Cidades

CARNAVAL 2023

"A gente sempre dá nosso jeitinho brasileiro", diz Lienca sobre R$ 400 mil divididos entre 8 escolas

Liga das Entidades Carnavalescas confirma o repasse por parte da Prefeitura, e que o Carnaval da Capital volta a ter dois dias de festa em fevereiro

Continue lendo...

Com o tema "que a alegria do Carnaval dure o ano todo", a Liga das Entidades Carnavalescas de Campo Grande Mato Grosso do Sul (Lienca) ficará mais uma vez encarregada do desfile das escolas de samba na Capital, com repasse municipal de R$ 400 mil. 

"Vai ser tranquilo, se Deus quiser. A gente sempre dá nosso jeitinho brasileiro", comenta a nova presidente da Lienca, Marilene Pereira dos Santos.

No ano passado, de acordo com a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Sectur), não houve repasse para os desfiles, apenas para oficinas.

Esse anúncio, de que a Liga responderá pelo carnaval, foi publicado na manhã desta sexta-feira (13), no Diário Oficial de Campo Grande, junto do tema da festividade. 

Sendo seu primeiro desfile no comando da Liga das Entidades Carnavalescas, Marilene assumiu o cargo depois da renúncia do ex-presidente, Alan Catharinelli, que deixou o cargo após o resultado da última edição da festividade na Capital, realizada durante três dias em abril de 2022. 

Do dinheiro confirmado por ela, aporte por parte da prefeitura, Marilene explica que o valor total é dividido entre as oito escolas de samba, sendo que elas trabalham o carnaval em cima desses montantes. 

"Apesar de que cada escola, quando termina o Carnaval elas já estão trabalhando, reciclando e desmanchando o que vai aproveitar para o outro tema delas", completa Marilene. 

Em leitura do cenário, a presidente da Lienca ainda afirma que as escolas de samba de Campo Grande, distante pouco mais de um mês para os desfiles, já se encontram com cerca de 50% das suas fantasias concretizadas.  

"Nós estamos com uma expectativa muito grande, que vai ser um ótimo Carnaval. Porque, no ano passado, apesar de ter sido um Carnaval atípico, bem reduzido, já foi muito bom", revela. 

Carnaval em dois dias

Excepcionalmente, por conta dos efeitos ainda fortes da pandemia em 2022, o carnaval de Campo Grande chegou a ser adiado, acontecendo apenas no mês de abril e com diversas restrições. 

Ainda, o Carnaval de 2022 foi atípico, por ter um dia a mais de desfile, com as escolas indo para a avenida em 20, 21 e 22 de abril. 

Neste ano as coisas voltam ao normal, e as escolas estão marcadas para desfilarem nos dias 20 e 21 de fevereiro.        

Também, a presidente da Lienca afirma que o Governo do Estado ainda não sinalizou os valores do aporte deste ano, mas a entidade espera que o anúncio seja feito até a próxima semana. 

"Esse ano, como está voltando ao normal, a gente espera que o público venha mesmo apreciar, estar lá nos aplaudindo, se Deus quiser, vai dar tudo certo", finaliza Marilene. 

 

Assine o Correio do Estado

rapper

Oruam visita o pai, Marcinho VP, no presídio federal de Campo Grande

Pai do rapper é um dos líderes do Comando Vermelho e cantor se declarou como "a voz dos presidiários"

13/03/2025 16h31

Oruam visitou o pai, Marcinho VP, no presídio federal de Campo Grande

Oruam visitou o pai, Marcinho VP, no presídio federal de Campo Grande Foto: Reprodução / Instagram

Continue Lendo...

O rapper Oruam visitou o pai, Marcinho VP, no Presídio Federal de Campo Grande. Fotos e vídeos da visita foram compartilhados pelo músico nessa quarta-feira (12), nas redes sociais. Marcinho VP é apontado como um dos líderes da facção Comando Vermelho e está preso desde 1996 por tráfico e homicídio.

Em uma das postagens, Oruam se declarou como "voz dos presidiários", mas apagou a mensagem pouco tempo depois.

"Eu falo pelos presos, eu represento os excluídos. Cadeia é lugar de ressocialização, eu canto para tirar meu pai do crime, coisa que o estado não faz, apenas alimenta a burguesia com mentiras dos pobres. O sistema falhou ‘com nós’, mas nós não precisamos dele”, postou o rapper.

Nas imagens publicadas, Oruam aparece ao lado de outros familiares, vestido de rosa, em frente a Peninteciária Federal de Campo Grande.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Uma publicação compartilhada por 22 (@oruam)

Conforme reportagem do Correio do Estado, o rapper já declarou que odeia visitar o pai por considerar a situação "desumana".

