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Ernesto Caruso: "Inconformados com o voto livre"

Militar reformado

Redação

25/02/2017 - 02h00
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A toda hora, pela TV basicamente, comentaristas, apresentadores e convidados escolhidos a dedo, nos “brindam” com chavões carcomidos e encobertos pela poeira que restou do Muro de Berlim.

A democracia deles só tem um lado, um viés, uma cor. Quando seus ídolos perdem nas eleições ou não estão bem nas campanhas eleitorais e nas pesquisas, os rótulos repetitivos ecoam pelo éter a denegrir a imagem dos que consideram de oposição às suas premissas ideológicas, ainda que distante fisicamente e não submetidos ao voto na Terra de Santa Cruz.

Claro, que tal orquestração mesmo se referindo ao exterior tem objetivo de fomentar a animosidade interna e fazer prevalecer o esquerdismo de vários matizes disputando o poder, cujas bandeiras são bastante conhecidas.

Antes, o candidato populista era aquele chegado ao assistencialismo; compra do voto pela boca do eleitor, do peixe posto na mesa; votando é que se recebe.

Agora, o populista nasce pela aspiração da sociedade em se sentir prioridade no recebimento da contrapartida em benefícios, como saúde, educação e segurança, na proporção do imposto que paga, e, rejeição à classe política putrefata mancomunada com empresários, ambos insaciáveis, que como reles roedores perambulam pelos esgotos do crime.

 As cenas da campanha eleitoral nos Estados Unidos foram marcadas pelo apoio dessa mídia à candidata Hilary Clinton, quase unanimidade estampada nas faces de desânimo, desencanto, diante da vitória de Trump. E daí, o que se viu? 

Os inconformados com o voto, Black blocs, que como no Brasil, vandalizaram em várias cidades americanas, a quebrar vitrines e a promover o caos.

Segue-se a marcha das mulheres e a sequência de manifestações de astros e estrelas. Cartazes pro aborto, contra o assalto racista e sexista. Mais traslados para o Brasil: “misoginia” que houve nos discursos contra a ex-presente Dilma, carregados de ódio ou desprezo pela figura feminina.

Como? Parece ficção, deslumbramento, alucinação? Que tipo de gente tem aversão, repulsa pela mulher, pelo fato de ser mulher? E a figura materna, presente na concepção e geração da vida? Fora as anomalias, doenças, transtornos, desavenças, tratadas ou puníveis, não há filho que se volte contra a mãe-mulher, esposo que não respeite a sua mulher-mãe, pai que não ame a sua filha; homens e mulheres em harmonia na sociedade.

Na linha dos inconformados, as caravanas, a custa do tesouro, apregoam o impeachment como golpe, os Black blocs depredam e outros grupos invadem... 

Nos EUA, como recentemente divulgado, um professor da Saint Joseph University comentou com alunos que as mulheres e negros não deveriam abrir seus corações aos eleitores de Trump e que pessoas morrerão por causa dessa eleição. Escola sem partido?!?!?!

De estranhar tudo isso, ou não... Sei lá. 

Por que, na vitória de um esquerdista, não há depredação das propriedades privadas e públicas? É apatia, acomodação, ou princípio, a preponderar e ditar comportamento de acordo com as regras de civilidade e respeito ao voto. Deve ter uma razão.

Isto não quer dizer que Donald Trump será o presidente bem-visto, benquisto ao longo e ao final do seu mandato pelos norte-americanos, seus eleitores ou não, e perante o concerto das Nações. Fanfarronices à parte.

Na Europa que vive momentos de campanha e eleição para presidente, as cenas e comentários se reproduzem. Na França, Marie Le Pen, é taxada de ultra direitista. Esquerda é só de esquerda “a favor do povo”, também nunca é chamado de polêmico.

Não ser de esquerda, é ser rotulado de conservador, retrógrado. No que concerne à concepção do Estado; máximo, o mais admirado, a variar o grau de aceitação, socialista ou comunista (Cuba, Coréia do Norte), mínimo, tipo neoliberal ou na medida certa.

Eles, esquerdistas, comunistas, se autoproclamam progressistas, mesmo com a miséria dividida por todos. 

Editorial

A força invisível da economia

O desempenho estadual acompanha uma tendência nacional robusta: em 2023, o setor supermercadista brasileiro ultrapassou a marca de R$ 1 trilhão em faturamento bruto

17/04/2025 07h15

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Os números não deixam dúvidas: o setor supermercadista é um dos pilares da economia sul-mato-grossense. Com receita bruta que ultrapassa os R$ 5 bilhões apenas entre as redes com sede no Estado, o segmento confirma seu papel central não apenas no abastecimento da população, mas também como agente importante na geração de empregos, na arrecadação de tributos e no controle indireto da inflação.

É importante destacar que esses dados expressivos sequer consideram o faturamento de grandes players nacionais como Carrefour/Atacadão, Assaí e o Grupo Pereira – esse último com raízes sólidas em Mato Grosso do Sul. Se somarmos os números dessas gigantes, o montante movimentado no Estado seria ainda mais impressionante, o que mostra o quão estratégico é esse mercado no cenário econômico regional.

O desempenho estadual acompanha uma tendência nacional robusta: em 2023, o setor supermercadista brasileiro ultrapassou a marca de R$ 1 trilhão em faturamento bruto. Isso reforça a importância econômica dessa atividade que, embora muitas vezes discreta em seu impacto, movimenta uma parcela significativa do PIB e influencia diretamente o cotidiano das famílias.

