Cidades

CIDADE MORENA

Abandonada, praça no centro de Campo Grande vira sinônimo de desperdício

Visita ao espaço mostrou que vazamento mais visível que verte da parede foi estancado, porém ponto com a pressão que jorra uma quantidade imensurável ainda segue "desperdiçando água"

Continue lendo...

Quem passa pela Praça dos Imigrantes, como mostram imagens captadas ainda ontem (04) e encaminhadas à equipe de reportagem, se depara com um canteiro de obras incompletas e, mais recente, como se não bastasse o "abandono", um vazamento de proporções imensuráveis no local a céu aberto. 

Como é possível verificar na gravação, a vazante de água está presente não só em um ponto, sendo dois encanamentos da Praça dos Imigrantes que despejam litros e litros, sem registro no local para que qualquer um possa fechar e encerrar o derramamento. 

Enquanto é possível observa a pressão de um encanamento local despejar litros em uma espécie de caixa de esgoto, outro ponto do local jorra da parede uma quantidade imensurável de água que escorre em direção à rua Barão de Melgaço. Confira: 

Visita ao espaço mostrou que, o vazamento mais visível que verte da parede foi estancado, entretanto, o ponto com a pressão que jorra uma quantidade absurda ainda segue "desperdiçando água"

Relembre

Essa praça, no "coração" da Cidade Morena", recebeu sua última reforma há cerca de 25 anos, sendo que ainda em junho de 2022 um investimento de R$ 128 mil foi anunciado para revitalização do ponto. 

Já em 1º de agosto de 2023, em agenda na praça, a prefeita Adriane Lopes assinou nova ordem para execução das obras por parte da empresa Tascon Engenharia. 

Nesse evento, às vésperas do ano eleitoral, a chefe do Executivo chamou a secretária Municipal de Cultura e Turismo de Campo Grande, Mara Bethânia Gurgel, e o então responsável pela pasta de Infraestrutura e Serviços Públicos, Domingos Sahib Neto, para posarem na assinatura da ordem. 

Com pompa e circunstância, uma orquestra foi colocada debaixo do sol para "celebrar" a assinatura e, em menos de um ano o espaço já estava esquecido, acumulando lixo e vandalismos, como é possível visualizar no "antes e depois" abaixo. 

Pelo portal de transparência das obras da Cidade Morena, a revitalização da Praça dos Imigrantes é descrita como com 63% da obra concluída, sendo que o prazo de conclusão estipulado data de 13/09/2023; 

Passados mais de um ano e quatro meses, a Praça que teve calçamento arrancado, que retirou a exposição permanente de artesanato do local e migrou de ponto o tradicional Sarau de Segunda, parece longe de ser concluído.  

Nota retorno

Em retorno à equipe, o Executivo Municipal indicou que a antiga empresa desistiu e pediu recisão do contrato, sendo preparada ainda uma nova licitação e, portanto, não há previsão de quando a obra deve ser finalizada. 

Confira a nota retorno na íntegra: 

"A Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) informa que está em fase de preparação uma nova licitação para a continuidade da obra de revitalização do espaço.

Após a conclusão do processo licitatório e a assinatura do contrato, será definido o prazo para que a empresa vencedora finalize os trabalhos.

A obra foi temporariamente paralisada devido à rescisão contratual por parte da empresa anteriormente responsável.

Durante esse período de suspensão, a Sisep mantém a área sob cuidados, realizando serviços de limpeza e manutenção.

No último dia 30 de janeiro, inclusive, foi efetuada a limpeza geral no local, que tem ocorrido de maneira programada, demonstrando o compromisso da Secretaria com a conservação do espaço até a retomada das obras.

A Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social (Sesdes) informa que equipes da Guarda Civil Metropolitana realizam rondas na localidade diuturnamente.

O ponto de vazamento, inclusive, foi averiguado por um dos servidores em momento de ronda, e este acionou equipe da Sisep para que seja inserida no cronograma de serviços a manutenção". 

Assine o Correio do Estado

Cidades

Casal é multado em mais de R$ 36 mil por criar galos de rinha em MS

Além de atividade ilegal, animais estavam presos em pequenas gaiolas individuais, sem acesso à luz, água ou alimentação

12/06/2025 12h00

Casal é multado em mais de R$ 36 mil por criar galos de rinha em MS

Casal é multado em mais de R$ 36 mil por criar galos de rinha em MS Divulgação - PMA

Continue Lendo...

Um casal foi multado em R$ 36.834,00 por manter 35 galos em situação de maus-tratos em uma residência localizada na área urbana de Batayporã. A ação foi realizada na terça-feira (11) pela Polícia Militar Ambiental (PMA), em conjunto com o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Nova Andradina, após denúncia anônima sobre a existência de uma rinha de galos no local.

