Cidades

CAMPO GRANDE

Transporte coletivo perdeu 27,6 milhões de passageiros pagantes

Transporte coletivo perdeu 27,6 milhões de passageiros pagantes

DANIELLA ARRUDA

03/06/2012 - 16h30
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Embora a população de Campo Grande tenha crescido 32,4% entre 1995 e 2011, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de passageiros pagantes no transporte coletivo da Capital despencou 32,5% no mesmo período, considerando as estatísticas da Associação das Empresas de Transporte Urbano de Campo Grande (Assetur).

Enquanto em 1995 84,903 milhões de passageiros pagavam a tarifa para utilizarem o serviço, no ano passado esse contingente foi de 57,290 milhões, o que em dados atuais representa prejuízo de R$ 80 milhões para as operadoras do serviço na cidade. Quando considerado o universo geral de passageiros dos ônibus urbanos, a queda foi de 14,9% nesse intervalo — de 92,87 milhões de pessoas transportadas na época para 79,03 milhões.

Ascensão das motocicletas e dos carros de passeio, graças à redução de impostos e facilidades de compra para o cidadão comum a partir da década passada; popularização do acesso à tecnologia, dispensando deslocamentos para agências bancárias e outros serviços, e ainda a modernização do próprio sistema de transporte coletivo, com a construção de novos terminais e a criação da integração temporal dentro do sistema de bilhetagem eletrônica, integram o conjunto de fatores que podem ter contribuído para a saída de 27,613 milhões de passageiros do transporte público da Capital sul-mato-grossense, quase 1,6 milhão por ano, segundo avaliação da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) e das próprias empresas. 

FIM DOS CONFLITOS

Após acordo histórico, governo federal mira 51 terras indígenas em Mato Grosso do Sul

Equipe ministerial já vistoriou os territórios que são de retomada, mas a União ainda não definiu quais serão os prioritários

30/09/2024 09h00

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No "massacre de Caarapó", em 2026, um indígena foi morto Foto: Valdenir Rezende/arquivo

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Desde a criação do Gabinete de Crise do Ministério dos Povos Indígenas (MPI) há um ano, para acompanhar as violações de direitos humanos do povo guarani-kaiowá, equipes do governo federal já vistoriaram 51 territórios reivindicados pelos indígenas em Mato Grosso do Sul. Tratam-se de áreas 
de retomada e que estão na mira da União para uma possível solução, assim como foi realizado na semana passada com a Terra Indígena (TI) Ñande Ru Marangatu, em Antônio João.

Segundo o secretário-executivo do MPI, Eloy Terena, a prioridade do governo federal para a finalização de demarcações de terras indígenas no Brasil é o povo guarani-kaiowá em MS. Entre esses territórios, o Gabinete de Crise do MPI já fez “várias visitas in loco”, como nessas 51 áreas na porção sul do Estado.

“Assim, estão sendo construídos tecnicamente os parâmetros para as próximas medidas, mas ainda não há uma lista definida”, declarou Eloy ao Correio do Estado, ao ser questionado sobre qual seria a próxima prioridade da Pasta, após solucionar o conflito entre indígenas e fazendeiros em 
Antônio João, que já durava décadas.

Dessas 51 áreas de retomada indígena que já foram vistoriadas pelo ministério, uma delas é a TI Guasuti, em Aral Moreira, onde dois indígenas foram encontrados mortos carbonizados na casa onde moravam.

As mortes de Sebastiana Galton, de 92 anos, e Rufino Velasque, sem idade informada, líderes espirituais indígenas na casa de reza onde viviam, em setembro do ano passado, deu origem ao gabinete do MPI, que tem por objetivo acompanhar a situação de violação de direitos humanos 
do povo guarani-kaiowá.

“Todos os casos de Mato Grosso do Sul são muito complexos, porque, de um lado, se trata de uma região que tem historicamente a inequívoca presença dos povos indígenas. Portanto, a gente tem aqui um desafio de buscar, de forma inaugural, dentro do regime constitucional que nós vivemos, instrumentos administrativos que contemplem todos esses interesses legítimos que estão em jogo”, disse Eloy Terena.

“Estamos compromissados em garantir o direito ao território das comunidades indígenas e, a partir disso, implementar políticas públicas culturalmente adequadas”, adicionou o secretário-executivo.

TERRAS REIVINDICADAS

Segundo reportagem do Correio do Estado de junho de 2023, levantamento da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) mostra que existem 33 territórios com a posse dos indígenas confirmada pelo governo federal (quatro homologados e 29 regularizados) no Estado. Mesmo assim, algumas delas ainda seguem contestadas por proprietários rurais na Justiça, o que tem travado a efetivação da demarcação.