A título de comparação, as redes com sede em Mato Grosso do Sul faturam quase 20% de todo o orçamento anual do Estado. Um dado que chama atenção para o poder de capilaridade dessas empresas e a necessidade de olhar para o setor não apenas como comércio, mas como uma engrenagem que precisa estar bem lubrificada para manter o motor da economia funcionando.

É nesse ponto que entra a responsabilidade econômica e social dos supermercados. Em tempos de inflação elevada, sobretudo no setor de alimentos, é fundamental que os consumidores adotem estratégias mais conscientes, optando por produtos com melhor custo-benefício. Esse comportamento, ao contrário do que muitos pensam, tem potencial para influenciar fornecedores e provocar ajustes na cadeia de preços – uma pressão de baixo para cima que pode ajudar a conter aumentos abusivos.

Vale lembrar também que, ao contrário da percepção comum, os maiores clientes dos supermercados não são os consumidores finais, e sim os fornecedores. Em um setor marcado por margens de lucro estreitas, é a habilidade em negociar, comprar bem e manter bons relacionamentos comerciais que define o sucesso de uma rede. Nesse jogo, ganha quem entende de gestão, logística e, sobretudo, parceria.

Portanto, quando falamos da força do setor supermercadista, estamos nos referindo a muito mais do que prateleiras cheias. Estamos falando de uma engrenagem poderosa que, se bem conduzida, pode contribuir para uma economia mais equilibrada, competitiva e sustentável. Que os números impressionem, sim, mas que também inspirem um olhar mais atento para a relevância de um setor que, embora cotidiano, é essencial.

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ARTIGOS

O golpe das falsas corretoras e o uso de inteligência artificial para enganar investidores

12/04/2025 07h45

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Nos últimos anos, o Brasil tem sido palco de uma série de golpes financeiros de proporções bilionárias, muitos dos quais envolvendo esquemas sofisticados de falsas corretoras que simulam operações com criptoativos, Forex e investimentos em bolsa. O que chama atenção é que, em uma nova geração desses esquemas, a tecnologia de inteligência artificial (IA) passou a ser uma aliada dos criminosos, permitindo fraudes em larga escala com altíssima taxa de conversão.

Esse foi o caso de plataformas como EBDOX, TDASX, IXXEN e CRXXE, que se apresentavam como corretoras internacionais, oferecendo rentabilidades atrativas e acesso a mercados financeiros globais. Entretanto, tudo não passava de uma estrutura fraudulenta baseada em simulação de operações e falsificação de identidade institucional.

A primeira fase do golpe é a mais sutil: a captação inicial de investidores por meio de IA aplicada em vídeos falsos. Circulam nas redes sociais (Instagram, YouTube, Facebook e TikTok) vídeos onde figuras conhecidas do mercado financeiro, como Luiz Barsi, sua filha Louise Barsi e o ex-ministro da Economia Paulo Guedes aparecem falando diretamente com o público.

Nessas gravações, com uso de IA generativa de imagem e voz, essas personalidades convidam o investidor a ingressar em um suposto “grupo seleto de oportunidades” no WhatsApp, alegando que compartilham ali as melhores oportunidades de investimento. Trata-se, obviamente, de uso fraudulento e não autorizado de imagem e voz, com alto grau de realismo, capaz de induzir ao erro até mesmo pessoas com algum grau de instrução financeira.

Uma vez dentro do grupo de WhatsApp, o próximo passo é o contato com um suposto “professor” ou “especialista”. Aqui, também entra em cena a inteligência artificial. A identidade do “professor” é completamente fictícia, com imagem gerada por IA e interações exclusivamente por mensagens de texto. As mensagens enviadas nos grupos são geradas por ferramentas de IA que imitam uma linguagem coloquial, persuasiva e técnica.

Esse “mentor” oferece dicas de investimentos, análises gráficas, previsões de mercado e supostas “aulas gratuitas”, tudo com um único objetivo: construir uma relação de confiança para conduzir o investidor a abrir conta na plataforma falsa, realizar o primeiro aporte e iniciar o ciclo de fraude.

As respostas automatizadas aos questionamentos também revelam uso de IA conversacional, que simula atendimentos em tempo real e gera uma ilusão de suporte constante e personalizado. Os criminosos automatizam todo o funil de venda e criação de autoridade usando tecnologia de ponta.

Esse modus operandi marca uma nova era de golpes financeiros: a era das fraudes com IA. As ferramentas de deepfake, voice clone e chatbots de suporte vêm sendo utilizadas para aplicar estelionatos com uma precisão e escala sem precedentes. Por isso, é urgente que o sistema financeiro, os órgãos de investigação e a própria sociedade compreendam que a tecnologia, se não regulada e fiscalizada, pode se transformar em arma contra os cidadãos.

A investigação em curso contra as falsas corretoras mencionadas precisa incluir, de forma prioritária, a análise técnica dos conteúdos veiculados nas redes e nos grupos de WhatsApp, com rastreio de origem dos materiais de IA, identificação de ferramentas utilizadas e os dispositivos responsáveis pelos disparos automatizados.

Mais do que investigar os operadores visíveis, é fundamental mapear quem forneceu infraestrutura, hospedagem, domínios, serviços de IA e pagamentos. O combate a esse novo modelo de fraude demanda uma atuação integrada, transnacional e especializada. Este é apenas o começo de uma nova geração de crimes digitais. E o Brasil precisa se preparar.

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