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SUPERSALÁRIOS

Penduricalho favorito do Judiciário fura teto e gera até R$ 1 bilhão

Juízes ou promotores têm direito a dias de folga quando acumulam trabalho ou substituem um colega. Mas, em vez de folgarem, são indenizados

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A licença compensatória se tornou, ao longo dos anos, o penduricalho favorito do Poder Judiciário e Ministério Público. A popularidade do benefício que fura o teto do funcionalismo público é tanta que se estendeu ao Tribunal de Contas da União (TCU) e ao Senado. Há registros de tribunais que já gastaram mais de R$ 1 bilhão com o pagamento do benefício.

A licença funciona da seguinte forma: juízes ou membros do MP têm direito a dias de folga quando acumulam trabalho ou substituem um colega. Mas, como há trabalho demais e poucas pessoas disponíveis para trabalhar, eles afirmam que não podem tirar essas folgas.

A solução encontrada pelas cúpulas dos tribunais é autorizar a venda desses dias de descanso, o que rende cifras milionárias a alguns magistrados, especialmente quando são autorizados valores retroativos.

Como a licença é considerada “verba indenizatória”, o dinheiro cai limpo na conta, sem Imposto de Renda, sem Previdência e acima do teto de R$ 46 mil. Se fosse verba remuneratória, ou seja salário normal, teria limite constitucional e pagaria imposto

No início de dezembro, o Tribunal de Justiça do Paraná aprovou o pagamento de quase R$ 1 bilhão retroativos desta licença, sob o argumento de que o benefício não foi pago desde 2015, quando foi aprovada uma lei federal para regulamentar uma gratificação semelhante.

A origem da licença compensatória remonta ao ano de 2015, quando foram aprovadas duas leis federais que instituíram um benefício com outro nome: a gratificação por exercício cumulativo de jurisdição a integrantes da Justiça Federal e da Justiça do Trabalho. Essa gratificação é uma espécie de “irmã” da licença compensatória, porque as duas partem da mesma ideia, mas funcionam de maneiras completamente diferentes.

A principal diferença entre os dois benefícios é que a lei que instituiu a gratificação definiu limites para os pagamentos do benefício, mas os órgãos de controle do Judiciário e do Ministério Público passaram a flexibilizar essas regras por meio de atos administrativos.

Enquanto a gratificação não pode ultrapassar mensalmente 1/3 do salário do juiz que trabalhe 30 dias em caráter excepcional e tem natureza remuneratória, o que significa que ele está limitado ao teto do funcionalismo, a licença compensatória vai na contramão porque é considerado um benefício indenizatório.

E existe ainda a artimanha da retroatividade, quando os tribunais e órgãos do MP avaliam que o benefício deixou de ser pago por algum motivo, em um determinado período, e autorizam o pagamento do valor correspondente a esses anos devidos com direito a reajuste pela inflação. 

Em alguns casos, é tudo pago de uma vez, o que gera um extra na casa dos milhões na conta de quem já faz parte da elite do serviço público e, na somatória de todos os membros, se aproxima de R$ 1 bilhão.

herniorrafia

Médico diz que cirurgia de Bolsonaro no Natal deve durar de 3 a 4 horas

O ex-presidente deve deixar a Polícia Federal pela manhã nesta quarta. O procedimento deve ser feito na manhã seguinte

24/12/2025 07h23

Esta será a primeira vez que Bolsonaro deixará a prisão desde que foi levado à Polícia Federal, em Brasília, no dia 22 de novembro

Esta será a primeira vez que Bolsonaro deixará a prisão desde que foi levado à Polícia Federal, em Brasília, no dia 22 de novembro

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 A cirurgia à qual o ex-presidente Jair Bolsonaro será submetido na quinta-feira, 25, no Natal, é "padronizada, com menor risco de complicações", afirmou ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) o cirurgião-geral Claudio Birolini, que acompanha o ex-presidente.

