Economia

REPERCUSSÃO

Taxa de juros do cartão de crédito é a maior em 10 anos

Taxa de juros do cartão de crédito é a maior em 10 anos

Carlos Henrique Braga

27/11/2010 - 02h30
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O Conselho Monetário Nacional (CMN) aliviou a cobrança de tarifas dos cartões de crédito mas não mexeu no principal: o juro, estabelecido livremente pelas empresas. As taxas são as mais altas dos últimos dez anos. Em outubro, a média foi de 10,69% ao mês, menor só do que a de junho de 2000 (10,7%), segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Até o cheque especial, que sempre levou a culpa pelo descontrole das contas, foi mais camarada, cobrando 7,44%.

A professora aposentada Nelice Pereira Sales, de Campo Grande, recebeu, ontem, a fatura e levou um susto. "Pensei que fosse pagar R$ 700, veio R$ 1,5 mil", reclamou, ainda surpresa. É uma bola de neve. No mês passado, ela não pagou o total e agora vai ter de pagar R$ 70 de juros e encargos. Na carteira, só há um cartão, que é emprestado aos filhos, "mas com moderação". O outro está na gaveta, longe das maquininhas.

No mês que vem, Nelice, que tem deixado as contas desandarem, vai se assustar de novo com a fatura, mas não sozinha. Segundo pesquisa do comércio de Campo Grande, o número de famílias que não têm como pagar as dívidas cresceu de 7% para 12%, em novembro. São 30,6 mil. A maior parte (60,9%) está pendurada no cartão.

Para colocar um freio nisso, o CMN obrigou bancos a subir de 10% para 20%, até 2012, por etapas, o valor mínimo de pagamento da conta. "Isso é hiperpositivo, mas as pessoas não podem esquecer que quando pagam o mínimo ainda deixam 80% da conta, mais juros, para trás", alerta o economista da Federação do Comércio (Fecomércio-MS), Thales de Souza.

Todo mundo sabe que o ideal é não deixar nada para trás, mas nem sempre as contas fecham no final do mês. A bancária Kelen Alves Godoy, que admite um certo descontrole por roupas, cancelou o cartão e debita tudo no do marido. As contas são divididas, e a tentação ganhou um freio. "Com o cartão na mão, queria roupa toda hora", lembra.

A aposentada Irma Miranda não desistiu de tentar decifrar as letras miúdas das faturas e cancelou os seus. Hoje paga tudo à vista e não desgruda dos conselhos dos economistas para colocar as finanças em ordem. "Ultimamente ando prestando muita atenção neles", diz.

Economia

Campo Grande registra 2,8% de desocupação, a 2° menor entre capitais

No âmbito estadual, Mato Grosso do Sul registrou 2,26 milhões de pessoas em idade para trabalhar, número estável em comparação ao mesmo período de 2023

22/11/2024 15h00

Campo Grande registra 2,8% de desocupação, a 2° menor entre capitais

Campo Grande registra 2,8% de desocupação, a 2° menor entre capitais Reprodução Internet

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A taxa de desocupação em Campo Grande atingiu 2,8% no terceiro trimestre de 2024, conforme dados da PNAD Contínua, divulgados nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O índice, que representa uma queda de 1,2 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre anterior, é o segundo menor entre as capitais do país. Campo Grande, que liderava o ranking, foi superada por Cuiabá, onde a taxa de desocupação chegou a 2,7%.  

No âmbito estadual, Mato Grosso do Sul registrou 2,26 milhões de pessoas em idade para trabalhar, número estável em comparação ao mesmo período de 2023. Destas, 1,49 milhão estavam na força de trabalho, sendo 1,43 milhão ocupadas e 57 mil desocupadas.  

Segundo o IBGE, é considerada ocupada a pessoa em idade apta para trabalhar que exerceu, de forma remunerada, pelo menos uma hora de atividade na semana de referência, incluindo trabalhos formais e informais. Os desocupados são aqueles que não se enquadram nesse perfil.  