Ao chegarem no endereço indicado, os policiais encontraram dois homens no imóvel. Um deles alegou estar apenas em visita, enquanto o outro fugiu ao perceber a presença da equipe, pulando o muro da residência e desaparecendo em seguida.

Durante a vistoria na parte externa da casa, foram encontrados galos e galinhas mantidos em condições precárias: presos em pequenas gaiolas individuais, sem acesso à luz, água ou alimentação. 

Os animais apresentavam ferimentos nas asas e nas pernas, além das esporas cortadas - sinal característico do uso em rinhas. No local também havia uma estrutura semelhante a uma arena de brigas, aparentemente desativada.

Minutos após a chegada da PMA, a moradora da residência se apresentou, afirmando ser, junto ao marido (o homem que fugiu), proprietária das aves. Questionada, não soube justificar a fuga do companheiro.

Diante das evidências, a mulher foi autuada administrativamente com base na Lei Estadual nº 5.673/2021, que estabelece multa de 20 UFERMS por animal maltratado. Ao todo, 35 galos foram identificados em situação irregular.

A ocorrência será encaminhada ao Ministério Público. A prática de maus-tratos a animais é crime previsto no artigo 32 da Lei Federal 9.605/98, a chamada Lei de Crimes Ambientais.

Caso semelhante

Um homem foi preso após ser flagrado no dia 18 de maio promovendo rinhas de galo no bairro Jardim Tarumã, em Campo Grande, além de ser multado em R$ 132.000,00.

A fiscalização foi feita depois de uma denúncia anônima. Ao chegarem no local, equipes de policiais militares ambientais se depararam com a rinha acontecendo, neste momento, diversos participantes estavam assistindo e realizando apostas.

Ao todo foram encontrados 44 galos que, além de feridos pelas disputas nas lutas, também eram mantidos em condições inadequadas, sem oferta de água e alimento, caracterizando situação de maus-tratos, conforme prevê a legislação ambiental vigente.

Além disso, foi constatada a existência de uma espécie de arena de alvenaria, o que indica que esse tipo de evento é recorrente, considerando a estrutura fixa montada para as rinhas. 

O responsável pelo local assumiu a realização do evento e a propriedade dos animais, ele foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil. 

A rinha de galos é uma prática criminosa e extremamente cruel, na qual os animais são forçados a lutar, muitas vezes até a morte, frequentemente sob efeito de substâncias estimulantes para prolongar os combates. 

Também são utilizados esporões artificiais, que agravam os ferimentos, especialmente em animais que já perderam os esporões naturais em lutas anteriores. 

Crime

De acordo com o decreto nº 50.620, de 18 de Maio de 1961 é proibido em todo o território nacional, realizar ou promover "brigas de galo" ou quaisquer outras lutas entre animais da mesma espécie ou de espécies diferentes.

Fica proibido, realizar ou promover espetáculos cuja atração constitua a luta de animais de qualquer espécie.

As autoridades promoverão o imediato fechamento das "rinhas de galos" e de outros quaisquer locais onde se realizam espetáculos desta natureza, e cumprirão as disposições referentes à punição dos infratores, e demais medidas legais aplicáveis. 

Onde denunciar ?

Delegacias de polícia – O boletim de ocorrência pode ser registrado em qualquer delegacia de polícia, inclusive eletronicamente, haja vista que muitas delegacias já dispõem do serviço de registro em seus sites.

Alguns municípios e estados possuem, inclusive, delegacias especializadas em meio ambiente ou na defesa animal, como é o caso do município de Campo Grande em que as denúncias devem ser feitas à DECAT (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista) através do telefone (67) 3325-2567 / 3382-9271 ou diretamente pelo endereço Rua Sete de Setembro, nº 2.421 – Centro. Em caso de dúvidas pode-se entrar em contato por meio do e-mail [email protected].

Centro de Controle de Zoonoses de Campo Grande – MS – É possível realizar denúncias através do telefone (67) 3313-5000 / (67) 3313-5001 todos os dias e durante até às 21:00 durante a semana, sábado, domingo e feriado das 07:00 às 22:00. Ouvidoria SUS (67) 3314-9955 em horário de expediente da prefeitura. E também as denúncias podem ser realizadas de forma presencial na própria sede do Centro de Controle de Zoonoses.

Ministério Público – A denúncia de prática maus-tratos contra animais pode ser feita diretamente ao Ministério Público, que tem autoridade para propor ação contra os que desrespeitam a Lei de Crimes Ambientais. O registro pode ser feito pelo site do Ministério Público Federal ou pelas ouvidorias dos Ministérios Públicos estaduais.

