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Em 2025, Forças Armadas vão permitir alistamento militar feminino pela 1ª vez

O alistamento feminino será voluntário e será permitido às mulheres que completem 18 anos em 2025

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Pela primeira vez na história, as Forças Armadas permitirão a participação das mulheres no alistamento militar para ingresso na carreira de soldado. A decisão foi tomada pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, em consulta aos comandantes militares, com previsão de entrada das mulheres nas fileiras das Forças em 2026.

"Nesse assunto, o Brasil está em dívida. E não se trata apenas de ocupar funções de enfermagem ou escritório, mas sim de possibilitar que as mulheres integrem a infantaria. Queremos mulheres equipadas e preparadas", afirmou Múcio à Folha de S.Paulo.

Atualmente, as mulheres já têm permissão para ingressar nas Forças Armadas por outros meios, como nas escolas que formam oficiais. Contudo, a participação feminina é restrita, com apenas a Marinha permitindo atuação em áreas mais voltadas para o combate, como a dos fuzileiros navais.

O alistamento feminino será voluntário e, segundo os planos da Defesa, será permitido às mulheres que completem 18 anos em 2025. O modelo será semelhante ao serviço militar masculino, mas sem a obrigatoriedade de se apresentarem às Forças.

Apesar do consenso entre os chefes militares, há divergências sobre a quantidade de vagas a serem reservadas para mulheres, uma questão que será decidida por Múcio. O ministro havia determinado um aumento gradual das vagas reservadas para mulheres até atingir 20% das cerca de 85 mil pessoas que entram no serviço militar anualmente.

O Exército, que detém a maioria das vagas (75 mil), discutiu a proposta de inclusão das mulheres em sua última reunião do Alto Comando, entre os dias 13 e 17 de maio. Segundo relatos, foi sugerido abrir de 1.000 a 2.000 vagas para mulheres em 2025, com prioridade para áreas onde já há presença feminina, como hospitais e bases administrativas.

O objetivo interno é aumentar gradualmente as vagas até alcançar 5.000, número menor do que o proposto por Múcio, pois os 20% representariam 15 mil vagas no Exército. A justificativa é a incerteza sobre quantas mulheres buscarão o alistamento militar e a necessidade de ajustar as instalações para sua chegada.

O serviço militar tem duração de 12 meses, prorrogáveis até o limite de 96 meses. Os jovens ingressam como soldados e, ao término do período máximo permitido, podem deixar as Forças como 3º sargentos.

Há críticas ao serviço militar obrigatório por não formar soldados profissionais, pois os alistados geralmente passam um ano em unidades militares sem desempenhar funções relacionadas à defesa nacional.

A Procuradoria-Geral da República entrou com três ações no Supremo Tribunal Federal pedindo que as barreiras impostas pelas Forças Armadas à participação feminina sejam consideradas inconstitucionais. O governo Lula se posicionou contra o fim das restrições, citando questões como a "fisiologia feminina" que poderia afetar o desempenho militar em situações de combate.

A inclusão das mulheres nas Forças Armadas está em evolução, inspirada em experiências de outros países como o Chile, onde há um número significativo de mulheres nas fileiras militares. O ministro Múcio também visitou Portugal para entender como as Forças Armadas locais estão lidando com a questão da diversidade de gênero.

Com FolhaPress

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PRESIDÊNCIA

Flávio convida União e PP a apoiá-lo; partidos ficaram de maturar ideia

Conforme o senador Rogério Marinho, "a candidatura do senador Flávio é uma candidatura para valer" e não se trata de um "balão de ensaio"

09/12/2025 06h49

Rogério Marinho (PL) é líder da oposição no Senado e acredita que Ciro Nogueira e Antônio Rueda vão apoiar o filho do ex-presidente

Rogério Marinho (PL) é líder da oposição no Senado e acredita que Ciro Nogueira e Antônio Rueda vão apoiar o filho do ex-presidente

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O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), afirmou na noite desta segunda-feira, 8, que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) pediu aos presidentes do PP, Ciro Nogueira, e do União Brasil, Antônio Rueda, para que apoiem sua candidatura à Presidência. Segundo Marinho, Ciro e Rueda ficaram de consultar suas bancadas.

"É evidente que há uma responsabilidade da presidência do PP como do presidente da União Brasil para que possam conversar com as suas respectivas bancadas, com governadores, com atores políticos que estão espalhados por todo o país para que, ao fim, possam nos trazer uma posição dos seus respectivos partidos", declarou Marinho a jornalistas, após uma reunião na casa de Flávio com Rueda, Ciro e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto

Segundo Marinho, a definição precisará passar por uma maturação: "Isso não vai acontecer nem hoje nem amanhã. A conversa que tivemos é que isso vai ser maturado, vai ser absorvido por todos, vamos ter um tempo para que haja essa definição".

