Cidades

DENUNCIA

80 índios estão presos irregularmente em Dourados

Observatório de Direitos Indígenas denuncia que índios deveriam estar em postos da Funai dentro da Reserva e não no Presídio de Segurança Máxima

ODIN MS

06/04/2015 - 14h30
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O Observatório de Direitos Indígenas denuncia que 80 índios estão presos de forma irregular no Presídio Estadual de Dourados (PED). De acordo com o presidente da entidade em Dourados, o advogado Wilson Mattos, as prisões não levam em conta o Estatuto do Índio (lei 6.001 de dezembro de 1973). Por causa disso o advogado encaminhou denúncia ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

De acordo com o observatório, as prisões não levam em conta os artigos 56 e 57 do Estatuto indígena. O primeiro diz que a pena deve ser reduzida e cumprida em regime de semi liberdade em órgãos federais como postos da Fundação Nacional do Índio (Funai) dentro da Reserva. O juiz também deve levar em conta o grau de instrução do preso.

“No caso de condenação de índio por infração penal, a pena deverá ser atenuada e na sua aplicação o Juiz atenderá também ao grau de integração do silvícola. Parágrafo único. As penas de reclusão e de detenção serão cumpridas, se possível, em regime especial de semiliberdade, no local de funcionamento do órgão federal de assistência aos índios mais próximos da habitação do condenado”, diz trecho do artigo 56.

O artigo seguinte, conforme aponta o Observatório, garante que a aplicação penal pode ser feita pela instituição indígena e sua comunidade. “Será tolerada a aplicação, pelos grupos tribais, de acordo com as instituições próprias, de sanções penais ou disciplinares contra os seus membros, desde que não revistam caráter cruel ou infamante, proibida em qualquer caso a pena de morte”, diz trecho do artigo 57.

É o que acontece com o cacique Carlito Machado que, acusado de matar um policial e ferir outro, está preso em sede da Funai e apesar do processo na Justiça sofre penalidades aplicadas pela comunidade indígena, como o isolamento. Este é o único caso em que a decisão de aplicação da penalidade foi respeitada, através de decisão do Supremo Tribunal Federal.

Conforme o advogado, antes de decisões do Ministério Público, que acabaram retirando o poder das lideranças indígenas, elas aplicavam penalidade aos infratores dentro da reserva, de acordo com os seus costumes. “Eles ficavam em unidades da reserva prestando serviços a comunidade como reparar estradas, limpar os cemitérios, cuidar de escolas indígenas, entre outros. Quando prendemos o índio de acordo com os nossos costumes, estamos impondo nossa cultura. É o mesmo que dizer que somos mais inteligentes ou que a nossa cultura vale mais do que a deles”, destaca.

Na defesa desse argumento, o Observatório destaca ainda o artigo 231 da Constituição Federal que em seu item 5 diz que em hipótese alguma o índio deve ser retirado da sua reserva, a não ser em casos de catástrofe. “É vedada a remoção dos grupos indígenas de suas terras, salvo, “ad referendum” do Congresso Nacional, em caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua população, ou no interesse da soberania do País, após deliberação do Congresso Nacional, garantido, em qualquer hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco”, diz o texto.

Violência

Segundo o advogado, em 99% dos casos, os índios que cumpriram pena no presídio voltaram para a aldeia verdadeiros “profissionais do crime”. “Muitos, que até então haviam cometido pequenos delitos ao voltarem do presídio para a Reserva contribuíram para o aumento da violência no local e se tornaram risco para a comunidade. O nosso sistema carcerário não ressocializa o índio, ele insere de vez ao mundo do crime”, critica Wilson Matos, que tem observado aumento da criminalidade provocados por índios que já tiveram passagem pela polícia.

Processos

De acordo com o Observatório dos Direitos Indígenas, outro problema constatado é o alto número de processos tramitando no Judiciário referentes as questões indígenas. Wilson de Mattos diz que apenas 20% deles deveria estar lá por envolver assuntos de maior potencial ofensivo. O restante, segundo o advogado, poderia ser resolvido dentro da reserva. “Outra alternativa seria criar uma Vara especializada na Justiça, porém não obtivemos resposta em nossas solicitações. Sugerimos uma delegacia especializada na questão indígena que funcionaria dentro da Reserva, mas mais uma vez não obtivemos resposta positiva. Estamos buscando resolver estes problemas, mas dependemos da conscientização dos demais órgãos para debater este assunto”, diz.

Infraestrutura

Prefeitura amplia pacotão de obras para recapeamento de Campo Grande

Foram incluídos mais 50 km de rota de recapeamento na Capital e investimento de R$ 42 milhões

05/12/2025 16h45

Até agora, pelo menos 20 mil buracos já foram fechados desde novembro

Até agora, pelo menos 20 mil buracos já foram fechados desde novembro FOTO: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A Prefeitura de Campo Grande assinou, nesta sexta-feira (5) a autorização que permite o início do processo de licitação das obras de recapeamento da cidade. 

Junto com a assinatura, foi anunciado que a Capital vai receber mais 50 quilômetros de recapeamento em todas as regiões urbanas a partir do primeiro trimestre de 2026. 

O investimento extra previsto é de R$ 42 milhões, que serão destinados à contratação de mão de obra especializada para recuperar o asfalto antigo. Segundo a prefeita Adriane Lopes, o objetivo é substituir o asfalto por um modelo mais eficiente, de forma emergencial 

“O recapeamento previsto tem durabilidade estimada entre cinco e oito anos, o que reduz gastos frequentes com reparos após períodos de chuva e melhora a qualidade do tráfego”, afirma a gestora. 

