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Confira o perfil dos investigadores
do Teste Público de Segurança da urna

Confira o perfil dos investigadores
do Teste Público de Segurança da urna

ASSESSORIA TSE

11/11/2017 - 11h06
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Quatro investigadores individuais e três grupos das mais diferentes áreas do conhecimento vão participar do Teste Público de Segurança (TPS) 2017 do Sistema Eletrônico de Votação, que será realizado nos dias 28, 29 e 30 de novembro, no edifício-sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília. 

O TPS tem por objetivo fortalecer a confiabilidade, a transparência e a segurança da captação e da apuração dos votos e propiciar melhorias no processo eleitoral.

Para isso, o Teste conta com a contribuição da sociedade no sentido de identificar eventuais vulnerabilidades e falhas relacionadas à violação da integridade ou do anonimato dos votos de uma eleição. 

As propostas de invasão dos programas da urna eletrônica e sistemas correlatos foram apresentadas pelos investigadores e aprovadas pela Comissão Reguladora do evento.

O Plano de Teste consiste no detalhamento do “ataque” que se pretende simular, embasado em normas, artigos, publicações e outros trabalhos técnicos e científicos. As propostas, que serão executadas durante os três dias de evento, buscam quebrar o sigilo do voto e/ou fraudar a destinação dos votos digitados na urna. 

Os planos de teste de um grupo (Grupo 2) e de outros 14 candidatos individuais que fizeram a pré-inscrição não foram aprovados pela Comissão Reguladora. Os que não tiveram seus planos de ataque aceitos não participarão do evento. 

Esta será a quarta edição do Teste Público de Segurança. A primeira ocorreu em 2009, a segunda em 2012 e a terceira em 2016.

As contribuições de melhoria apresentadas nos três primeiros testes foram implementadas no sistema logo em seguida. 

Conheça quem são os investigadores do TPS 2017 e os respectivos planos de teste aprovados: 

Grupo 1

Representante do grupo: Diego de Freitas Aranha, professor doutor na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Tem experiência na área de Criptografia e Segurança Computacional, com ênfase em implementação eficiente de algoritmos criptográficos e análise de segurança de sistemas reais.

Demais participantes: Caio Lúders de Araujo, Paulo Matias, Pedro Yóssis Silva Barbosa e Thiago Nunes Coelho Cardoso.

Planos de teste: captura de chaves criptográficas do flash de carga, execução remota de código na plataforma web (RecArquivos e InfoArquivos), tentativa de violação do sigilo do voto e inserção de dispositivo USB malicioso. 

Grupo 3

Representante do grupo: Luis Antonio Brasil Kowada, doutor em Ciências, em Engenharia de Sistemas e Computação.

Demais participantes: Gabriel Cardoso de Carvalho, Ramon Rocha Rezende e Victor Faria de Souza.

Plano de teste: análise do uso dos procedimentos criptográficos. 

Grupo 4:

Representante do grupo: Ivo de Carvalho Peixinho, perito da Política Federal com formação em Ciência da Computação.

Demais participantes: Fabio Caus Sicoli e Paulo Cesar Hermann Wanner.

Plano de teste: extração de chave privada do Sistema Operacional da urna eletrônica. 

Investigadores individuais: 

Cassio Goldschmidt – mestre em engenharia de software, CSSLP, CCSP, CIPP/US e CIPT.

Planos de teste: revisão de código e teste dinâmico de geração das mídias para a preparação da urna eletrônica (GEDAI-UE). 

José Carlos Gama Quirino – estudante universitário.

Plano de teste: ataques aos sistemas dos hardwares e softwares da urna eletrônica. 

Marcelo dos Anjos – engenheiro de computação.

Plano de teste: invasões do hardware e do software. 

Rodrigo Cardoso Silva – consultor em Segurança da Informação com graduação em Ciências da Computação.

Planos de teste: programa transportador de arquivos - Teste Doodle, UENUX e softwares básicos - Metamorfose (Kafka). 