Um dos exemplos é a TI Guyraroká, em Caarapó. Após ter sido demarcada, a decisão foi judicializada, e em 2014 o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu anular a posse indígena com base no marco temporal. Porém, quase 10 anos depois, a mesma Corte entendeu que a tese não é válida, contudo, o processo dessa área da etnia guarani-kaiowá continua parado.

Situação semelhante também ocorre em outros territórios guarani-kaiowá no sul do Estado, como na TI Jata Yvary, em Ponta Porã, que também está com o processo de demarcação paralisado, e na TI Dourados-Amambaipeguá I, em Caarapó, que foi delimitada em 2016, mas contestada por fazendeiros.

No caso dessa segunda terra, um dos confrontos entre indígenas e fazendeiros ficou conhecido como o massacre de Caarapó, em que o indígena Clodiode Aquileu de Souza, agente de saúde da comunidade, morreu ao ser atingido por um tiro enquanto socorria outros feridos, entre eles seu irmão, Jesus de Souza. Ao todo, seis indígenas foram hospitalizados com ferimentos graves.

Outro confronto recente ocorreu na TI Panambi – Lagoa Rica, em Douradina, onde indígenas e fazendeiros seguem em conflito. Foi necessária a presenta da Força Nacional na região para evitar novos confrontos. Nesse caso, o MPI está em conversas com os fazendeiros para chegar a uma solução.

ANTÔNIO JOÃO

Na semana passada, os governos federal e de Mato Grosso do Sul conseguiram por fim a um conflito entre indígenas e fazendeiros que já durava décadas. Em audiência de conciliação no STF, a União e o Estado se comprometeram a pagar R$ 146 milhões a fazendeiros de Antônio João como indenização para que a TI Ñande Ru Marangatu seja definitivamente entregue aos indígenas.

Essa foi a primeira vez que uma situação do tipo ocorre no País, e a expectativa de ambos os lados – indígenas e fazendeiros – é de que isso se reproduza em outras áreas reivindicadas.

Saiba

Segundo o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, existem mais de 30 territórios em litígio no Estado. Desses, seis seriam a prioridade para a firmação de acordos, por se tratarem de locais onde os confrontos são mais intensos. As seis áreas citadas se enquadram no grau de litígio 1, isto é, prioritários.

Saúde

Farmácias passam oferecer eletrocardiograma de uso doméstico para consumidores

Aparelho custa em média R$ 1,5 mil e está disponível em grande reses

29/09/2024 22h00

Equipamento poderá ser adquirido por consumidores em farmácias

Equipamento poderá ser adquirido por consumidores em farmácias Foto/Reprodução

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O primeiro eletrocardiograma de uso doméstico já está disponível nas farmácias brasileiras. Nomeado de Complete, o dispositivo foi desenvolvido pela multinacional japonesa Omron Healthcare e foi lançado em congressos de cardiologia nos EUA e no Brasil neste ano.

O aparelho pode ser encontrado nas drogarias Pague Menos, Sinete, Extrafarma, São Paulo e Pacheco, com um preço em torno de R$ 1.500.

O equipamento realiza o eletrocardiograma e afere a pressão arterial ao mesmo tempo. De fácil manuseio, pode ser usado por qualquer pessoa. O resultado, que não se trata de um laudo, é transmitido ao médico em cerca de 30 segundos. Para isso, é preciso baixar o aplicativo.


A inspiração para a criação do aparelho surgiu de uma diretriz da Sociedade Europeia de Cardiologia sobre Fibrilação Atrial que recomendou, em 2021, a realização de um eletrocardiograma diário em pacientes acima de 65 anos.


No Brasil, a fibrilação atrial afeta mais de 5 milhões de pessoas. Caracterizada pela frequência cardíaca irregular, a doença aumenta o risco de AVC (Acidente Vascular Cerebral) em pacientes não diagnosticados.
Quando sintomática, o principal alerta é a arritmia. De 14% a 22% dos casos de fibrilação atrial a causa é a hipertensão.


A condição não diagnosticada, por sua vez, é três vezes mais comum em pessoas com pressão alta.
Estudos indicam que os hipertensos com mais de 65 anos de idade têm três vezes mais chances de desenvolver fibrilação atrial em comparação com aqueles indivíduos com pressão arterial normal. Além disso, pacientes com a condição têm cinco vezes mais chances de ter um AVC.
 

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