O governador André Puccinelli disse na manhã desta terça-feira (3) que o Estado de Mato Grosso do Sul deverá tomar medidas preventivas contra o foco de aftosa anunciado pelo governo Paraguaio. As ações que já haviam sido colocadas em prática anteriormente devem permanecer.
Apesar do foco de aftosa no Paraguai estar distante da fronteira e mesmo considerando as medidas sanitárias adotadas pelo país vizinho, Mato Grosso do Sul deve fazer sua parte no que diz respeito ao controle do trânsito de animais, explicou o governador, lembrando que o apoio do Exército, e da Polícia Federal atuando ao lado das forças da Segurança Pública estadual reforça os cuidados que já estão sendo tomados.
“Mesmo que seja um novo foco temos que cuidar, a impressão que temos é a questão seja endêmica [que pertence exclusivamente ao Paraguai]. É hora de nos unirmos às autoridades paraguaias e o Mato Grosso do Sul está à disposição através de nossos técnicos veterinários, auxiliando-os no controle desta aftosa, para que a mesma seja erradicada do mundo, assim como foi feito com a poliomielite nos seres humanos”, destacou Puccinelli.
O governador lembrou as ações que serão desenvolvidas no Estado. “Serão adotadas vigilância nas fronteiras, cuidados de sanidade e higienização dos veículos para que o foco não adentre nosso território. Já estamos em contato com o Ministério da Agricultura e Pecuária, especificamente com o ministro, para manter o quantitativo do exército em auxílio ao nosso pessoal no cuidado das fronteiras”, enfatizou o governador.
Para combater a entrada de gado contaminado e reforçar a fiscalização no Estado, a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) conta com 14 bases fixas e sete móveis, que podem ser aumentadas conforme demanda, segundo a secretária de Estado Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo (Seprotur), Tereza Cristina Corrêa da Costa. As barreiras são compostas de funcionários da Iagro (Agência de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) e policiais militares.
De acordo com a secretária Tereza Cristina o Ministério da Agricultura e Pecuária já foi consultado, antes da confirmação do foco, para acordar as providências a serem tomadas pelo Estado. “Vamos reativar ações que já vinham sendo desenvolvidas e solicitar auxílio da vigilância sanitária animal. O problema é o mesmo, ocorrido na mesma região. Agora precisamos nos preocupar também com as ações que o Paraguai vai desenvolver. Pedimos que os dirigentes daquele País tenha transparência nas ações que serão desenvolvidas’, explicou a secretária.
Tereza Cristina viaja ainda hoje para se reunir com o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro para solicitar que as bases tenham reforços do Exército no combate a aftosa e para impedir a entrada de gado infectado vindo do país vizinho.