Economia

DPVAT

Seguro obrigatório dispara e indenização fica congelada

Seguro obrigatório dispara e indenização fica congelada

VERA HALFEN

19/12/2010 - 01h10
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O valor do seguro obrigatório para veículos (DPVAT), que indeniza as pessoas envolvidas em acidentes, não é reajustado desde 2007. O prêmio fixado em até R$ 13.500 para morte ou invalidez e até R$ 2.700 para custos com hospital, estão congelados. Por outro lado, no mesmo período, os condutores de motocicletas e ciclomotores viram o valor do seguro disparar de R$ 184,54 em 2007, para R$ 279,27 para 2011, resultando em um reajuste de 51,3%. Também os proprietários de automóveis e comerciais leves, que pagavam R$ 84,87 em 2007, pagarão R$ 101,16 de seguro para 2011, apontando aumento de 19,2%.

O valor do seguro por morte ou invalidez, representava 35,5 salários mínimo em 2007, porém, ao manter o prêmio sem reajuste, hoje a equivalência caiu para 26,4 salários. O seguro foi criado em 1974, por meio da Lei 6194/1974 que estabelecia, no art. 3º, alíneas a, b e c, indenização de até 40 vezes o valor do salário mínimo para morte ou invalidez e até oito vezes o salário, no caso de despesas com hospital. Porém, a Lei foi alterada  três vezes e as alíneas foram revogadas, estabelecendo os valores indenizatórios em R$ 13.500 e R$ 2.700.

De acordo com dados do DPVAT, que disponibiliza a evolução dos valores cobrados durante os últimos de dez anos, em 2002 o prêmio do seguro estava em R$ 6.754. Os veículos e comerciais leves pagavam R$ 48,42 a as motocicletas, R$ 87,60. Ao estabelecer uma linha de 2002 até 2011, o seguro aumentou, nesses dez anos, 218,8% para motos e 109% para veículos. Já o reajuste sobre o seguro, foi de 99,9%.

Tributo
O advogado tributarista, Clélio Chiesa, avalia que a cobrança do denominado “seguro” é bastante controvertida quanto à natureza. “No meu entendimento, o DPVAT é mais uma tributação. É uma maneira que o Governo tem para suprir os custos decorrentes dos acidentes com veículos”, enfatiza. Por outro lado, ele ressalta, porém, que ao criar um tributo, o Governo tem de ter o cuidado em proporcionar o retorno dessa cobrança. “É apenas mais um ônus para o contribuinte, pois caracteriza tributo”.

Chiesa explica, também, que a cobrança do SAT (Seguro Acidente de Trabalho), pago pelas empresas, já foi reconhecido pelo Judiciário, como sendo um tributo. “O DPVAT tem as mesmas características do SAT, portanto, deveria ser chamado de tributo”.

Taxa

Mato Grosso do Sul não vai aderir à cobrança do novo Dpvat em 2025

Extinto no governo de Jair Bolsonaro, o seguro obrigatório de proteção às vítimas será cobrado pela Caixa

01/11/2024 08h30

Paulo Ribas/Correio do Estado

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Mato Grosso do Sul é um dos estados que não deverá aderir à cobrança do novo Seguro de Proteção às Vítimas de Acidentes de Trânsito (Spvat), reinstituído pelo governo federal e que começará a vigorar em 2025. Sob o argumento de políticas prioritárias de incentivo econômico e redução de impostos, o Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS) informou que, pelo menos até 2026, não fará convênio com a Caixa Econômica Federal, responsável pela arrecadação do tributo.

Após ser extinto no governo de Jair Bolsonaro, em 2020, o antigo seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (Dpvat) retornará no ano que vem sob o nome de Spvat. A medida foi reinstituída pela Lei Complementar nº 207, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em maio deste ano.

Embora o seguro seja agora obrigatório para o licenciamento de veículos, seis estados já anunciaram que não vão realizar a cobrança junto com o Imposto sobre Propriedades de Veículos Automotores (IPVA) e o licenciamento de 2025, por meio dos Detrans.

Em nota ao Correio do Estado, o Detran-MS destacou que o governo do Estado atua desde o primeiro ano da gestão com foco na redução fiscal.

“Como política de desenvolvimento e crescimento econômico, a estratégia é não aumentar ou criar tributos. O programa Baixar Impostos para Fazer Dar Certo, por exemplo, é uma política voltada para a geração de empregos e renda, com incentivo a diversos setores, como comércio, alimentação, agronegócio, indústria, supermercados, atacadistas e transporte”, detalha o Detran-MS, em nota.

Ainda segundo o comunicado, no próximo ano, o Spvat será de responsabilidade integral da Caixa. “A arrecadação e a disponibilização dos recursos para as indenizações às vítimas de acidentes são de inteira responsabilidade da União, por intermédio da Caixa Econômica”, ressalta o departamento.

O Detran-MS ainda pontua que o banco público deverá comunicar ao País como se dará a cobrança do novo tributo. “Tão logo tal definição seja publicada, o governo de Mato Grosso do Sul e o Detran-MS, que prezam pelo bem-estar, praticidade, economia de tempo e desburocratização, avaliarão as possibilidades que ofereçam soluções que facilitem a vida do cidadão sul-mato-grossense. Um eventual convênio só teria validade a partir de 2026”, reforça o Detran-MS.

