Cidades

circulação

Tráfico da Rocinha movimenta até R$ 2 milhões por semana

Tráfico da Rocinha movimenta até R$ 2 milhões por semana

r7

20/04/2011 - 00h00
Continue lendo...

Apesar de a Polícia Civil ter comemorado a apreensão de três toneladas de maconha, avaliadas em aproximadamente R$ 3 milhões, os traficantes da Rocinha, em São Conrado, na zona sul do Rio, são capazes de recuperar o prejuízo em pelo menos 15 dias.

De acordo com estimativas da Dcod (Delegacia de Combate às Drogas), a venda de drogas na favela movimenta de R$ 1,8 milhão a R$ 2 milhões por semana. Em um mês, a circulação de dinheiro pode girar em torno de R$ 8 milhões. A Rocinha é considerada a favela que mais vende drogas no Rio de Janeiro, principalmente cocaína.

Dominado pela mesma facção criminosa, o Complexo de São Carlos, no Estácio, região central da cidade, movimenta aproximadamente R$ 1 milhão, de acordo com a contabilidade da quadrilha apreendida pela Dcod.

A localização da Rocinha, numa das regiões mais nobres da cidade, é favorável ao tráfico pelo alto poder aquisitivo da população que vive nos bairros da região. Segundo o delegado Pedro Medina, uma modalidade que vem ganhado força na Rocinha é o investimento nos chamados vapores.

- É uma modalidade que vem ganhando força principalmente após a implantação das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora). As pessoas pegam a droga na favela para revender no asfalto. É uma forma muito lucrativa, porque os usuários não precisam ir até a favela para comprar a droga.

Outra modalidade frequente na zona sul é o disque-drogas, na qual motociclistas levam a droga em casa. A Rocinha é uma das poucas favelas onde há refinaria de cocaína. Apesar de nenhuma delas ter sido encontrada durante a operação desta terça-feira (19), foram achadas embalagens de produtos químicos usado no processo de refino da droga.

Abrigo para refugiados de UPPs

A favela da zona sul se transformou em abrigo para líderes do tráfico de outras favelas onde os traficantes perderam território para as UPPs. O criminoso conhecido como Coelho, que gerenciava a venda de drogas no Complexo de São Carlos, tinha até uma casa na favela.

De acordo com policiais ouvidos pelo R7, o criminoso ganharia uma boca de fumo lucrativa na Rocinha, caso fortalecesse o tráfico local com dinheiro e fuzis usados no São Carlos. A proposta teria sido feita por Nem, chefe do tráfico na Rocinha, mas não se concretizou.

Outros líderes do São Carlos, conhecidos como Lindinho e Jiló também estariam na Rocinha, assim como chefes do tráfico no morro dos Macacos, em Vila Isabel, na zona norte do Rio, conhecidos como Scooby e Bebezão.

Nenhum deles foi preso, embora a polícia tenha encontrado a casa de Coelho na Rocinha. Um dos motivos apontados para a falta de prisões importantes foi o vazamento de informações da operação, que a Polícia Civil não confirmou.

A operação desencadeada nesta terça-feira, contou com cerca de 200 policiais civis de várias delegacias. Até o fim da manhã de terça, 11 pessoas haviam sido presas e 42 veículos apreendidos. Além da droga, foram estouradas duas centrais clandestinas de TV por assinatura e um local onde eram produzidas mídias piratas. Farto material falsificado, como tênis e roupas também foram encontrados.

BRIGA POR FAZENDA

Vistoria da Iagro é adiada e "mistério" sobre bois continua

Contagem do gado na Fazenda Clarão da Lua estava previsto para acontecer ontem

15/04/2025 10h00

Gado clandestino na Fazenda Clarão da Lua, no Pantanal da Nhecolândia; animais não estão registrados na Iagro

Gado clandestino na Fazenda Clarão da Lua, no Pantanal da Nhecolândia; animais não estão registrados na Iagro Foto: Divulgação

Continue Lendo...

Marcada para acontecer ontem, a vistoria da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) na Fazenda Clarão da Lua, no Pantanal da Nhecolândia, onde supostamente havia bovinos clandestinos, foi remarcada para o dia 22 e, com isso, o “mistério” sobre a situação do gado continua.

Na semana passada, após reportagem do Correio do Estado mostrar que uma briga judicial teria descoberto que 1,6 mil bovinos que estão na Fazenda Clarão da Lua simplesmente não existem para a Iagro. A agência afirmou que o gado não representa risco sanitário ao status de área livre de febre aftosa sem vacinação.

O status de área livre de febre aftosa sem vacinação conquistado por Mato Grosso do Sul foi reconhecido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

De acordo com a Iagro, a vistoria para contagem do gado e conferência da documentação dos animais que havia sido marcada para ontem foi transferida para a semana que vem, a pedido de um dos envolvidos na briga judicial.

