Economia

Operadoras

Vendas de chips devem voltar em 15 dias

Vendas de chips devem voltar em 15 dias

G1

24/07/2012 - 13h49
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O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou nesta terça-feira (24) que o governo espera que, de 10 a 15 dias, as operadoras de telefonia móvel apresentem soluções de curto prazo para falhas nos serviços e que as vendas de chips sejam retomadas.

As operadoras de telefonia Claro, Oi e TIM estão impedidas de comercializar chips e serviços de internet a partir da zero hora desta segunda-feira (23), em estados onde lideraram os índices de reclamações sobre a qualidade de seus serviços. A medida, imposta pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), exige que as empresas apresentem um plano de investimentos contendo metas para a solução dos problemas. A liberação das vendas depende da aprovação desses planos pela Anatel – que é uma agência independente.

O ministro reuniu-se por cerca de duas horas manhã desta terça-feira (24) com a presidente Dilma Rousseff no Palácio da Alvorada. Ela está “muito interessada” no assunto, relatou Paulo Bernardo, mas cobrou uma solução para o problema.

Economia

Indústria retoma espaço sob Lula e entrada na competição com o agro

Movimento é observado após plano de crédito e subsídios voltado ao setor e melhora na atividade

03/11/2024 22h00

Indústria de alimentos é a que mais gera empregos no Brasil, diz IBGE

Indústria de alimentos é a que mais gera empregos no Brasil, diz IBGE Divulgação: Agência Brasil

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 Após o governo Lula (PT) lançar um plano de crédito e subsídios à indústria, o volume de empréstimos aprovados pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) ao setor é o maior em relação ao total em oito anos. De acordo com a instituição, o volume liberado de janeiro a setembro supera o montante destinado ao agronegócio -algo que não se via desde 2016.

O movimento é observado em meio à melhora da atividade no setor e à maior procura por financiamento após a criação das linhas do plano Nova Indústria Brasil, lançado em janeiro. A demanda dobrou neste ano, na comparação com um ano antes.

Apesar de a fotografia ser comemorada pelos representantes da iniciativa privada, o cenário para o ano que vem ainda é visto com cautela. Entre as causas, estão desde motivos já presentes há muitos anos -como a falta de competitividade e a concorrência com a China- até fatores mais recentes como o atual ciclo de aumento da taxa básica de juros (a Selic).
José Luis Pinho Leite Gordon, diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, afirma que a instituição está em um processo de gradual retomada do apoio ao setor após os números observados nos últimos governos.

"Nos anos anteriores aos do governo do presidente Lula, a indústria foi totalmente deixada de lado. O BNDES deixou de apoiar o setor industrial no sentido não só de financiamento, porque diminuiu muito, mas também deixou de ter uma diretoria que olhava para a indústria", afirma.

Ele diz que, no acumulado de janeiro a setembro, o setor contou com 27% de todo o crédito aprovado pelo BNDES -em comparação, a agropecuária ficou com 26%. No mesmo período do ano passado, a ordem era inversa. O campo ficou com 31% e as fábricas, com 18%.

"Estamos nos reaproximando do setor industrial sem deixar de apoiar os outros. Não queremos deixar de apoiar o agro nem a infraestrutura", afirma. "O agro também demanda máquinas e equipamentos do setor industrial. Não queremos deixar de apoiar isso".

A maior aprovação, no entanto, não aproxima os números aos do passado. Em meados dos anos 1990, por exemplo, a indústria liderava as aprovações e chegou a obter mais de 50% dos recursos concedidos pela instituição (ao longo dos anos, a infraestrutura passou a ser a campeã).

"Você não sai do nada e volta ao que era lá em 2010, no governo Lula, que era 40% [de aprovação para a indústria]. Você vai caminhar aos pouquinhos. E é isso que nós estamos fazendo", afirma Gordon.

Os números observados até meados do ano mostram que os segmentos de alimentos e bebidas (25% do total à indústria), mecânica (18%), química e petroquímica (12%) e transportes (12%) lideram as aprovações no setor.

