Cidades

CORUMBÁ

Alvo da PF, secretário garante R$ 25 milhões a "Patrola" no dia da demissão

Exoneração foi oficializada na segunda-feira (8), mas vale só a partir desta terça-feira. Com isso, ele conseguiu homologar contratos que superam os R$ 25 mihões

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Horas antes de deixar o cargo por ter sido alvo de uma operação da Polícia Federal por suposto esquema de corrupção na prefeitura de Corumbá, o secretário de obras da Cidade Branca, Ricardo Campos Ametlla, assinou três contratos que juntos somam R$ 25,34 milhões com o empreiteiro André Luiz dos Santos, o "André Patrola". Este, por sua vez, foi alvo de investigação do Gaeco em junho do ano passado por suposto esquema de corrupção em Campo Grande. 

A operação da PF em Corumbá aconteceu na quarta-feira da semana passada (3). No dia seguinte, Ricardo Ametlla assinou contrato no valor de R$ 4,423 milhões com André Patrola para manutenção de estradas sem asfalto nos assentamentos Jacadigo, São Gabriel e Taquaral. A publicação do extrato do contrato saiu no diário oficial do Governo do Estado desta terça-feira (9). O contrato, conforme a publicação, vale por 14 meses.

Por causa da investigação da Polícia Federal,  Ricardo Ametlla foi exonerado e a partir desta terça-feira (9) não ocupa mais o cargo. E o próprio texto do diário oficial deixou claro o motivo da demissão: "não se criar nenhum impedimento à investigação em andamento". 

Esta investigação apontou que ele é o real proprietário de empresas que firmaram contratos e faturaram  R$ 17 milhões em três anos com a própria secretaria de obras, da qual era o titular.

A exoneração foi publica na segunda-feira (8), mas com uma importante ressalva: “esta portaria entra em vigor com sua publicação, com efeitos a contar de 09 de julho de 2024”, diz o texto do diário oficial assinado pelo prefeito Marcelo Iunes (PSDB).

Com esta ressalva, o secretário teve tempo suficiente para homologar dois outros contratos multimilionários com André Patrola, que juntos chegam a quase R$ 21 milhões 

O primeiro destina R$ 15,783 milhões por ano para manutenção de vias não pavimentadas dos assentamentos rurais e do distrito de Albuquerque, lembrando que acesso a este distrito foi asfaltado recentemente. Por conta disso, ele fica livre da manutenção de cerca de seis quilômetros da principal estrada da região.

Na segunda homologação publicada horas antes de o secretário deixar oficialmente o cargo, o empreiteiro André Patrola garante o direito para faturar mais R$ 5,134 milhões por ano para aluguel de máquinas pesadas e equipamentos para a prefeitura de Corumbá. O resultado da licitação para esse contrato foi publicado no último dia 26 de junho, mas somente a assinatura do secretário e do empreiteiro efetivou o acordo. . 

CASCALHOS DE AREIA

Em junho do ano passado, André Luiz dos Santos foi o principal alvo da operação Cascalhos de Areia, coordenada pelo Ministério Público por suspeita de um megaesquema de corrupção da prefeitura de Campo Grande em contratos superiores a R$ 300 milhões. Todos são relativos a arrendamento de máquinas e manutenção de ruas sem asfalto. 

Conforme as denúncias que chegaram ao MPE à época, André Patrola utilizava laranjas para vencer licitações e recebia por serviços que jamais eram realizados. Até agora, porém, esta investigação não evoluiu e tanto ele quanto os outros envolvidos na investigação continuam vencendo licitações e firmando contratos com a prefeitura da Capital, o Governo do Estado e com prefeituras do interior, como é o caso de Corumbá. 

LARANJA

Conforme a investigação da semana passada, Ricardo Ametlla é o proprietário real da empresa Agility Serviços Integrados, criada há três anos em Ladário.  Ela foi aberta no município vizinho, mas desde o começo ela passou a ganhar licitações  em Corumbá. No papel, a Agility, tem como dono Carlos Cesar Paz Gomes.

