Cidades

DENÚNCIAS E ASSÉDIO

Ação policial termina com computadores apreendidos e perícia no Paço Municipal

Operação faz parte de inquérito que apura denúncias de assédio contra o ex-prefeito; ele nega o crime

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A operação da Polícia Civil, que cumpriu mandados de busca e apreensão no Paço Municipal, terminou com a apreensão de dois computadores do gabinete do ex-prefeito Marquinhos Trad (PSD), na manhã desta terça-feira (9).

A ação faz parte de inquérito que investiga denúncias de assédio sexual contra o ex-prefeito.

Desde o início da manhã, equipes das Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (Deam) e de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), da Polícia Civil, fizeram buscas na Prefeitura.

Conforme a delegada responsável pela investigação, Maíra Pacheco, foram apreendidos computadores, que serão periciados.

“Nós apreendemos elementos de informação que entendemos ser pertinentes a investigação em curso e viemos também fazer o reconhecimento dos locais mencionados pelas vítimas”, disse a delegada.

Maíra também explicou que a perícia técnica também participou da ação por se tratar de possível local de crime.

“É o máximo que a gente pode dizer, em razão do segrego de justiça que foi decretado”, acrescentou a delegada.

Durante os trabalhos, os servidores públicos municipais tiveram que sair do prédio, segundo o chefe de segurança especial da prefeitura, Mario Ângelo Ajala. 

A prefeita, Adriane Lopes (Patriota), não estava no Paço Municipal no momento do cumprimento dos mandados.

Já Marquinhos Trad, alvo do inquérito, cumpre agenda de campanha para governador do Estado no interior do Estado.

Defesa de Marquinhos Trad

Em nota, as advogadas de defesa de Marquinhos Trad, Andréa Flores e Rejane Alves de Arruda voltaram a afirmar que as denúncias se tratam de armação para prejudicar a candidatura do ex-prefeito ao governo do Estado.

Elas classificaram a operação policial como "midiática".

"A operação desta terça-feira vai favorecer a defesa, pois comprovará que algumas das supostas vítimas nunca estiveram na Prefeitura Municipal de Campo Grande, evidenciando a armação em curso", diz a nota.

A defesa diz ainda que um grupo teria cooptado mulheres para prestarem denúncias falsas de assédio sexual e que que há evidências, registradas em cartório, que comprovam a armação.

O ex-prefeito já admitiu ter tido relações sexuais com outras mulheres, mas afirmou que foram consensuais e nega as denúncias.

Denúncias

O ex-prefeito Marquinhos Trad foi denunciado por diversas mulheres por supostos crimes de assédio sexual, tentativa de estupro, importunação sexual, perseguição, favorecimento à prostituição e outras formas de exploração sexual.

No início eram quatro mulheres denunciantes da prática dos supostos crimes contra a dignidade sexual, porém, o número de possíveis vítimas já chega ultrapassa uma dezena.

No fim do mês passado, as advogadas de defesa de Marquinhos Trad (PSD), afirmaram que o caso se trata de armação da oposição.

Rejane Alves de Arruda e Andrea Flores, as profissionais à frente do caso, disseram que as mulheres que fizeram tais denúncias foram pagas por outro partido com a finalizade de prejudicar Marquinhos na corrida eleitoral.

A Polícia Civil, no entanto, confirmou que há um inquérito aberto para apurar as denúncias contra o ex-prefeito e que o caso não é político, mas de polícia.

O delegado-geral Roberto Gurgel afirmou, em coletiva de imprensa também no fim do mês passado, que todas as denúncias serão investigadas dentro dos trâmites de maneira legal.

Em relação à celeridade, o delegado disse, na época, que existem algumas diligências, provas e informações que demanda um certo tempo para serem apuradas.

As investigações seguem em sigilo.

ASSISTÊNCIA SOCIAL

Verba da saúde banca mais 240 mil cestas para indígenas

Estado renovou por mais 12 meses contratos que somam R$ 46 milhões para aquisição de alimentos distribuídos em 86 aldeias

23/12/2025 11h30

Cerca de 20 mil famílias indígenas espalhadas em 86 aldeias são contempladas com 25 quilos de alimentos a cada mês

Cerca de 20 mil famílias indígenas espalhadas em 86 aldeias são contempladas com 25 quilos de alimentos a cada mês

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Assinados em dezembro do ano passado com possibilidade de serem prorrogados por até dez anos, cinco contratos para fornecimento de cestas de alimentos para familias indígenas foram renovados até o final de 2026, conforme publicação do diário oficial desta terça-feira (23). 

Juntos, os cinco contratos chegam a quase R$ 46 milhões e apesar da inflação do período, de 4,4%, foram renovados com os mesmos valores do ano passado com as empresas Tavares & Soares (R$ 15,83 milhões), Forte Lux Comércio (R$ 9,6 milhões) e Serviço e a empresa Fortes Comércio de Alimentos (R$ 20,67 milhões) 

Ao todo, em torno de 20 mil famílias estão sendo atendidas  em 86 aldeias de 29 municípios de Mato Grosso do Sul. A cesta conta com arroz, feijão, sal, macarrão, leite em pó, óleo, açúcar, fubá, charque, canjica e erva de tereré.

