Uma ação da Prefeitura de Campo Grande juntamente com a Concessionária Energisa e a Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos (AGEMS) irão realizar uma operação inédita para retirada de fios soltos, irregulares e clandestinos de diversos cenários da cidade, denominada Projeto Rede Limpa.
O projeto visa, além de promover uma limpeza no visual de Campo Grande, aumentar a proteção dos cidadãos, já que os fios irregulares e soltos comprometem a mobilidade urbana.
A primeira grande operação, chamada de “operação piloto” , está marcada para a madrugada do dia 27 de novembro, na parte central da cidade, o que deve reduzir os impactos causados no trânsito e na circulação de pedestres no centro.
Os pontos abrangidos serão nas ruas Avenida Mato Grosso, 13 de Maio, Afonso Pena e Calógeras, além das vias internas desse perímetro, incluindo 14 de Julho, Antônio Maria Coelho, Maracaju, Marechal Rondon, Dom Aquino e Barão do Rio Branco.
A operação começará às 22h e seguirá até aproximadamente 5h da manhã, período escolhido estrategicamente para evitar interferências no trânsito e garantir que a mobilidade urbana não seja afetada durante o horário de maior fluxo.
Para o diretor-presidente da AGEMS, Carlos Alberto de Assis, a integração entre a Agência, o Município e a concessionária de energia elétrica, marca um ponto de virada no enfrentamento de problemáticas históricas da cidade que envolvam serviços públicos e infraestrutura urbana.
“Quando unimos forças, quem ganha é a população. A AGEMS tem o papel de garantir à sociedade serviços públicos mais eficientes e seguros. Este projeto mostra como a regulação, quando dialoga com o município e com a concessionária, transforma realidades e entrega resultados práticos para as pessoas”, afirma.
Hoje, 144 operadoras de telecomunicação estão cadastradas regularmente na Energisa, sendo permitido apenas estas a utilização dos postes públicos de energia.
No entanto, ao longo dos anos, outras empresas, irregulares ou clandestinas, também instalaram cabos nas instalações, sem controle técnico, gerando riscos que vão desde acidentes elétricos até danos estruturais por carga ou serviços executados de forma irregular.
“A AGEMS fiscaliza a distribuição de energia elétrica por delegação da ANEEL. Abaixo dos cabos de energia são instalados os fios de comunicação, mas isso só pode ocorrer seguindo normas claras da ANEEL e Anatel. Empresas não regulares influenciam diretamente na segurança elétrica e na estabilidade do fornecimento de energia. Por isso, chamamos o município e a Energisa para uma ação conjunta. É uma medida para proteger o cidadão, evitar acidentes e cumprir nossa missão de fiscalização”, explicou o diretor de Gás e Energia da AGEMS, Matias Gonsales.
O projeto
Para a Secretaria Especial de Articulação Regional (SEAR), o projeto toma forma no momento ideal, já que antecede um período de grande movimentação no centro de Campo Grande vinculado às comemorações de final de ano.
“A população reclama dos fios, eles oferecem risco para motociclistas, pedestres e também incentivam furtos. Além disso, temos a questão estética, já que o Natal será no centro. Precisamos de uma região segura, bonita e organizada. Este projeto piloto começou numa conversa entre a prefeitura e a AGEMS, e hoje se torna uma grande ação de confiança, segurança e cuidado com a cidade”, afirma Darci Caldo, secretário da SEAR.
A Energisa será a responsável pela remoção dos cabos irregulares, já que é a responsável pelos postes. Após a ação, forças policiais metropolitanas farão rondas preventivas e de forma periódica na região, para garantir a segurança da área e, principalmente, evitar a recolocação clandestina dos fios.
“Nosso trabalho será retirar tudo o que estiver instalado de forma clandestina ou sem condições adequadas, como cabos partidos, caídos ou abandonados. As fibras ópticas devidamente identificadas permanecem. O que não estiver identificado, conforme previsto em contrato, será retirado. É um trabalho técnico, cuidadoso, que será realizado seguindo todas as normas técnicas e de segurança que regem o setor elétrico e a prestação do serviço”, explicou o gerente de serviços comerciais da Energisa MS, Arthur Rocha.