O prefeito de Corumbá, Marcelo Iunes tinha antecipado que demitiria o secretário caso as suspeitas da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União fossem confirmadas, mas a demissão acabou acontecendo antes do encerramento
 

INFRAESTRUTURA

Governo de MS dará prazo maior para início das obras na Rota da Celulose

Readequação do edital do leilão das rodovias deverá trazer, entre as mudanças, menos investimentos no 2º ano de concessão

21/12/2024 09h00

Trecho entre Campo Grande e Ribas do Rio Pardo deverá ser duplicado e início do investimento estava previsto para o 2º ano de contrato

Trecho entre Campo Grande e Ribas do Rio Pardo deverá ser duplicado e início do investimento estava previsto para o 2º ano de contrato Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Após o leilão da Rota da Celulose em Mato Grosso do Sul não ter interessados, o governo do Estado trabalha em readequações no edital. Entre as mudanças, segundo o governador Eduardo Riedel (PSDB), está o maior prazo para início de algumas obras que deveriam começar já no segundo ano de concessão.

O pacote de rodovias inclui trechos das rodovias BR-262, BR-267, MS-040, MS-338 e MS-395, que estão localizadas no leste de Mato Grosso do Sul, região com grandes fábricas de celulose. Ao todo, são 870,3 quilômetros de estradas. As rodovias também são caminhos para o estado de São Paulo.

De acordo com o governador, não haverá necessidade de mudanças no valor do pedágio e também na quantidade de investimentos a serem feitos pela empresa vencedora do certame. Essa informação já havia sido antecipada pelo Correio do Estado no dia 4, dois dias depois do leilão ter ficado deserto.

Riedel afirmou ainda que apenas a readequação do cronograma deverá trazer a estabilidade necessária para a concorrência.

“Você tem de equilibrar valor de pedágio com esse fluxo de investimentos, então, nós retiramos de um momento inicial e colocamos mais para a frente, dividimos o segundo ano, que estava muito concentrado, para segundo e terceiro em termo de investimento, principalmente em relação à duplicação [do trecho] Campo Grande-Ribas, que é a maior demanda inicial, pelo maior fluxo”, declarou o governador, durante coletiva nesta sexta-feira.

Nesse cronograma a ser modificado estão, principalmente, o início da construção de seis viadutos sobre passagens de ferrovias.

“Não há de se mexer na estrutura do projeto, não foi diminuído ou aumentado um quilômetro sequer de qualquer ação que a gente venha a fazer. Tem uma discussão nossa em relação ao timing dos viadutos sobre as passagens de ferrovia, que são seis ao custo de R$ 50 milhões, e R$ 300 milhões do Capex inicial, e que, se você jogar para a frente, você ajuda a reequilibrar o projeto e não é necessário fazer no segundo ano, como estava previsto”, explicou Riedel.

Segundo o cronograma apresentado anteriormente pelo Escritório de Parcerias Estratégicas de Mato Grosso do Sul (EPE-MS), estava previsto para o segundo ano de contrato, além das obras dos viadutos, o início da duplicação de 104,94 km na BR-262, dos 129,93 km totais para a rodovia.

Também estava nesse período a construção de 69,41 km de terceiras faixas e de 433,32 km de acostamento na BR-262, BR-267, MS-040, MS-338 e MS-395.

“São ajustes muito pequenos, do ponto de vista do fluxo da operação, para que tenha mais atratividade, sem mexer em preço e pedágio e sem mexer no projeto original, mas deslocando algumas ações”, ressaltou Riedel.

O governador ainda garantiu que o edital voltará para a Bolsa de Valores de São Paulo (B3) em janeiro de 2025, para que em 90 dias, ou seja, em abril, o pacote de rodovias seja leiloado.

