Comprar medicamentos controlados sem receita médica é ilegal e perigoso para a saúde. Todos sabem ou deveriam saber disso. Mas, que atire a primeira pedra quem nunca comprou ou sabe de alguém que já consumiu remédios sem a prescrição de um médico. Segundo reportagem de hoje (19) do jornal Correio do Estado, em Campo Grande, conforme levantamento realizado pelo Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ) em parceria com o Datafolha, 12% dos medicamentos com tarjas preta ou vermelha são vendidos pelas farmácias mesmo que o cliente não apresente a receita. No Brasil, a pesquisa apontou índice de consumo ilegal maior, de 20%.
“Tive dor de ouvido uma segunda vez e até eu conseguir uma consulta com um médico eu ia ter de ficar com a dor. Então, resolvi tomar o mesmo remédio que o médico me receitou uma vez. Meu tio comprou para mim, numa farmácia que ele conhece”, admitiu a entrevistada do Correio do Estado, de 30 anos, que pediu para ter a identidade preservada. A compra foi feita em uma farmácia da região do Coophasul, na Capital.
A mulher conta que não foi só desta vez que recorreu a esta farmácia e que os dois medicamentos que o tio comprou para ela eram antibióticos, medicamentos de venda controlada e que as drogarias precisam reter as receitas. Só não se sabe como o estabelecimento em questão consegue fazer a venda, sem ser “pego” pela ilegalidade. A reportagem é de Anahí Zurutuza.