Campo grande

Prefeitura descumpre acordo e tem 60 dias para reformar abrigo sucateado

Caso a administração municipal não cumpra o prazo, receberá multa diária de R$ 10 mil

12/06/2025 11h40

Pia sem torneira

Pia sem torneira DIVULGAÇÃO

Continue Lendo...

Decisão judicial, obtida pela 67ª Promotoria de Justiça de Direitos Humanos do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), obriga a Prefeitura Municipal de Campo Grande (PMCG) a reformar o Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP) em até 60 dias úteis, sob multa diária de R$ 10 mil.

O Centro POP, que abriga moradores de rua e pessoas em situação de vulnerabilidade social em Campo Grande, está sucateado. 

De acordo com o MPMS, a sede do Centro POP apresentou diversos danos em sua infraestrutura, como:

  • rede de esgoto em situação precária, com entupimentos e acúmulo de dejetos
  • estrutura precária, sem manutenção adequada e insalubre
  • redução na equipe de funcionários
  • falta de higiene e limpeza nos banheiros
  • ausência de banheiros suficientes para atender a demanda - no local há apenas dois toaletes, sendo um masculino e um feminino, que são utilizados por cerca de 120 pessoas diariamente
  • lavanderia alagada, com água suja e pútrida por falta de drenagem
  • falta de acessibilidade

O Correio do Estado visitou as instalações do local em agosto de 2024 e também flagrou diversas irregularidades, como:

  • ausência de chuveiro em alguns banheiros
  • ausência de chuveiro elétrico, com água quente, em todos os banheiros
  • ausência de torneira na pia
  • ausência de papel higiênico
  • porta do banheiro quebrada
  • Vidros em portas quebrados
  • Falta de pintura
  • Falta de limpeza

Com isso, o Ministério Público alegou que o prédio precisa ser reformado urgentemente, com reparos em:

  • instalações sanitárias, na rede de esgoto e na drenagem
  • reparos nos chuveiros
  • ampliação da estrutura de banho
  • adaptações de acessibilidade
  • inclusão de novos profissionais
  • restabelecimento do serviço de fornecimento de passagens
  • implantação de nova residência inclusiva para pessoas com deficiência

MPMS e Ministério Público Federal (MPF) cobraram a Prefeitura de Campo Grande diversas vezes sobre a situação precária do Centro POP e obrigaram, em maio de 2024, que adotasse providências para melhorar a qualidade de vida a pessoas em situação de vulnerabilidade social.

Até então, a Prefeitura tinha se comprometido a realizar os reparos, mas não foi o que aconteceu. Em março de 2025, as autoridades visitaram novamente o prédio e constataram que a administração municipal não atendeu às exigências das autoridades e o Centro POP continua em situação insalubre.

“O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), por meio da 67ª Promotoria de Justiça de Direitos Humanos de Campo Grande, obteve na Justiça determinação para que o Município de Campo Grande cumpra as obrigações contidas no Acordo Extrajudicial firmado e homologado com o MP em juízo. A decisão visa à adequação das condições de atendimento e da infraestrutura do Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop).

Em maio de 2024, a 67ª Promotoria de Justiça de Campo Grande ingressou com ação civil pública com a finalidade de obrigar o Município de Campo Grande a realizar melhorias na infraestrutura e na prestação de serviços no Centro Pop da capital. Durante a ação, foi firmado um Acordo Extrajudicial entre o MPMS e a Prefeitura de Campo Grande, que se comprometeu a cumprir diversas obrigações.

Tendo em vista a constatação do não cumprimento das obrigações assumidas pelo Município de Campo Grande, a 67ª Promotoria de Justiça ingressou com pedido judicial de cumprimento de sentença. A Justiça acatou o pedido do MPMS e estabeleceu que a Prefeitura cumpra as obrigações do TAC em até 60 dias úteis, sob pena de multa diária de R$ 10 mil por dia de atraso”, informou o MPMS por meio de nota.

O Correio do Estado procurou a PMCG através de e-mail para prestar mais esclarecimentos sobre o assunto, mas, até o fechamento desta reportagem, não foi respondido. O espaço segue aberto para resposta.

CENTRO POP

O Centro POP é um serviço de assistência social prestado pela prefeitura que atende pessoas em situação de rua em Campo Grande. Abriga entre 100 e 120 pessoas.

É administrado pela Secretaria de Assistência Social (SAS), através da Prefeitura Municipal de Campo Grande.

Confira algumas fotos:

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).