Na manhã desta terça-feira (16) aconteceu a apresentação da nova fase do projeto "Wolbito em Casa", que consiste em incluir os estudantes da Rede Municipal de Ensino na ação contra as doenças causadas pelo mosquito aedes aegypti, como dengue, chikungunya e zika.
Foram entregues cápsulas com o Wolbito para cerca de 700 crianças do turno matutino.
O momento aconteceu na Escola Municipal Rachid Saldanha Derzi, no Jardim Noroeste, com a presença da prefeita Adriane Lopes.
Com o retorno das aulas, o intuito é que a partir das crianças haja uma maior conscientização na prevenção das doenças causadas pelo vetor e também uma liberação comunitária dos mosquitos com a Wolbachia.
“Essas crianças vão conseguir acompanhar todo o processo, todo o desenvolvimento dos mosquitos desde a eclosão da larva até a fase adulta. Vão ver várias diferenças que podem ocorrer, com a temperatura, chuva, sol, se irá atrasar o desenvolvimento de uma semana pra outra ou acelerar, pode ocorrer mortalidade das larvas por conta de calor. Enfim, esperamos que seja uma atividade lúdica também”, comenta o gestor local do projeto Antônio Brandão.
A ação é uma parceria entre a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), Secretaria Municipal de Educação (Semed), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com apoio financeiro do Ministério da Saúde.
“Esse método vai ser desenvolvido como política nacional pública de saúde. Agora envolvendo as crianças da Reme, contamos com maior participação comunitária e esperamos que eles também possam auxiliar na conscientização dentro de casa”, enfatizou o secretário municipal de saúde, José Mauro Filho.
No país, apenas 5 cidades estão desenvolvendo o projeto, Niterói, Rio de Janeiro, Petrolina e Belo Horizonte.
“Niterói já tem redução de 70% dos casos de dengue, onde teve início no Brasil em 2012. Campo Grande em fase de expansão do projeto serve de espelho até para outros municípios”, conclui Brandão.
Projeto "Wolbito em Casa"
Como já noticiado pelo Correio do Estado, neste novo método cerca de 3mil alunos da rede municipal receberão material informativo e cápsulas com ovos do mosquito.
Neste processo os alunos vão “cultivar” os ovos em casa com orientação de coordenadores e professores das escolas. Serão divididos em dois grupos (A e B), em que cada um retira uma cápsula contendo ovos de Wolbitos e ração para as larvas a cada 15 dias. Toda a atividade deve durar 16 semanas.
Criado pela World Mosquito Program (WMP), o projeto Wolbachia é responsável pela difusão e implementação deste método presente em 12 países.
A soltura dos mosquitos com a bactéria Wolbachia teve início em Campo Grande em dezembro de 2020.
Ao todo serão seis fases de soltura, que atualmente já se encontra na sua quinta fase de implementação.
O método já está presente em mais de 30 bairros em diferentes regiões do Município.
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