Inquérito no STF

Tenente Portela organizou tentativa de golpe em MS, aponta Polícia Federal

Suplente da senadora Tereza Cristina (PP) e amigo pessoal de Bolsonaro cobrou Mauro Cid sobre golpe e recebeu resposta positiva

26/11/2024 16h36

Ex-presidente Jair Bolsonaro e Tenente Portela, suplente de Tereza Cristina (PP)

Ex-presidente Jair Bolsonaro e Tenente Portela, suplente de Tereza Cristina (PP) Arquivo

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Fiel escudeiro de Jair Bolsonaro (PL) quando o capitão da reserva e ex-presidente serviu na unidade do Exército em Nioaque (MS), o suplente da senadora Tereza Cristina (PP), Aparecido Andrade Portela (PL), conhecido como Tenente Portela, tem um capítulo só para ele no inquérito da Polícia Federal que apura a tentativa de golpe de Estado liderada por Jair Bolsonaro.

A Polícia Federal reuniu vários diálogos entre Tenente Portela e o coronel Mauro Cid, elemento central da investigação, tramando um golpe ou discutindo as manifestações do dia 8 de janeiro, demonstrando preocupação com o dia seguinte e com as investigações.

“Os elementos de prova indicam que PORTELA atuou como um intermediário entre o governo do presidente JAIR BOLSONARO e financiadores das manifestações antidemocráticas residentes no estado do Mato Grosso do Sul. No final do ano, PORTELA era um frequentador assíduo do Palácio da Alvorada, visitando o então presidente da República constantemente”, afirmou a Polícia Federal em relatório disponibilizado nesta terça-feira (26) pelo ministro Alexandre de Moraes.

Nos diálogos interceptados entre Tenente Portela e Mauro Cid, Portela cobra o coronel sobre a “realização de um churrasco”. Segundo a PF, o churrasco era um codinome usado para se referir ao golpe de Estado. “O pessoal que colaborou com a carne está me cobrando se vai ser feito mesmo o churrasco”, disse Portela a Cid. “Pois estão colocando em dúvida a minha solicitação”, complementou.

Em resposta, Mauro Cid foi rápido: “Vai sim, ponto de honra, nada está acabado ainda nesta parte”, afirmou o coronel, ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.

Cobrado insistentemente pelos colaboradores do acampamento localizado em Campo Grande, em frente ao Comando Militar do Oeste (CMO), Portela recebeu apoio de Cid. “Se quiser, eu falo com eles para tirar da sua conta”, garantiu Mauro Cid. Naquela altura, Portela vinha sendo pressionado por patrocinadores — empresários e proprietários rurais — por uma solução de ruptura institucional.

Portela imediatamente concordou: “Se eles vierem aqui em casa, eu ligo para viva vós [sic]”, respondeu, indicando que faria uma ligação em viva-voz ou mesmo uma chamada de vídeo.

A PF lembra que Aparecido Portela é amigo próximo de Jair Bolsonaro desde o período em que ambos serviram em Nioaque.

Portela tornou-se suplente da senadora Tereza Cristina (PP) na última hora. Na época do registro da candidatura, Jair Bolsonaro fez uma escolha pessoal na chapa do PP, colocando seu amigo de longa data na função.

Nas eleições municipais, a filha de Portela, Ana Portela, foi eleita vereadora em Campo Grande.

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ELEIÇÕES 2024

Disputa entre Adriane e Rose teve a 2ª menor diferença de votos da história

O primeiro pleito entre duas mulheres em Campo Grande só perdeu para o confronto entre André e Zeca do PT, em 1996

26/11/2024 08h00

A prefeita Adriane Lopes e a ex-deputada federal Rose Modesto durante a votação

A prefeita Adriane Lopes e a ex-deputada federal Rose Modesto durante a votação Foto: montagem

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A eleição municipal deste ano em Campo Grande ficou marcada por ser a primeira disputa pela prefeitura da Capital entre duas candidatas mulheres e também por ter sido a segunda com a menor diferença de votos da história no município.

O levantamento foi realizado pelo Instituto de Pesquisa Resultado (IPR), com base nos dados disponibilizados pelo setor de estatísticas do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS), e repassado ao Correio do Estado para publicação.