A estimativa do Governo do Estado é de que o programa beneficie pelo menos 90% das famílias indígenas espalhadas pelo Estado. Ao longo de um ano são em torno de 240 mil cestas, com peso médio de 25 quilos. 

Desde o começo do ano está havendo controle digital como mais um instrumento de garantia da destinação correta dos alimentos. Os beneficiários receberam um cartão com um QR Code para ser usado no momento da retirada da cesta. Existe um cartão azul, que é do titular do benefício e outra na cor verde, entregues a pessoas autorizadas a retirar o alimento caso o titular não consiga. 

Apesar de o programa ser coordenado pela Secretaria de Assistência Social e dos Direitos Humanos (SEAD), ele é bancado com recursos  da Saúde (Fundo Especial da Saúde/FESA/MS). 
 

CAMPO GRANDE

Trabalhadores engrossam paralisação na Santa Casa

Se no primeiro dia manifestação envolveu 1.200 funcionários celetistas, agora, ato é engrossado e pelo menos dois mil  trabalhadores aderiram às reivindicações pelo décimo terceiro salário

23/12/2025 11h00

Consultada, na manhã de hoje (23) a unidade Santa Casa de Campo Grande detalhou que: 

Consultada, na manhã de hoje (23) a unidade Santa Casa de Campo Grande detalhou que: "a paralisação de trabalhadores continua". Marcelo Victor/Correio do Estado

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Se durante o primeiro dia de impacto nas atividades na Santa Casa os atendimentos/serviços foram 30% paralisados, agora, segundo confirmado pela unidade na manhã desta terça-feira (23), o efetivo que aderiu à paralisação em busca do 13° salário subiu para pelo menos metade. 

A presidente da Santa Casa, Alir Terra Lima, e o Terra, e responsável pelo Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul (SIEMS), Lázaro Santana, reuniram a imprensa para tratar das manifestações de trabalhadores que se acumulavam em protesto na frente da unidade, na manhã de ontem (22).

Conforme repassado por Alir - e como bem abordado pelo Correio do Estado -, a paralisação inicialmente chegou a afetar 30% dos atendimentos/serviços, ou seja, com cerca de 70% do andamento da Santa Casa funcionando por tempo indeterminado ou até o pagamento integral do décimo terceiro.

Consultada, na manhã de hoje (23) a unidade Santa Casa de Campo Grande detalhou que: "a paralisação de trabalhadores continua".

"Com efetivo de 50% na paralisação e 50% trabalhando nos setores", complementa a Santa Casa de Campo Grande em retorno. 

Em outras palavras, se no primeiro dia a manifestação envolveu 1.200 funcionários celetistas, agora, a paralisação é engrossada e pelo menos dois mil  trabalhadores da Santa Casa (dos quatro mil totais) aderiram às reivindicações pelo décimo terceiro salário. 

Sem acordo

    

Enquanto a Santa Casa de Campo Grande aponta que, até o momento, não há nenhuma novidade em relação ao pagamento do décimo terceiro, que afeta todos os funcionários celetistas da unidade, a paralisação acaba impactando na vida não somente dos trabalhadores mas também de pacientes e visitantes. 

Ainda ontem no fim da tarde, através das redes sociais, a Santa Casa de Campo Grande emitiu comunicado anunciando ajustes temporários nas rotinas de vista aos pacientes, diante da paralisação. 

Essas visitas estão autorizadas tanto para pacientes internados na Unidades de Terapia Intensiva (UTI) quanto nas enfermarias. 

Esses ajustes na rotina seguem as seguintes diretrizes: 

  • - Apenas um familiar será liberado e permitido vistar o paciente;
  • - Cada paciente tem direito a uma visita por dia, feita pelas manhãs, às 11h. 
  • - Acesso das visitas deve ser feito exclusivamente pela porta de vidro do térreo.  

Há o detalhe de que, para os pacientes da área de trauma, onde ficam os acidentados, os visitantes devem dirigir-se pela entrada específica do setor. 

É o caso de Vitória Lorrayne, que está com o irmão acidentado na Santa Casa, que deu entrada na unidade desde o domingo e seria submetido a cirurgia durante o primeiro dia de paralisação, e sequer conseguiu contatar o parente que foi vítima de acidente de moto. 

"Não facilitaram em nada. Até disse que minha mãe sairia de viagem e precisava de notícias, está preocupada, mas falaram ontem (22) infelizmente que eu não poderia entrar", comenta ela. 

Como se não bastasse, até mesmo as informações sobre quando teria novamente contato com o irmão foram desencontradas, já que num primeiro momento mandaram a jovem voltar à Santa Casa por volta de 16h, quando novamente foi impedida de fazer a visita. 

"Voltei lá e disseram que haviam suspendido as visitas da tarde e da noite. Que seria apenas hoje às 11h, e não facilitaram em nada, sendo que gastei 70 reais ao todo entre idas e vindas", conclui. 

Os serviços afetados são atendimentos (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc) , lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).
**(Colaborou Naiara Camargo)

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