“Eu voltei anteontem [quarta-feira] de Brasília e, infelizmente, tive de cancelar o Natal e o Ano-Novo da equipe do EPE, porque em janeiro a gente volta ao mercado para ir a leilão no prazo de 90 dias. Nossa equipe ficará fazendo as adequações e nós publicaremos ainda em janeiro para ir a leilão em abril”, afirmou.

INVESTIMENTO

O contrato de concessão para a Rota da Celulose será de 30 anos, com estimativa de investimento de R$ 8,8 bilhões, diluído até os últimos anos de contrato, já que, pelo cronograma inicial, as requalificações na pista terminarão no 24º ano após a assinatura.

A obra que terá maior prazo para início dos investimentos será a implantação da terceira faixa na MS-040, que poderá demorar 24 anos para ser concluída, conforme já havia antecipado o Correio do Estado em setembro deste ano.

LEILÃO

O dia 2 de dezembro era a data para que interessados no projeto da Rota da Celulose enviassem suas propostas. O leilão, porém, só aconteceria no dia 6, entretanto, a concessão não atraiu o interesse de nenhum investidor.

Conforme apurado pelo Correio do Estado e corroborado pelo governador, um dos motivos para isso foi o grande número de outros lotes que foram a leilão no País neste mês e que despertaram maior interesse dos investidores. 

“O momento da economia não ajudou, e uma situação que pode ser negativa, mas ela é positiva, é que existem muitos projetos na praça, o que é bom também, mas o Brasil não tem tantos grandes players para assumir uma responsabilidade dessa”, disse Riedel.

Saiba

Apesar de as obras de requalificação do asfalto na Rota da Celulose só estarem previstas para começar a partir do 2º ano de contrato, a cobrança de pedágio nas 12 praças ao longo do percurso deverá ter início já no 13º mês após a assinatura do acordo.

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Economia Criativa

Feira de brechós tem peças da Zara e da Farm "no precinho" para montar o look de final de ano

A primeira edição do Garimpaê acontece neste sábado (21), no Armazém Cultural em Campo Grande

21/12/2024 08h43

Reprodução Pinterest

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 Para quem ainda não encontrou o look para o final do ano e gosta de investir em moda sustentável, a primeira edição da feira de brechó Garimpaê é uma excelente opção, neste sábado (21), na Plataforma Cultural, localizada na Avenida Calógeras, em Campo Grande.

São mais de dez brechós com roupas de segunda mão de marca "no precinho", que cabe no bolso. Basta consultar as brecholistas para montar o look com peças-chave que podem ser usadas em diversas ocasiões.

Ao longo do ano, as feiras de economia criativa ganharam força na Capital sul-mato-grossense, não apenas pela economia, mas também devido à conscientização em relação à forma de consumo.

Aponta na agenda:

Está saindo na manhã deste sábado? Não deixe de passar no Armazém Cultural, que terá diversas opções de vestidos, inclusive peças de marcas renomadas como Zara e Farm.

Vestidos pretos, que são peças-chave de qualquer guarda-roupa, estampados, longos, curtos e peças variadas para todos os gostos, incluindo peças vintage que estão em alta.
[08:35, 21/12/2024] Chat GPT: Agora, não tem mais desculpa para ir até o Garimpaê, caçar a roupa de final de ano e passar as festividades no estilo, apoiando a economia criativa e dando força para "as minas", que são verdadeiras consultoras de moda e estão com roupas para todos os estilos.

São roupas, calçados e acessórios — a combinação perfeita para quem está procurando opções de presente.

 

 

Tá pensando que acabou?

Além disso, a pessoa que estiver no evento pode fazer uma pausa para apreciar a feira gastronômica, que promete deixar todos com gostinho de quero mais, tomando chopp geladinho.

Bateu aquela curiosidade sobre o que as estrelas reservam para sua vida em 2025? O astrólogo Fábio Zara estará no evento atendendo clientes com leituras de tarô por apenas R$ 20.

 

 

Serviço:

Feira de Brechós: Garimpaê  
Local: Plataforma Cultural  
Horário: 9h às 16h  
Rua: Avenida Calógeras - Campo Grande (MS)

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