O nível de ocupação em Mato Grosso do Sul foi de 64,2%, um aumento de 0,8 p.p. em relação ao trimestre anterior e ao mesmo período do ano passado, sendo ambos os resultados considerados estáveis.  

Entre os estados, a taxa de desocupação de Mato Grosso do Sul (3,8%) foi a quarta menor, atrás de Rondônia (2,1%), Mato Grosso (2,3%) e Santa Catarina (2,8%). Pernambuco, por sua vez, apresentou a maior taxa, com 10,5%.  

Campo Grande registra 2,8% de desocupação, a 2° menor entre capitais

No Brasil, a taxa de desocupação no terceiro trimestre de 2024 foi de 6,4%, representando uma queda de 0,5 p.p. em relação ao trimestre anterior (6,9%) e de 1,3 p.p. frente ao mesmo período de 2023 (7,7%).  

Por gênero, a taxa nacional foi de 5,3% para homens e 7,7% para mulheres. Já por cor ou raça, a desocupação foi inferior à média para brancos (5,0%) e superior para pretos (7,6%) e pardos (7,3%).  

Empregos e setores  

Mato Grosso do Sul manteve estabilidade no número de empregados, totalizando 1,06 milhão no terceiro trimestre, ante 1,05 milhão no trimestre anterior. Deste total, 757 mil atuam no setor privado, 209 mil no setor público e 98 mil como trabalhadores domésticos.  

O número de empregados no setor privado com carteira assinada registrou variação de 12 mil pessoas, mas foi considerado estável em relação ao trimestre anterior (1,6%) e ao mesmo período de 2023 (3,5%). No setor privado sem carteira assinada, o total permaneceu em 172 mil, também estável frente ao trimestre anterior (5,5%).  

Os dados reforçam a recuperação gradual do mercado de trabalho no estado e no país, com índices de ocupação superiores aos registrados em 2023 e avanços consistentes na redução da desocupação.


 

Imposto de renda

Veja se recebeu a restituição do IR 2024

Receita Federal liberou a consulta ao segundo lote residual de restituição

22/11/2024 14h00

Aplicativo da Receita federal

Aplicativo da Receita federal Divulgação

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A Receita Federal anunciou que a partir desta sexta-feira (22), os contribuintes poderão consultar o segundo lote residual de restituição do Imposto de Renda 2024.

Como consultar a restituição

Para verificar se a restituição está disponível, o contribuinte deve seguir estes passos:

  1. Acessar o site da Receita Federal
  2. Clicar em "Meu Imposto de Renda"
  3. Em seguida, selecionar "Consultar a Restituição"

A consulta também pode ser realizada através do aplicativo Meu Imposto de Renda, disponível para smartphones e tablets.

Informações necessárias

Para realizar a consulta, o contribuinte precisará informar:

  • CPF
  • Data de nascimento
  • Ano do exercício da declaração (2024)

Pagamento e valores

O crédito bancário para 221.597 contribuintes será realizado no dia 29 de novembro, totalizando R$ 558,8 milhões. Deste montante, R$ 306,8 milhões serão destinados a contribuintes com prioridade legal.

O lote contempla os seguintes grupos prioritários:

  • 4.802 contribuintes idosos acima de 80 anos
  • 34.287 contribuintes entre 60 e 79 anos
  • 3.570 contribuintes com deficiência física ou mental ou moléstia grave
  • 8.898 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério

Além disso, 88.246 contribuintes não prioritários que utilizaram a declaração pré-preenchida ou optaram por receber a restituição via PIX também serão contemplados.

Dicas para futuros lotes

Para quem não foi contemplado neste lote, é importante manter os dados cadastrais atualizados junto à Receita Federal. Caso haja alguma pendência na declaração, o contribuinte pode realizar a retificação para corrigir eventuais erros.

Lembre-se de que a Receita Federal nunca envia e-mails ou mensagens solicitando dados pessoais dos contribuintes. Portanto, mantenha-se atento a possíveis tentativas de golpes.

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