A maior atenção à indústria vem no momento em que o BNDES como um todo tem emprestado mais. Nos últimos 12 meses até junho (último período com dados completos consolidados), foram aprovados R$ 208 bilhões aos diferentes setores. O valor representa o dobro do verificado dois anos antes (a preços constantes).
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou em evento no Palácio do Planalto o momento de aumento de investimentos do setor. "Depois de muito tempo, presidente [Lula], é a primeira vez que a indústria lidera o crescimento nesse último trimestre. E o investimento lidera o crescimento", disse na quarta-feira (30).

Mário Sérgio Telles, superintendente de Economia da CNI (Confederação Nacional da Indústria), afirma que o aumento que vem sendo observado neste ano é influenciado pela atividade mais aquecida no país e por um "efeito psicológico" gerado pelo plano do governo --com empresas buscando mais o BNDES devido ao anúncio.

"O BNDES tinha se fechado bastante para todos os setores e as aprovações tinham caído muito", diz. "É um momento de inflexão importante, com demanda maior, um mercado de trabalho crescendo e concessões de crédito avançando. As aprovações para a indústria cresceram significativamente em 2023 e estão crescendo neste ano em relação ao mesmo período do ano passado", afirma.

Apesar disso, ele faz ressalvas sobre a condição geral do setor e afirma que o custo de financiamento é apenas um dos grandes problemas da indústria. "Não é um momento espetacular. Longe disso", afirma.

Dados compilados pela CNI mostram que produção, faturamento, emprego e intenção de investimento na indústria cresceram nos últimos meses. A utilização da capacidade instalada, por outro lado, mostra uma melhora em agosto ainda com margem de elevação sem pressão nos preços.

"Você tem problema tributário, custo de energia, custos de infraestrutura e, vamos lembrar, nos últimos 15 anos tivemos a crise do Lehman Brothers e um crescimento muito grande da concorrência chinesa. Essa conjunção de fatores é que resultou nessa perda de competitividade da indústria brasileira", afirma.

Robson Gonçalves, economista e professor da FGV (Fundação Getulio Vargas), diz que os números vistos agora não necessariamente representam uma tendência e que o país vive um cenário de desindustrialização.

"O BNDES sozinho não conseguiria mudar isso. Você precisaria de uma política industrial. O governo anunciou uma; mas, depois disso, as importações de aço e vidro, por exemplo, aumentaram. O material de construção vindo do exterior praticamente dobrou em relação há alguns anos. Isso é desindustrialização", afirma.
Para ele, o cenário é de incertezas. "A demanda de recursos de longo prazo do BNDES exige que haja projetos de investimento. E, para que haja esses projetos, as empresas têm que ter um horizonte de investimento no qual confiam", diz.

 

*Informações da Folhapress 

Economia

Lula prioriza educação e evita discutir cortes de gastos

'Nem Estados Unidos, nem Venezuela , nem Nicarágua, hoje o assunto é o Enem', diz Lula

03/11/2024 21h00

Conversa com Lula sobre corte de gastos está avançando, diz Haddad

Conversa com Lula sobre corte de gastos está avançando, diz Haddad Agência Brasil

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se recusou a falar sobre a definição das medidas do pacote de corte de gastos, em visitas ao Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), na manhã deste domingo (3).

Questionado sobre o tema, Lula disse que não iria "discutir nenhum assunto que não seja sobre educação, nem mais nada", referindo-se a prova do Enem 2024, que terá a primeira parte neste domingo.

"Nem Estados Unidos, nem Venezuela , nem Nicarágua, hoje o assunto é o Enem e o ministro Camilo (da Educação) já prestou as informações a vocês", disse ao ser questionado também sobre a crise da Venezuela por jornalistas.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, cancelou viagem à Europa para se dedicar à definição das medidas do pacote de corte de gastos. O embarque estava previsto para à tarde esta segunda-feira (4).

A assessoria do Ministério da Fazenda informou neste domingo que o presidente Lula pediu ao ministro que permaneça em Brasília, dedicado aos temas domésticos.
A decisão ocorreu após estresse do mercado financeiro com a demora do anúncio das medidas de corte de gastos, que elevou as incertezas fiscais sobre a sustentabilidade da dívida pública num cenário de alta dos juros no Brasil.
 

*Informações da Folhapress 

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