No documentário "O Grito - Regime Disciplinar Diferenciado", sobre o sistema penitenciário brasileiro, Oruam disse que foi concebido na prisão, durante uma visita intíma, e que nunca conviveu com o pai fora das grades.

"Eu nunca vi meu pai na rua. Nós nunca convivemos com nosso pai em nenhum momento da nossa vida. Quando eu nasci, meu pai já tava preso", disse.

Há pouco mais de um ano, Marcinho VP, foi transferido para a Penintenciária Federal de Campo Grande, onde ainda permanece, e o rapper daz visitas frequentes à capital sul-mato-grossense para vê-lo, mas diz que é constragedor e uma tortura.

"[São] mais de 15 celas. Passa o maior constrangimento para entrar e só fala pelo interfone. Como tu vai ver teu pai por um vidro no meio?", disse na produção da Netflix.

"Não pode nem encostar na pessoa, abraçar, falar. É tortura. Presídio Federal é tortura. Para nós que somos família é desumano. Se eu vou ver meu pai, eu quero encostar, dar um beijo",acrescentou Oruam.

Por fim, o rapper disse que aprendeu a conviver com a saudade. "Na minha mente eu sei que ele não vai estar aqui", concluiu.

Marcinho VP 

Márcio Nepomuceno, o Marcinho VP, é apontado com nome proeminente da criminalidade do Rio de Janeiro há quase três décadas, sendo um dos principais líderes do Comando Vermelho, ao lado de Fernandinho Beira Mar.

Preso desde 1996 , ele está em penitenciárias federais desde 2010, atualmente em Campo Grande.

No entanto, o encarceramento não impediu que Marcinho VP continuasse no mundo no crime. Mesmo de dentro do presídio, ele ordenou uma série de crimes que foram cometidos por outros faccionados.

Nos últimos 14 anos, ele cumpre pena em unidades federais. 

Marcinho VP é pai do rapper Oruam, que já fez manifestações públicas pedindo a liberdade do pai, sendo a mais polêmicas a apresentação no Lollapalooza 2024, onde vestiu uma camiseta que pedia a liberdade de Marcinho VP.

O cantor tem uma tatuagem em homenagem ao pai e também ao traficante Elias Maluco, condenado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes.

Decisão.

STF libera R$ 16 milhões do governo estadual por acordo sobre terra indígena de MS

Cabe destacar que o repasse estava autorizado desde o fim do ano passado, e segundo o ministro deve ser concluído o mais breve possível

13/03/2025 16h00

Conflito durante a retomada indígena na região de Antônio João

Conflito durante a retomada indígena na região de Antônio João Foto: Reprodução

Continue Lendo...

O Supremo Tribunal Federal (STF) por meio do ministro Gilmar Mendes autorizou a distribuição dos R$ 16 milhões depositados em janeiro pelo governo de Mato Grosso do Sul, acordo de regulação da terra Nhanderu Marangatu, e que estava em litígio entre indígenas e fazendeiros em Antônio João, interior do estado. O repasse é referente ao depósito judicial, previsto em repasse aos proprietários das terras. 

Serão R$ 791.062,86 enviados a Salazar Advogados Associados e outros R$ 15.208.937,14 em favor um procurador do grupo de fazendeiros.

“Solicito que esta Suprema Corte seja informada tão logo seja efetivada a referida transferência”, destaca o ministro, que deu o parecer sobre a emissão dos alvarás na última quarta-feira (12).

Cabe destacar que o repasse estava autorizado desde o fim do ano passado, e segundo o ministro deve ser concluído o mais breve possível.  

“No que concerne ao montante depositado pelo Estado do Mato Grosso do Sul (...), determino a imediata expedição de alvarás com as seguintes especificações, ressalvada a responsabilidade das partes, inclusive criminal, pela indicação dos responsáveis pelo recebimento do montante, caso verificada incorreção nas informações apresentadas”, diz outro trecho da decisão.

Ao todo, a União repassou R$ 27.887.718,98  a título das benfeitorias apontadas em avaliação da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) em 2005, valores  corrigidos pela inflação e a Taxa Selic.Os proprietários também devem receber indenização, pela União, no valor de R$ 101 milhões pela terra nua.

Cabe destacar que o pagamento indenizatório de R$ 27 milhões aos produtores rurais que viviam na terra situada na fronteira com o Paraguai, próximo à faixa de 150 quilômetros paralela à linha divisória do território nacional foi firmado em acordo indenizatório histórico realizado em setembro do ano passado após o STF determinar que a área é território ancestral indígena.

Assine o Correio do Estado
 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail marketing@correiodoestado.com.br na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).