“A Iagro informa que a contagem do rebanho estava agendada para esta segunda-feira, 14 de abril. No entanto, na sexta-feira, dia 11 de abril, foi proferida uma decisão judicial que determinou a reintegração de posse em favor de uma das partes envolvidas. Em decorrência dessa decisão, a parte beneficiada solicitou o reagendamento da contagem para o dia 22 de abril, a fim de viabilizar o deslocamento da equipe responsável pelo manejo e reunião do gado”, declarou a agência.

A disputa judicial envolve três pessoas: o ex-proprietário Marcos Garcia Azuaga, Rodrigo Ricardo Ceni, que comprou a fazenda e a revendeu quatro dias depois, e Amerco Rezende de Oliveira, que comprou a fazenda, mas arrendava o local há mais de 10 anos. 

Agora que a fazenda terá de ser devolvida a Oliveira, arrendatário da terra há mais de 10 anos, a exigência é de que o gado seja minimamente contado e que exista documentação. Porém, no sistema de controle da Iagro, não consta nenhum documento.

A reintegração de posse foi dada no dia 7, apesar de a alegação da Iagro apontar para o dia 11.

“A mesma parte alegou ainda que houve danos à estrutura da sede da propriedade, supostamente causados pela parte contrária, o que teria comprometido as condições de permanência das equipes envolvidas na contagem. Um boletim de ocorrência foi registrado relatando o episódio de depredação”, completou a nota da agência.

PRIMEIRA VISITA

Os técnicos da Iagro já estiveram na Fazenda Clarão da Lua, que tem 3 mil hectares de área, com um oficial de Justiça. Na ocasião, vistoriaram o local e confirmaram a existência dos bovinos.

“Todos em bom estado sanitário e sem sintomas de doenças infectocontagiosas”, afirmou a Iagro em nota na semana passada. No entanto, a justificativa da agência de que o gado não representa risco sanitário seria uma “pulada de cerca”.

“Durante a inspeção, realizada a partir de notificação judicial, foram identificadas marcas compatíveis com o cadastro de uma propriedade vizinha, registrada em nome de uma das partes envolvidas no litígio. Houve movimentação dos animais entre as áreas sem a devida comunicação ao órgão, o que configura infração administrativa e será devidamente apurada. O proprietário responsável será autuado conforme prevê a legislação sanitária vigente”, informou nota da semana passada.

A exposição do gado sem qualquer registro na fazenda veio dias antes da viagem das autoridades de Mato Grosso do Sul a Paris, na França, onde o Estado receberá da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) o status de área livre da febre aftosa sem vacinação.

*Colaborou Eduardo Miranda

Assine o Correio do Estado

Cidades

Mulher é presa por usar produtos proibidos em procedimentos estéticos

Ação aconteceu na tarde desta segunda-feira (14); ela é investigada por exercer ilegalmente a medicina, expor a saúde de terceiros a risco, induzir consumidores a erro e vender produtos impróprios para o consumo

15/04/2025 09h45

Mulher é presa por usar produtos proibidos em procedimentos estéticos

Mulher é presa por usar produtos proibidos em procedimentos estéticos Polícia Civil

Continue Lendo...

Uma mulher de 31 anos foi presa na tarde desta segunda-feira (14), no bairro Piratininga, em Campo Grande, por exercer ilegalmente a medicina, expor a saúde de terceiros a risco, induzir consumidores a erro e vender produtos impróprios para o consumo. 

As investigações tiveram início após um alerta da Vigilância Sanitária Municipal, que apontou que a mulher estaria aplicando ácido botulínico, ácido hialurônico e, possivelmente, PMMA – substância de uso restrito e altamente perigosa. 

Devido ao fato da mulher mudar constantemente de endereço, permanecendo no máximo três meses em cada local, a localização foi dificultada. Para ajudar, os investigadores passaram a monitorar clientes que procuravam serviços estéticos permitidos, como aplicação de cílios, unhas e tratamentos capilares.

Com isso, a equipe conseguiu identificar o novo endereço da autora e efetuou a prisão logo após ela realizar um procedimento conhecido como Skinbooster, de uso exclusivo por profissionais médicos.

Já no local foi constatado condições precárias por não apresentar o mínimo de higiene,  foram apreendidos agulhas, ácidos e substâncias proibidas no Brasil, como o Lipostabil, utilizado ilegalmente para fins de emagrecimento. A Vigilância Sanitária lacrou o estabelecimento.

Outra irregularidade observada foi o descarte irregular de materiais contaminantes, como agulhas usadas, colocando em risco os profissionais da coleta de lixo.

Por fim, os preços cobrados pelos procedimentos levantaram suspeitas de hiperdiluição dos produtos, no entanto, foram localizadas notas fiscais dos insumos, o que afastou, por ora, a hipótese de furto. 

A mulher foi conduzida à delegacia e deve ser apresentada à audiência de custódia. As investigações continuam.

**Com assessoria**

Assine o Correio do Estado 
 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail marketing@correiodoestado.com.br na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).