O documento já está no departamento jurídico da Secretaria Especial de Licitações e Contratos (Selc) e seguirá para análise da Procuradoria-Geral do Município (PGM). Após isso, retorna à Selc para ser publicado no Diário Oficial, que deve acontecer nos próximos dias, dando início ao processo licitatório. 

O novo edital prevê a contratação de empresas para recapeamento nas regiões do Anhanduizinho, Bandeira, Centro, Imbirussu, Lagoa, Prosa e Segredo. O prazo para a execução dos serviços é de 360 dias, distribuídos ao longo de 12 meses. 

Pacotão de obras 

O valor se une ao investimento de R$ 544 milhões anunciado pela Prefeitura no final de novembro, como um pacotão de serviços de drenagem e pavimentação que devem contemplar mais de 20 bairros, que, com as obras já em andamento, devem totalizar 33 locais com vias requalificadas. 

A expectativa, de acordo com o titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Marcelo Miglioli, é que a licitação deva ser publicada entre janeiro e fevereiro do próximo ano, com início das obras no mês de abril. 

Conforme o secretário, entre os bairros estão lugares como Noroeste, Santa Emília, São Conrado e Los Angeles, regiões com muitas vias sem asfalto.

O pacote de R$ 544 milhões foi conquistado por meio de um empréstimo com a Caixa Econômica Federal, em decorrência da aprovação do Plano de Equilíbrio Fiscal (PEF).

Ele será dividido em três, como informou o Correio do Estado na semana passada, com o primeiro no valor de R$ 236 milhões, mas R$ 100 milhões não são provenientes do empréstimo e, sim, de emenda parlamentar do deputado federal Luiz Ovando (PP).

A segunda e a terceira etapa desse projeto, ainda segundo Miglioli, devem ser publicadas quando a primeira etapa estiver quase concluída.

“Assim, as obras não devem parar, terminou um trecho já vai ter licitação para começar o próximo”, promete o secretário.

Miglioli ainda afirmou ao Correio do Estado que bairros como Santa Emília, onde a previsão de investimento para drenagem e pavimentação chega a cerca de R$ 80 milhões, Noroeste, que prevê R$ 70 milhões de investimento, e São Conrado, com R$ 50 milhões, devem ter suas obras diluídas entre a primeira, segunda e terceira etapa.

Tapa-buracos

Após as chuvas fortes que atingiram a Capital no mês de novembro, causando danos na pavimentação em vários pontos da cidade, a Prefeitura retomou o serviço de tapa-buraco. 

O serviço estava paralisado pois a Prefeitura estava em débito com as sete empresas prestadoras do serviço na cidade. Quando parte da dívida foi paga, algumas empreiteiras aceitaram retomar os trabalhos, com a promessa de que os valores serão pagos posteriormente. 

Segundo a titular da Secretaria Municipal de Finanças e Planejamento (Sefin), Márcia Hokama, foram pagos cerca de R$ 10 milhões para as empresas, o que não quita totalmente a dívida, mas contribuiu para a retomada do serviço.

Até o dia 01 de dezembro, já foram fechados cerca de 20 mil buracos no período de uma semana. A meta diária da operação é de tapar cerca de 3 mil buracos até o final do ano, atingindo de 70 a 80 mil recuperados.

Regiões atendidas

  • Universitário 
  • Parque dos Girassóis
  • Jardim São Conrado
  • Jardim Centro Oeste
  • Coronel Antonino
  • Vila Almeida
  • Centro
  • Parque Novos Estados
  • Jardim Morumbi
  • Vila Carlota 
  • Vila Piratininga
  • Nova Lima
  • Monte Castelo
  • Jardim Panamá
  • Vila Margarida

Próximas ações

  • Tiradentes
  • Vila Santo Eugênio
  • Taveirópolis
  • Lageado
  • Nova Lima
  • Vila Almeida
  • Monte Castelo
  • Parque Novos Estados

 

*Colaborou Daiany Albuquerque

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Cidades

Casal de MS morre em acidente em Goiás

Conhecidos por pegar a estrada juntos, os dois seguiam de carreta pela GO-436 quando houve a colisão com uma picape

05/12/2025 16h30

Reprodução Redes Sociais

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Identificados como Clarice Fátima Barbosa Peralta, de 49 anos, e Paulo César Justino Peralta, de 56, morreram em um acidente que envolveu a carreta em que seguiam e uma picape, na rodovia de Goiás (GO).

As vítimas, que tinham o costume de viajar juntas, se envolveram no acidente na tarde de quarta-feira (3), próximo ao km 15, na região conhecida como Cristalina, envolvendo um veículo Fiat Strada.

Após o impacto, o motorista do caminhão teria perdido o controle da direção, saído da pista e tombado à margem da rodovia.

O casal, natural de Três Lagoas, morreu em um acidente na rodovia GO-436, próximo ao km 15, na região de Cristalina, na quarta-feira (3). Eles estavam casados há 30 anos.

O acidente aconteceu por volta das 14h30, quando o casal viajava em uma carreta e colidiu com um Fiat Strada. Com o impacto, a carreta saiu da pista e tombou.

Equipes de resgate foram acionadas e, ao chegarem ao local, verificaram que Clarice não resistiu. Paulo foi retirado das ferragens com vida e encaminhado a uma Unidade de Pronto Atendimento, mas não resistiu e veio a óbito.

“É com muita tristeza que informamos os falecimentos da sra. Clarice de Fátima Barbosa Peralta e do sr. Paulo César Justino Peralta. Neste momento de dor, nos solidarizamos com familiares e amigos”, comunicou a funerária em uma rede social.

O condutor do Fiat Strada não sofreu ferimentos graves. O casal, três-lagoense, era casado há 30 anos e deixa três filhos. O velório e o sepultamento ocorreram nesta sexta-feira (5), no Cemitério Municipal de Três Lagoas.
 

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