Segundo Birolini, o procedimento, uma herniorrafia inguinal, deve durar de três a quatro horas.

O médico ponderou que "toda cirurgia é complexa", mas disse que essa deve ser muito mais simples em comparação à operação realizada em abril, que demandou cerca de 12 horas. "É muito mais simples por se tratar de um procedimento padronizado e realizado de forma eletiva. A outra foi uma cirurgia não regrada, em uma situação de emergência no que chamamos de um 'abdome hostil'", disse.

Na terça-feira, 23, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a internação de Bolsonaro no Hospital DF Star, em Brasília, para a realização do procedimento

O ex-presidente deve deixar a Polícia Federal pela manhã nesta quarta. O procedimento deve ser feito na manhã seguinte.

Segundo pessoas ligadas ao ex-presidente, o preparo pré-operatório deve ocorrer ainda nesta quarta.

Ainda não há definição sobre o horário do bloqueio anestésico do nervo frênico.

O que é hérnia inguinal bilateral e como é a cirurgia

A hérnia acontece quando há uma frouxidão ou abertura na parede abdominal/pélvica que permite o extravasamento de alças do intestino ou de outros tecidos por meio dessa abertura. O quadro leva à formação de um caroço e pode trazer dor e desconforto, em especial durante esforço físico.

Quando esse extravasamento ocorre na região da virilha, a hérnia é chamada de inguinal. Ela é considerada bilateral quando atinge a virilha direita e a esquerda simultaneamente.

A cirurgia, como apontou anteriormente ao Estadão o médico Paulo Barros, cirurgião do aparelho digestivo do Centro Especializado em Aparelho Digestivo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, consiste em empurrar o conteúdo da barriga para dentro e colocar uma tela de polipropileno (um tipo de plástico) na área afetada. Essa tela faz a contenção da parede abdominal, fechando esse "buraco".

Paulo Barros explicou ao Estadão que a cirurgia pode ser feita tanto da forma tradicional, com um corte na virilha, quanto pela via laparoscópica, em que as incisões são muito pequenas (5 a 8 milímetros) e o procedimento é feito com o auxílio de uma câmera inserida no interior do paciente por meio dessas incisões. A cirurgia laparoscópica pode ser feita com ou sem a tecnologia robótica.
 

frustração

Foguete explode ao decolar na Base de Alcântara, no Maranhão

Depois de diversos adiamentos, lançamento aconteceu na noite passada, mas caiu logo em seguida

23/12/2025 07h25

Era o primeiro lançamento comercial de um foguete da base de Alcântara, no Maranhão

Era o primeiro lançamento comercial de um foguete da base de Alcântara, no Maranhão

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O foguete sul-coreano HANBIT-Nano, primeiro voo comercial lançado a partir de uma base brasileira, explodiu minutos após decolar na Base de Alcântara, no Maranhão, na noite dessa segunda-feira (23). O veículo não era tripulado.

O foguete da empresa Innospace partiu às 22h13 e, segundo comunicado da Força Aérea Brasileira (FAB), sofreu uma “anomalia que o fez colidir com o solo”.

De acordo com a nota, uma equipe da FAB e do Corpo de Bombeiros foi enviada ao local da queda para analisar os destroços. A Innospace também trabalha para descobrir o motivo da falha.

O lançamento do HANBIT-Nano foi adiado diversas vezes. Inicialmente, o voo estava programado para ocorrer em novembro. A data mudou para 17 de dezembro, mas foi identificada uma anomalia, o que levou a nova mudança, dessa vez para 19 de dezembro. Outro problema fez com que o lançamento fosse transferido para essa segunda (22).

O veículo espacial tinha 21,8 metros de comprimento e pesava 20 toneladas. Ele levaria para o espaço satélites que seriam colocados na órbita da Terra. Também carregava oito cargas úteis: cinco pequenos satélites e três dispositivos experimentais desenvolvidos pelo Brasil e a Índia.

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