e até o mundialmente conhecido Kobra (natural de São Paulo).
A figura da vez, Higa deixou o autógrafo que ficará eternizado. Além disso, a mão dele foi gravada em massa modeladora e, posteriormente, será feita uma escultura.
O trabalho de Roberto Higa, que teve início em meados da década de 60, entrelaça-se com a história de Mato Grosso do Sul. Para se ter ideia, ele foi convidado, em 1976, para fotografar a divisão do estado em Cuiabá.
Anos de dedicação à fotografia renderam um verdadeiro acervo, que serve como base para acadêmicos que estão desenvolvendo suas pesquisas.
Sua trajetória em jornais impressos deixa o legado de seu olhar único, registrado em episódios em Campo Grande e no Estado pelo passar dos anos de um apaixonado pela fotografia que soube transmitir como ninguém a mudança dos períodos.
Ainda devem assinar a arte o artista plástico Cleir Ávila e o pintor que ganhou fama fora do Brasil, Humberto Espíndola.
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