ESTADOS 

Outros seis governadores se recusam a aderir à cobrança do seguro junto com o IPVA e o licenciamento de 2025. Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Romeu Zema (Novo-MG), Jorginho Mello (PL-SC), Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) e Ratinho Júnior (PSD-PR) são os governadores que já se posicionaram contrariamente.

Até o momento, apenas os estados da Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Paraíba e Sergipe, que são governados por aliados de Lula, confirmaram a cobrança do seguro.

Pela proposta do governo federal, os Detrans serão responsáveis pela taxação, por meio da inclusão do tributo no licenciamento do veículo e no IPVA de 2025, repassando a maior parte dos valores para a União.

RESISTÊNCIA 

O Spvat gerou reações de lideranças estaduais e ex-autoridades. O ex-presidente Jair Bolsonaro, que extinguiu o Dpvat durante seu governo, criticou a medida em uma postagem recente no X (antigo Twitter): “O presidente Jair Bolsonaro extinguiu o Dpvat; Lula o traz de volta com tudo e toda a sua sanha de mais taxas e impostos”. 

Governadores como Ronaldo Caiado, de Goiás, também manifestaram forte oposição. Em um vídeo, Caiado questionou a responsabilidade do governo federal sobre os recursos públicos. “Se o governo está com problemas de caixa, que tenha juízo e trate o dinheiro público com responsabilidade”, afirmou. 

Outros governadores reforçaram a recusa. Ibaneis Rocha, do Distrito Federal (DF), anunciou nas redes sociais que não cobrará o Spvat em 2025: “No DF, optamos por não implementar a cobrança do novo Dpvat, para priorizar o bem-estar da população e evitar custos adicionais para as famílias”.

Já Romeu Zema, de Minas Gerais, classificou o retorno da taxa como “um absurdo”, criticando o Dpvat por ser “um imposto disfarçado de seguro, beneficiando apenas os amigos”.

Santa Catarina também manifestou sua oposição ao convênio. O governador Jorginho Mello declarou que não participará do acordo com o governo federal para a cobrança, alegando que tal medida “causaria aumento de impostos para o catarinense, contrariando nossos esforços em não aumentar tributos”. 

Apesar da repercussão causada pela resistência dos governadores, especialistas afirmam que isso não deverá impedir a cobrança do seguro obrigatório. Segundo Marco Fabrício Vieira, conselheiro do Conselho Estadual de Trânsito de São Paulo (Cetran-SP), os estados não têm competência para barrar a cobrança de um seguro federal obrigatório.

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LOTERIA

Resultado da Lotofácil de ontem, concurso 3234, quinta-feira (31/10): veja o rateio

A Lotofácil é uma das loterias mais populares no Brasil, com sorteios realizados seis vezes por semana, de segunda a sábado; veja números sorteados

01/11/2024 08h15

Confira o resultado da Lotofácil

Confira o resultado da Lotofácil

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 3234 da Lotofácil na noite desta quinta-feira, 31 de outubro de 2024, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 4 milhão. Uma aposta de São Paulo (SP) acertou as 15 dezenas sorteadas e levou o prêmio máximo.

  • 15 acertos - 1 aposta ganhadora (R$ 4.696.677,53);
  • 14 acertos - 312 apostas ganhadoras (R$ 2.022,37 cada);
  • 13 acertos - 10.502 apostas ganhadoras (R$ 30,00 cada);
  • 12 acertos - 133.355 apostas ganhadoras (R$ 12,00 cada);
  • 11 acertos - 780.952 apostas ganhadoras (R$ 6,00 cada);

Cinco apostas de MS - quatro de Campo Grande e uma de Costa Rica - acertaram 14 dos 15 números sorteados e embolsaram R$ 2.022,37 cada.

Confira o resultado da Lotofácil de ontem!

Os números da Lotofácil 3234 são:

  • 17 - 14 - 22 - 11 - 19 - 21 - 10 - 16 - 12 - 05 - 06 - 18 - 09 - 23 - 24

O sorteio da Lotofácil é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal oficial da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: 3235

Como a Lotofácil tem seis sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na sexta-feira, 1º de novembro , a partir das 20 horas, pelo concurso 3235. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Lotofácil é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 3,00 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 15 dente as 25 dezenas disponíveis, e fatura prêmio se acertar 11, 12, 13, 14 ou 15 números.

Como apostar na Lotofácil

Os sorteios da Lotofácil são realizados diariamente, às segundas, terças, quartas, quintas, sextas-feiras e sábados, sempre às 19h (horário de MS).

O apostador marca entre 15 e 20 números, dentre os 25 disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 11, 12, 13, 14 ou 15 números.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 12, 18 ou 24 concursos consecutivos através da Teimosinha.

A aposta mínima, de 15 números, custa R$ 3,00.

Os prêmios prescrevem 90 dias após a data do sorteio. Após esse prazo, os valores são repassados ao Tesouro Nacional para aplicação no FIES - Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com 15 dezenas, que custa R$ 3,00, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 3.268.760, segundo a Caixa.

Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 211, ainda segundo a Caixa.

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