O líder da oposição afirmou que "a candidatura do senador Flávio é uma candidatura para valer" e não se trata de um "balão de ensaio". "O PL tem uma candidatura, está claro [...] Na última sexta-feira, o Bolsonaro colocou para o Flávio que a candidatura era dele, até para unificar a direita, para que nós possamos preservar o seu legado", disse.

De acordo com o parlamentar, o PL reunirá nesta terça-feira integrantes dos diretórios estaduais para levar o nome de Flávio, a fim de trazer uma unidade na sigla.

COMANDO VERMELHO

'Não estou aqui para entregar colega, nem para proteger', diz Bacellar sobre TH Joias

Assembleia Legislativa do RJ decide hoje se mantém ou não a prisão do presidente da Casa, preso pela Polícia Federal na semana passada

08/12/2025 07h26

Rodrigo Bacellar foi acusação de ter vazado informações sobre operação que prenderia o deputado TH Joias, ligado CV

Rodrigo Bacellar foi acusação de ter vazado informações sobre operação que prenderia o deputado TH Joias, ligado CV

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Em depoimento à Polícia Federal (PF), o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar, negou ser amigo do ex-deputado estadual TH Joias, preso em setembro por tráfico de drogas, corrupção, lavagem de dinheiro e envolvimento com o Comando Vermelho.

Bacellar foi detido na última quarta-feira, 3, suspeito de avisar o então parlamentar sobre a operação para prendê-lo.

"Nunca tinha visto [TH Joias] na vida [antes de ele entrar na Alerj]. Construí uma relação natural, sou presidente do Parlamento, tenho que atender todos indistintamente. [Mas a relação era] só profissional e só naquele âmbito da Assembleia", disse Bacellar em depoimento à PF, revelado pelo Fantástico, da TV Globo, neste domingo, 7.

Bacellar admitiu ter falado com TH Joias na véspera da operação para prender o então deputado.

"[Ele] pede para falar comigo sozinho, no canto: 'Tá sabendo de alguma operação amanhã para mim?'. Eu disse: 'Não estou sabendo nada. Está uma fofocaiada na Casa já faz três dias de que vai ter algum problema nessa semana para deputado, onde a fumaça for'. Aí, ele fala: 'Não, beleza, eu não sei o que eu faço, se vou embora'. 'Aí é com você. Eu, se estivesse no seu lugar, só me preocuparia com a tua filha pequena. Agora você tem que saber o que você faz ou deixa de fazer'", contou o presidente da Alerj à PF.

Na véspera da prisão de TH Joias, os dois também trocaram mensagens. TH enviou a Bacellar um vídeo mostrando um freezer com carnes e disse: "Ô presida! Não tem como levar, não, irmão. Pô, como é que leva?! Tem como levar não, irmão. Esses filhos da p* vão roubar as carnes, hein". O presidente da Alerj respondeu: "Deixa, doido". Bacellar também recebeu do próprio TH imagens da Polícia Federal dentro de sua casa.

Questionado pela Polícia Federal se não pensou em avisar as autoridades sobre a chance de fuga de TH Joias, Bacellar respondeu: "Não procurei absolutamente ninguém. Não estou aqui para entregar colega, não estou aqui também para proteger colega que faz algo errado". "Confesso que até me assustei. Achei um ato de impertinência dele, me ligar de um telefone que eu não tinha." O presidente da Alerj alegou que não sabia para quem era a operação.

Bacellar ainda negou ter conhecimento das suspeitas contra TH Joias antes de sua prisão. "Já tinha ouvido algumas coisas no jornal, mas não conhecia. Pessoal fala que é ligado ao comando, sei lá o que. Olha, eu não quero saber o que você fez, o que você deixa de fazer. Da porta para dentro, se você tiver bom convívio com todo mundo, o que você faz na rua não me diz respeito."

Caso 'TH Joias'

Suspeito de negociar armas e acessórios para o Comando Vermelho, Thiego Raimundo dos Santos Silva, o TH Joias, foi preso em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, em setembro.

Segundo a investigação, TH utilizava o cargo de deputado estadual para favorecer o crime organizado. Ele é acusado de intermediar a compra e a venda de drogas, fuzis e equipamentos antidrones destinados ao Complexo do Alemão, além de indicar a esposa de Gabriel Dias de Oliveira, o Índio do Lixão - apontado como traficante e também preso - para um cargo parlamentar.

Durante as diligências da Operação Zargun, em setembro, a PF cumpriu 18 mandados de prisão preventiva e 22 de busca e apreensão, além do sequestro de bens no total de R$ 40 milhões, expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região. A investigação foi da Delegacia de Repressão a Entorpecentes, da PF, e do Ministério Público Federal.
 

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