Na consulta feita pelo IPR, o pleito entre a prefeita Adriane Lopes (PP) e a ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil) só perdeu no quesito diferença de votos entre a candidata vitoriosa e a derrotada no segundo turno em Campo Grande para o confronto entre o ex-governador André Puccinelli (MDB) e o ex-governador Zeca do PT, em 1996.

Enquanto no segundo turno da eleição para prefeito de Campo Grande em 1996, o então candidato André Puccinelli fez 131.124 votos, ou seja, 50,08% dos votos válidos, o candidato Zeca do PT fez 130.713 votos, isto é, 49,92% dos votos válidos, o que significou uma diferença de 0,16% ou 411 votos.

Já no caso do segundo turno da eleição para prefeita da Capital deste ano, a atual prefeita Adriane Lopes fez 222.699 votos, ou seja, 51,45% dos votos válidos, enquanto a ex-deputada federal Rose Modesto obteve 210.112 votos, isto é, 48,55% dos votos válidos, o que representou uma diferença de 2,91% ou 12.587 votos.

Segundo o diretor do IPR, Aruaque Fressato Barbosa, pelo levantamento realizado com os dados disponibilizados pela Justiça Eleitoral de Mato Grosso do Sul, as eleições para a Prefeitura de Campo Grande em 1996 e 2024 foram as duas com as menores diferenças de votos até o momento.

“A diferença entre o candidato vitorioso na eleição de 1996, que, no caso, foi André Puccinelli, e o candidato derrotado, Zeca do PT, foi de apenas 0,16% ou 411 votos. Foi muito, muito pouco mesmo. No caso de Adriane e Rose, o porcentual de diferença foi de 2,91% ou 12.587 votos para a prefeita, que acabou sendo reeleita. Na comparação de 1996 com 2024, tivemos duas margens pequenas”, pontuou.

ABSTENÇÃO

Aruaque Barbosa completou que, em 1996, Campo Grande tinha praticamente a metade do número de eleitores de hoje, eram 345.625 eleitores, contra 646.198 neste ano. “Aumentou muito a quantidade de eleitores, só que o que aumentou proporcionalmente também, o que me chamou muito a atenção, foi o número de abstenção nesses dois períodos”, apontou.

Na avaliação do diretor do IPR, com o passar do tempo, cada vez mais pessoas estão deixando de votar, e isso pode influenciar até em resultados de pesquisas de intenções de votos e, o mais importante, no resultado das eleições.

“Porque a gente não sabe se essas pessoas que deixaram de votar prefeririam mais a Adriane ou a Rose”, argumentou.

Ele acrescentou ainda que, como a diferença entre as duas candidatas foi pequena, de apenas 2,91%, caso a abstenção tivesse sido menor, talvez a eleição pudesse ter tido um resultado diferente. “Ou a Adriane ganharia por uma margem maior de votos dos que os obtidos pela Rose, ou a ex-deputada federal teria se aproximado mais da prefeita ou, ainda, até mesmo vencido as eleições deste ano”, analisou.

Aruaque Barbosa citou que, na eleição de 1996, mais de 278,3 mil eleitores compareceram às urnas, ou seja, 80% das 345.625 pessoas aptas a votar, enquanto, neste ano, 461.386 eleitores compareceram, isto é, 71% das 646.198 pessoas aptas a votar, uma diferença de 9 pontos porcentuais. “Em 1996, a abstenção atingiu o porcentual de 19,47% e, no pleito deste ano, o porcentual foi de 28,60%”, detalhou.

Para o diretor do IPR, o que se pode dizer dos números é que a alta abstenção poderia ter influenciado até no resultado das eleições. “E até isso tem de ser estudado, afinal, por que esse número de abstenção está aumentando? Por que as pessoas não estão indo votar? Elas estão desanimadas com os candidatos, com a forma da democracia ou com o voto direto? O que está acontecendo?”, questionou.

Na avaliação de Aruaque Barbosa, a Justiça Eleitoral precisa fazer um estudo mais aprofundado sobre essa questão para encontrar o motivo para um porcentual tão alto. “Até para o TRE-MS poder entender melhor e trabalhar a comunicação nesse sentido”, finalizou.

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